domingo, janeiro 27, 2013

Recursos Drásticos em Socorro a alcoólatras - (No Mundo Maior)




Recursos Drásticos em Socorro a alcoólatras - (No Mundo Maior)


A vida de cada pessoa é como um rio correndo para Deus.

No mundo encontrarás quem te fira com os calhaus da ingratidão.
Outros tentarão turvar as águas dos teus pensamentos, lançando ideias poluentes.
Por vezes, as dificuldades te apertarão o leito da existência, fazendo surgir as ondas da insegurança.
De outras vezes, depararás com as pedras do desânimo, tentando barrar-te o curso.
Em todas as situações, porém, continua seguindo, animado pela correnteza da confiança.
Tudo passará e nenhum obstáculo conseguirá impedir que deságues no oceano do amor total, onde encontrarás a razão do teu destino espiritual

Clayton Levy 

Pense nisso!
―O indivíduo, certamente, tem o direito de errar, condição normal da sua humanidade.

Prosseguir, porém no comportamento insano ou danoso, significa primitivismo, permanência no estágio do instinto.
À medida que o discernimento propele o ser à visão correta sobre a vida, o arrependimento aparece como forma de conscientização e de responsabilidade.

Pensemos nisso!
Fonte: ÂNGELIS, Joanna de. Desperte e Seja Feliz, p.58



         Bilhete Paternal
        Irmão X e C. Xavier
                                     Livro: Caminho Espírita - CEC

Sim, meu filho, talvez por um capricho dos seus treze anos, você deseja receber um bilhete do amigo desencarnado, cujas páginas começou a ler.
Você - um menino! - solicita orientação espiritual.
Tenho escrito muitas cartas depois da morte, mas sinceramente não me recordo de haver dirigido até hoje, qualquer recado a gente verde do seu porte.
Perdoe se não lhe correspondo à expectativa.
Diz você que não espera uma história da carochinha, baseada em gênios protetores.
E remata: - “Quero, Irmão X, que você me diga quais são as coisas mais importantes da vida, apontando-me aquilo de bom que devo querer e aquilo de mau que preciso evitar.”
Lembro-me, assim, de oferecer a você uma lista curiosa que um velho amigo me ofereceu, aí no mundo, precisamente quando eu tinha a sua idade.
A relação apresentava o título “Aprenda Meu Filho”... e continha as seguintes informações:
1 – O maior e melhor amigo: “Deus”.
2 – Os melhores companheiros: “Os Pais”.
3 – A melhor casa: “O Lar”.
4 – A maior felicidade: “A Boa Consciência”.
5 – O mais belo dia: “Hoje”.
6 – O melhor tempo: “Agora”.
7 – A melhor regra para vencer: “A Disciplina”.
8 – O melhor negócio: “O Trabalho”.
9 – O melhor divertimento: “O Estudo”.
10 - A coleção mais rica: “A Das Boas Ações”.
11 – A estrada mais fácil para ser feliz: “O Caminho Reto”.
12 – A maior alegria: “Dever Cumprido”.
13 – A maior força: “O Bem”.
14 – A melhor atitude: “A Cortesia”.
15 – O maior heroísmo: “A Coragem De Ser Bom”.
16 – A maior falta: “A Mentira”.
17 – A pior pobreza: “A Preguiça”.
18 – O pior fracasso: “O Desânimo”.
19 – O maior inimigo: “O Mal”.
20 – O melhor dos esportes: “A Prática Do Bem”.
Leia esta lista de informações, sempre que você puder, e veja por si como vai indo a sua orientação.
E se quer mais um aviso de amigo velho, cada noite acrescente esta pergunta a você mesmo, depois de sua oração para o repouso:
- “Que fiz hoje de bom que somente um amigo de Jesus conseguiria fazer”?


CURAS E MATERIALIZAÇÕES ESPÍRITAS




(...)

- A sua convicção pessoal vem de uma constatação experimental? Você já observou algum fenômeno espírita, alguma materialização?


Vi manifestações espíritas de diversos tipos, desde a psicografia à comunicação [psicofonia], posto que conversei com muitos Espíritos nestes trinta anos de militância no Espiritismo.


Fui curado diversas vezes por Espíritos. Estive em coma e fui tratado através do médium curador Justino Bento da Silva, em Frutal, Estado de Minas Gerais, que me assistiu em outra oportunidade, em Campinas, por uma hora e vinte minutos, até que eu pudesse ser socorrido no hospital, quando eu tive um infarto do miocárdio. Tive e tenho inúmeras provas em minha família de curas espirituais.


Temos um grande médium em São Paulo, João Albino, que tem constatadas curas que vão desde o câncer irremediável até problemas psiquiátricos crônicos, problemas de estômago e do coração, enfim, de todas as mazelas do corpo. Temos médiuns curadores em quase todos os Centros Espíritas e é muito comum a cura pela prece e pela imposição das mãos.


A cura não é privilégio dos espíritas. Todos têm o poder de curar. A mais elementar forma de cura é pelo sopro, cujo domínio no futuro há de revolucionar o conhecimento da própria medicina, pela pureza dos que a praticam. Não se esqueça que alimentamo-nos continuamente pela respiração, que o bem respirar, o respirar conscientemente, é a primeira libertação na técnica iogue de purificação, que alma vem do latim anima, que quer dizer sopro. Ouso concordar com o médico André Luiz, que nossa alimentação vem setenta por cento da respiração.


Aos vinte e cinco anos, por volta do ano de 1956, assisti à minha única sessão de materialização. O médium era o hoje famoso escritor e orador espírita Divaldo Pereira Franco, então pouco conhecido, mas já um grande médium e orador.


Divaldo Pereira Franco, reunido com o Prof. Gerson Sestini, professor de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e alguns outros espíritas, na casa do saudoso amigo Lázaro de Camargo Emck, em São José do Rio Preto, éramos ao todo doze pessoas.


Nós nos endereçamos a uma sala da residência, fomos convidados a fiscalizar a sala para evitar qualquer fraude, fomos colocados em volta daquela sala, um sorteado foi encarregado de vigiar a única porta de acesso, a janela foi trancada e também vigiada, tudo foi rigorosamente examinado por todos e cada um.


Luz acesa, o médium Divaldo Franco entrou, em mangas de camisa, e sentou-se no meio da sala. Nenhum truque nas mangas, que eram curtas. Nós, aí à meia-luz, todos nos vendo uns aos outros, vimos uma sessão de materialização.


Muitas das pessoas lá presentes estão ainda entre nós. O Dr. Lázaro de Camargo Emck é o pai de um grande médico aqui na Capital, o Dr. Olavo Emck; lá estiveram também figuras proeminentes da sociedade riopretense, cujos nomes não tenho de memória, mas o meu amigo Gerson Sestini certamente lembrará, se consultado.


Lembro-me que tão logo começamos a prece, uma luz de grande intensidade emergiu das proximidades das mãos do Divaldo Franco, luminosidade que tinha uma gama muito variada de cores, indescritível, e que se iam alternando. Foi-se delineando então um rosto de mulher, que depois se identificou como a Irmã Sheila, hoje muito conhecida pelas suas poesias e pensamentos, publicados no meio espírita.


A Irmã Sheila, por intermédio da voz do médium, conversou em alemão e em uma outra língua com os circunstantes e deixou nesta sala um perfume que ali ficou por oito dias, conforme ela o havia dito, e deixou ainda uma flor trazida lá do Amazonas, que se materializou no meio da sala à frente de todos.


Fui convidado a assistir outras materializações, mas não pude comparecer por falta de tempo e também por saber que já há provas em demasia da realidade do Espiritismo para o meu entendimento.


A materialização é prova difícil, que exige demasiado fluido do médium e dos circunstantes. O próprio Divaldo Pereira Franco, eu soube depois, foi seriamente advertido pelo seu Guia Espiritual para que se dedicasse à sua real missão, que é a prepagação e a obra social, que ele desenvolveu com vocação evangélica.


Divaldo Franco, em Salvador, Bahia, mantém centenas de jovens órfãos à custa do resultado de suas obras espíritas. É muito conhecido o seu trabalho pioneiro e evangelizador. Talvez após estes anos todos ele não se recorde deste fato, que para mim constitui um marco dentro da convicção em mim já existente do Espiritismo.


Anteriormente, eu me recordo agora, quando era pequeno, nós morávamos na cidade mineira de São Francisco de Sales. Eu e minha irmã, Dalva Miranda Ramos, que ainda é viva, fomos acordados e, não havendo energia elétrica, havia entretanto uma luminosidade na cozinha da casa. Possivelmente, pensamos, a nossa mãe estava preparando o café, já que lá era comum levantar-se antes do sol. Eu e minha irmã levantamo-nos e lá na cozinha topamos com uma velha, no meio daquela luz, a mexer com as panelas. Ela nos sorriu e sumiu. Crianças então, fizemos o mesmo, pois era noite alta e ficamos amedrontados.                 



Livro:  O Espiritismo em Debates
            Antonio Miranda Ramos
            Editora Soma


O mais necessário

Conta-se que, certa vez, o Imperador D. Pedro II recebeu uma carta de seus admiradores, que dizia que eles haviam decidido abrir uma lista a fim de angariar fundos suficientes para erigir uma estátua em sua homenagem.
D. Pedro leu com vagar a missiva. Depois, redigiu a resposta aos promotores do movimento, pedindo-lhes que aplicassem o produto da lista na instalação de escolas para o povo.
Entre outros apontamentos, escreveu: Senhores. Sabem como sempre tenho falado no sentido de cuidarmos seriamente da educação pública.
Nada me agradaria tanto como ver a nova era de paz, firmada sobre o conceito da dignidade dos brasileiros, começar por um grande ato de iniciativa deles a bem da educação pública.
Agradecemos a ideia que tiveram da estátua. Estou certo de que não serei forçado a recusá-la.
*   *   *
Utilizar bem os recursos amoedados é demonstração de sabedoria. Empreender campanhas em prol dessa ou daquela causa também.
Sempre que nos prestarmos a arrecadar fundos, a colaborar para o bem geral, pensemos no que é mais apropriado.
Auscultemos as necessidades da localidade onde vivamos, e nos perguntemos: O que é mais importante?
Se o local está com lixo nas ruas, compete-nos lutar pela coleta de lixo, e educação aos moradores para que coloquem, em dias certos, em locais apropriados, bem acondicionado todo o lixo, a fim de ser recolhido.
Se a localidade onde residimos não dispõe de socorro médico algum, cabe-nos incentivar a instalação de um ambulatório, um posto médico, um pequeno hospital. Ao menos, para atender as situações mais emergenciais, os casos mais críticos, porque perder minutos no atendimento médico pode significar a morte.
Se observamos a criançada andando solta pelas ruas, rapidamente encetemos uma campanha pela instalação de uma escola.
Se a escola existe, verifiquemos se não está deficitária. Não estará necessitando de recursos materiais e humanos para poder atender a maior número de crianças?
Disponhamo-nos a ser voluntários nas horas da semana que nos sobrem e auxiliemos a escola.
Verifiquemos, em loco, o que de mais carece e lutemos por conseguir.
Se nos preocuparmos com a criança, hoje, instruindo-a, educando-a, amanhã, com certeza, teremos menos criminosos para punir.
*  *  *
Dinheiro não é fator absoluto de felicidade, mas pode concretizar a felicidade de muitos.
Pode se transformar no remédio ao doente, na gota de leite à criança faminta, no teto ao velhinho sem família ou em abandono.
Pouco dinheiro pode comprar um pão, muito dinheiro pode abrir um negócio que empregue vários pais de família, a fim de que muitas crianças tenham pão à mesa. E não somente pão, mas frutas, verduras e uns docinhos extras.
Assim, toda a vez que o dinheiro circular por nossas mãos e nos sintamos motivados a realizar campanhas, pensemos sempre no mais necessário. Realizemos o melhor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Pedro II e a instrução, do livro Chico Xavier, D. Pedro II e o Brasil, de Walter José Faé, ed. Correio Fraterno.
Em 21.1.2013.




OS MENSAGEIROS
Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz




Recursos Drásticos em Socorro a alcoólatras - (No Mundo Maior)



Cap 14 — Medida salvadora — Nova lição transcendental:

a Espiritualidade amiga ministrando ajuda, através providência provisória, mas drástica: provoca desarmonia no corpo de um alcoólatra, a benefício do próprio (!) e também visando amparar à esposa e dois filhinhos.

Põe a descoberto como nos ambientes menos dignos há “multidão de entidades conturbadas e viciosas” (Espíritos desencarnados), em triste sociedade, por afinidade.


 Vê-se ali, em perfeita simbiose mental:

- encarnados/alcoólatras
desencarnados (também alcoólatras)
- dançarinos (voltados para o primitivismo do ser, embalados por música inferior e pela viciação dos sentidos, com gestos ridículos, gritos histéricos, em “atitudes que muitos símios talvez se pejassem”) correspondendo inconscientemente a desencarnados que a isso os induziam, fazendo-lhes companhia-sociedade invisível...
institutoandreluiz.org



14


Medida salvadora


Havíamos terminado ativa colaboração, num elevado ambiente consagrado à prece, quando certo companheiro se abeirou de nós, reclamando o concurso do Assistente num caso particular.


Calderaro decerto conheceria os pormenores da situação, porque entre ambos logo se estabeleceu curioso diálogo.

– Infelizmente – dizia o informante –, nosso Antídio não sobreleva a situação; permanece em derrocada quase total. Vinculou- se de novo a perigosos elementos da sombra e voltou aos desacertos noturnos, com grave prejuízo para o nosso trabalho socorrista.


– Não lhe valeram as melhoras da quinzena passada? – indagou fraternalmente o orientador.

– Aproveitou-as para mais presto volver à irreflexão – esclareceu o interlocutor com inflexão magoada.

– É de notar, porém, que se achava quase de todo louco.

– Sim, mas conseguiu fruir, outra vez, estado orgânico invejável, mercê de sua intervenção última; logo, porém, que se viu fortalecido, tornou desbragadamente aos alcoólicos. A sede escaldante, provocada pela própria displicência e pela instigação dos vampiros que, vorazes, se lhe enxameiam à roda, e verteu-lhe o sistema nervoso. A organização perispirítica, semiliberta do corpo denso pelos perniciosos processos da embriaguez, povoa-lhe a mente de atros pesadelos, agravados pela atuação das entidades  perversas que o seguem passo a passo.


– Estará em casa a esta hora? – inquiriu Calderaro com interesse.

– Não – disse o outro, abatido –, deixei-o, ainda agora, num centro menos digno, onde a situação do nosso doente tornou a características lamentáveis.

O instrutor estudou o caso em silêncio, durante alguns instantes, e considerou:


– Poderemos providenciar; contudo, se da outra vez consistiu o socorro em restitui-lo ao equilíbrio orgânico possível, no momento há que agir em contrário. Convém ministrar-lhe provisória e mais acentuada desarmonia ao corpo. Neste, como em outros processos difíceis, a enfermidade retifica sempre.


E, contemplando o benfeitor do necessitado distante, interrogou:

– De acordo?

– Perfeitamente – redargüiu ele, sem hesitação –; o meu amigo é especialista em assistência e eu lhe acato as determinações. O que nos interessa é a saúde efetiva do infeliz irmão, que se entregou sem defesa aos reclamos do vício.

Rumamos para o local em que deveríamos acudir o amigo extraviado.

Penetramos o recinto, servido de amplas janelas e abundantemente iluminado.

O ambiente sufocava. Desagradáveis emanações se faziam cada vez mais espessas, à maneira que avançávamos.


No salão principal do edifício, onde abundavam extravagantes adornos, algumas dezenas de pares dançavam, tendo as mentes absorvidas nas baixas vibrações que a atmosfera vigorosamente insuflava.


Indefinível e dilacerante impressão dominou-me o ser. Não provinha da estranheza que a indiferença dos cavalheiros e a leviandade das mulheres me provocavam; o que me enchia de assombro era o quadro que eles não viam. A  multidão de entidades conturbadas e viciosas que aí se movia era enorme. Os dançarinos não bailavam sós, mas, inconscientemente, correspondiam, no ritmo açodado da música inferior, a ridículos gestos dos companheiros irresponsáveis que lhes eram invisíveis. Atitudes simiescas surdiam aqui e ali e, de quando em quando, gritos histéricos feriam o ar.




Calderaro não se deteve. Mostrava-se habituado à cena; mas, não conseguindo sofrear a estupefação que se assenhoreara de mim, solicitei-lhe uma intermitência, perguntando:


– Meu amigo, que vemos? criaturas alegres cercadas de seres tão inconscientes e perversos? Pois será crime dançar? Buscar alegria constituirá falta grave?


O orientador escutou pacientemente as indagações ingênuas que me escapavam dos lábios, ditadas pelo espanto que me assomara repentinamente, e esclareceu:


– Que perguntas, André! O ato de dançar pode ser tão santificado como o ato de orar, pois a alegria legítima é sublime herança de Deus. Aqui, porém, o quadro é diverso. O bailado e o prazer nesta casa significam declarado retorno aos estados primitivos do ser, com iniludíveis agravantes de viciação dos sentidos. Observamos, neste recinto, homens e mulheres dotados de alto raciocínio, mas assumindo atitudes de que muitos símios talvez se pejassem.


Todavia, esteja longe de nós qualquer recriminação: lastimemo-los simplesmente. São trânsfugas sociais e, na maioria, rebeldes à disciplina instituída pelos Desígnios Superiores para os seus trilhos terrestres. Muitos deles são profundamente infelizes, precisando de nossa ajuda e compaixão.

 Procuram afogar no vinho ou nos prazeres certas noções de responsabilidade que não logram esquecer. Fracos perante a luta, mas dignos de piedade pelos remorsos e atribulações que os devoram, merecem ser amparados fraternalmente. E, passando os olhos de relance pela multidão de Espíritos perturbadores que ali se davam ao vampirismo e ao sarcasmo, obtemperou:


– Quanto a estes infortunados, que fazer senão recomendá-los ao Divino Poder? Tentam igualmente a fuga impossível de si mesmos. Alucinados, apenas adiam o terrível minuto de autoreconhecimento, que chega sempre, quando menos esperam, através dos mil processos da dor, esgotados os recursos do amor divino, que o Supremo Pai nos oferece a todos. A mente deles também está apegada aos instintos primitivos e, frágeis e hesitantes, receiam a responsabilidade do trabalho da regeneração.


Vendo-me boquiaberto e faminto de novas elucidações, o Assistente propôs-me:

– Vamos! Deixemo-los divertir-se. A dança, nesta casa, não lhes deixa de ser, em última análise, um benefício. Chegaram nossos amigos encarnados e desencantados, aqui presentes, a nível tão desprezível que, sem dúvida, não fora o sapateado, estariam rodando, lá fora, em atos extremamente condenáveis, tal a predisposição em que se encontram para o crime. Que o Pai se comisere de todos nós.

Demandamos o interior, apressadamente.

Numa saleta abafada, um cavalheiro de quarenta e cinco anos presumíveis jazia a tremer. Não conseguia manter-se de pé.


Calderaro examinou-o detidamente e indagou do novo amigo que nos acompanhava:

– Voltou aos alcoólicos, há muitos dias?


– Precisamente, há uma semana.

– Vê-se que se esgotou rápido.


Enquanto encetava a aplicação de fluidos magnéticos, o orientador aconselhou-me notar os característicos do quadro dantesco sob nossos olhos.


Antídio, doente e desventurado, a despeito das condições precárias, reclamava um copinho, sempre mais um copinho, que um rapaz de serviço trazia, obediente. Tremiam-lhe os membros, denunciando-lhe o abatimento. Álgido suor lhe escorria da fronte e, de vez em quando, desferia gritos de terror selvagem. Em derredor, quatro entidades  embrutecidas submetiam-no aos seus desejos. Empolgavam-lhe a organização fisiológica, alternadamente, uma a uma, revezando-se para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Apossavam-se particularmente da “estrada gástrica”, inalando a bebida a volatilizar-se da cárdia ao piloro.


A cena infundia angústia e assombro.


Estaríamos diante de um homem embriagado ou de uma taça viva, cujo conteúdo sorviam gênios satânicos do vício?


O infortunado Antídio trazia o estômago atestado de líquido e a cabeça turva de vapores.

Semidesligado do organismo denso pela atuação anestesiante do tóxico, passou a identificar-se mais intimamente com as entidades que o per seguiam.


Os quatro infelizes desencarnados, a seu turno, tinham a mente invadida por visões terrificantes do sepulcro que haviam atravessado como dipsomaníacos. Sedentos, aflitos, traziam consigo imagens espectrais de víboras e morcegos dos lugares sombrios onde haviam estacionado.


Entrando em sintonia magnética com o psiquismo desequilibrado dos vampiros, o ébrio começou a rogar, stentoreamente:

– Salve-me! salve-me, por amor de Deus!

E indicando as paredes próximas, bradava sob a impressão de indefinível pavor:

– Oh! os morcegos!... os morcegos! afugentem-nos, detenham-nos...!


Piedade! quem me livrará! Socorro! Socorro!...

Dois senhores, também obnubilados pelo vinho, aproximaram-se, espantados. Um deles, porém, tranqüilizou o outro, dizendo:


– Nada de mais. É o Antídio, de novo. Os acessos voltaram.


Deixemo-lo em paz.


Enquanto isso, o desditoso ébrio continuava bradando:


– Ai! ai! uma cobra... aperta-me, sufoca-me... Que será de mim? Socorro!

As entidades perturbadoras timbravam nas atitudes sarcásticas; gargalhavam de maneira sinistra. Ouvia-as o infeliz, a lhe ecoarem no fundo do ser, e gritava, tentando investir, embora cambaleante, os algozes invisíveis:


– Quem zomba de mim? quem?


Cerrando os punhos, acrescentava:

– Malditos! malditos sejam!

A cena prosseguia, dolorosa, quando Calderaro se acercou de mim, esclarecendo:


– É deplorável pai de família que, incapaz de reagir contra as atrações do vício, se entregou, inerme, à influência de malfeitores desencarnados, afins com a sua posição desequilibrada. Em atenção às intercessões da esposa e de dois filhinhos amoráveis que o seguem, assistimo-lo com todos os recursos ao alcance de nossas possibilidades; entretanto, o imprevidente irmão não corresponde ao nosso esforço. Emerge de todas as tentativas, mais e mais disposto à perversão dos sentidos; busca, acima de tudo, a fuga de si mesmo; detesta a responsabilidade e não se anima a conhecer o valor do trabalho. Atenuando-lhe a ânsia irrefreável de sorver alcoólicos, esperamos se reeduque. Para isso, porém, usaremos agora recurso drástico, já que o desventurado se revela infenso a todos os nossos processos de auxílio.


Fixando em mim expressivo olhar, concluiu:


– Antídio, por algum tempo, a partir de hoje, será amparado pela enfermidade. Conhecerá a prisão no leito, durante alguns meses, a fim de que se lhe não apodreça o corpo num hospício, o que se iniciaria dentro de alguns dias, lançando nobre mulher e duas crianças em pungente incerteza do porvir.


Dito isto, Calderaro encetou complicado serviço de passes, ao longo da espinha dorsal.

O enfermo aquietou-se, pouco a pouco, na velha poltrona em que se mantinha.

O Assistente passou a aplicar-lhe eflúvios luminosos sobre o coração, durante vários minutos. Notei que essas emissões se concentravam gradativamente no órgão central, que em certo instante acusou parada súbita.


Antídio parecia prestes a desencarnar, quando o orientador lhe restituiu as energias, em movimentação rápida. Premido pelo fenômeno circulatório, que lhe valeu tremendo choque, o desditoso amigo pôs-se a pedir auxílio em altos brados. Havia tamanha inflexão de dor, na voz lamentosa, que grande número de pessoas se aproximaram, penalizadas.

Um piedoso cavalheiro tomou-lhe o pulso, verificou a desordem do coração e, presto, requisitou um carro da assistência pública.


Em breves momentos Antídio era transportado em maca de hospital, para receber socorro urgente, seguido, de perto, pelo solícito benfeitor espiritual.

Retirando-se em minha companhia, Calderaro acrescentou, tristonho:

– O infortunado amigo será portador de uma nevrose cardíaca por dois a três meses, aproximadamente. Debalde usará a valeriana e outras substâncias medicamentosas, em vão apelará para anestésicos e desintoxicantes. No curso de algumas semanas conhecerá intraduzível mal-estar, de modo a restabelecer a harmonia do cosmo psíquico. Experimentará indizível angústia, submeter-se-á a medicações e regimes, que lhe diminuirão a tendência de esquecer as obrigações sagradas da hora e lhe acordarão os sentimentos, devagarzinho, para a nobreza do ato de viver.


Notando-me a estranheza, o Assistente concluiu:

– Que fazer, meu amigo? As mesmas Forças Divinas que concedem ao homem a brisa cariciosa, infligem-lhe a tempestade devastadora... Uma e outra, porém, são elementos indispensáveis à glória da vida.



OS MENSAGEIROS
Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz

AJUDA AOS ENCARNADO
Cap 28 – Vida social – O Posto recebe visita de amigos vindos do “Campo da Paz”, em belo carro tirado por dois soberbos cavalos brancos. São expostos ensinamentos referentes aos doentes do Espírito, rebeldes ao tratamento.


 Os atendentes sentem-se obrigados a semear pensamentos novos e aguardar que a obra do tempo os faça germinar nesses doentes. É citado o “desculpismo” (pretextos de encarnados — médiuns — compromissados com a tarefa de auxílio ao próximo para fugirem à tarefa e ao dever sagrado).



– Compreendo, compreendo. Aliás, o progresso humano não é uma questão de dias. Não tenhamos ilusões.


E, percebendo que Vicente e eu poderíamos aproveitar com a palestra, Aniceto indicou o novo hóspede de Alfredo, explicando solícito:

– Nosso amigo Bacelar é chefe de turmas de assistência aos nossos irmãos do círculo carnal. Tem longa experiência dos homens e conhece-os como ninguém. Há muito que aproveitar nas suas observações.

– Não tanto, meus caros – exclamou o senhor Bacelar, de bom humor – não tanto. Sou simples companheiro de vocês, cumprindo deveres por acréscimo da misericórdia divina. Não posso fazer muito, em razão de minhas deficiências naturais.


– Estamos certos do grande proveito da sua palavra – objetou Vicente, até então calado.


– Tudo o que nos disser sobre o problema de assistência constituirá, para nós, ensinamento precioso – disse por minha vez. O novo amigo fitou-nos com inteligência, e perguntou:

– Foram médicos no mundo?


– Sim – respondemos a um só tempo.


O senhor Bacelar pensou alguns momentos e acentuou:


– Sempre gostei de conversar com os amigos, recorrendo aos símbolos sugeridos pela profissão que exercem. Mas, no tocante às minhas atividades, não teria muito o que dizer a médicos militantes.


– Pelo contrário – aduzi –, seus esclarecimentos enriquecerão nossas experiências.

O interlocutor sorriu, otimista, e declarou:

– Não creia. Recorde os seus doentes comuns. Muito raramente lembram a medicina preventiva. De modo quase invariável, esperam a positivação das moléstias para buscarem o recurso preciso. Necessitam de anestésicos para o socorro do bisturi.


Fogem ao regime tão logo surja a primeira melhora. Confundem o método de tratamento, apenas se registre o primeiro sinal de cura.


Detestam a dor que restabelece o equilíbrio. Descontentam-se com a indicação de purgativos. Preferem a medicação de sabor agradável. E, sobretudo, quase sempre querem saber muito mais que os médicos. Esta síntese aplicável a corpos doentes representa, em nosso campo de serviço, o resumo do programa de assistência aos Espíritos enfermos, encarnados na Terra, e com agravantes de vulto, porque, em nosso setor, não podemos manipular a alma, à maneira do cirurgião que opera as amídalas. Somos forçados à preparação do campo mental conveniente, a proceder à semeadura de pensamentos novos, velar pela germinação, ajudar os rebentos minúsculos e aguardar a obra do tempo. Nossa luta não é simples, porque, se o clínico do mundo encontra sempre familiares amorosos, dispostos a cooperar com ele em benefício do doente, o que encontramos, por nossa vez, são enormes legiões de elementos adversos à nossa atividade restauradora e curativa.


Em geral, o médico do mundo presta socorro a quem deseja recebê-lo, pelo menos nas ocasiões de graves perigos; nós, porém, meus amigos, muitas vezes temos de prestar assistência aos que não a desejam, por viverem sob véus de profunda ignorância.


– Tem razão – murmurei, ouvindo comparações tão lógicas –; entretanto, vale por conforto a certeza de que há muitos cooperadores encarnados no mundo prontos a colaborar na tarefa.

O senhor Bacelar teve uma expressão fisionômica muito significativa, e revelou:

– Nem sempre. A cooperação é outro problema. A maioria dos irmãos que se propõem ao serviço, partem daqui prometendo mas gostam de viver descansados, no planeta. Poucos fogem ao estalão comum. Raramente encontramos companheiros encarnados com bastante disposição para amar o trabalho pelo trabalho, sem idéia de recompensa. A maioria está procurando remuneração imediata. Nessas condições, não percebem que a mente lhes fica como aposento escuro, atulhado de elementos inúteis. À força de viciarem raciocínios, confundem igualmente a visão. Enxergam tormentas onde há paisagens celestes, montanhas de pedra onde o caminho é gloriosa elevação. De pequenos enganos a pequenos enganos, formam o continente das grandes fantasias. Daí por diante, a recapitulação das experiências terrenas inclina-os, mais fortemente, para a exigência animal e, chegados a esse ponto, raros voltam ao dever sagrado, para considerar a grandeza das divinas bênçãos.

Nosso interlocutor fez uma pausa e tornou:


– E o “desculpismo”? Nesse terreno de assistência espiritual, verão, um dia, quantos pretextos são inventados pelas criaturas terrestres por fugir ao testemunho da verdade divina, nas tarefas que lhes são próprias. Os mordomos da responsabilidade alegam excesso de deveres, os servidores da obediência afirmam ausência de ensejo. Os que guardam possibilidades financeiras montam guarda ao patrimônio amoedado, os que receberam a bênção da pobreza de recursos monetários aconselham-se com a revolta. Os moços declaram-se muito jovens para cultivar as realidades sublimes, os mais idosos afirmam-se inúteis para servi-las. Os casados reclamam quanto à família, os solteiros queixam-se da ausência dela. Dizem os doentes que não podem, comentam os sãos que não precisam. Raros companheiros encarnados conseguem viver sem a contradição.


OS MENSAGEIROS
Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz

DIFICULDADE EM CHEGAR NA TERRA

A caminho da Crosta
Cap 33 – A caminho da Crosta – A.Luiz, Vicente e Aniceto dirigem-se à Crosta. Caminham por via escura e nevoenta, diferente da que liga “Nosso Lar” à Crosta. Aos poucos começam a vislumbrar luz solar. A partir dali, praticam a volitação, com emprego de transformação da força centrípeta


Após nos refazermos pela manhã, considerando a viagem ainda longa, despedimo-nos, comovidos. Pelo menos, quanto a mim, podia afirmar que me afastava com mágoa, tão belas as lições ali colhidas!

Alfredo e a esposa nos abraçaram, sensibilizados, desejando-nos jornada feliz e êxito no trabalho.
Vários amigos da véspera estavam presentes, saudando-nos jubilosos. Tomamos o carro, agradavelmente surpreendidos.


Ser-me-ia muito difícil descrever a pequena máquina, que mais se assemelhava a pequeno automóvel de asas, a deslocar-se impulsionado por fluidos elétricos acumulados.

Sempre atencioso, Aniceto explicou:

– Aceitei a cooperação do aparelho, não porque os deseja escravizados ao menor esforço, mas porque a permanência, embora ligeira, no Posto de Socorro, constituiu ensejo dos mais frutuosos à aquisição de conhecimentos necessários. Receberam vocês lições intensivas, relativamente aos nossos irmãos perturbados e sofredores, bem como sobre os efeitos da prece. Desse modo, temos nosso expediente bastante adiantado, considerando que se encontram ambos em tarefa de observação e aprendizado, acima de tudo.

E, depois de pequena pausa, continuou:

– Não creiam, todavia, que possamos aproveitar a máquina até a Crosta. Calculo que só poderemos voar até ao meio-dia. Em seguida, prosseguiremos a pé.

Aniceto calou-se por instantes, sorriu noutra expressão fisionômica, e acentuou:

– Isto, porém, acontecerá somente enquanto não hajam vocês criado asas espirituais, que possam vencer todas as resistências vibratórias. Semelhante realização pode não estar distante. Dependerá do esforço que desejarem despender no trabalho aquisitivo.

Todo aquele que opere, e coopere de espírito voltado para Deus, poderá aguardar sempre o melhor. Não é promessa de amizade.

É lei.

O pequeno aparelho nos conduziu por enormes distâncias, sempre no ar, mas conservando-se a reduzida altura do solo.

Quase precisamente ao meio-dia, estacionamos em humilde pouso, destinado a abastecimento e reparação de maquinaria de natureza daquela em que havíamos viajado.

Despediu-se de nós o condutor, que nos desejou boa viagem, preparando-se para regressar.

A paisagem tornou-se, então, muito fria e diferente. Não estávamos em caminho trevoso, mas muito escuro e nevoento.

Tornara-se densa a atmosfera, alterando-nos a respiração.

Aniceto contemplou, conosco, a vastidão caliginosa e falou em tom grave:

– Com quatro horas de locomoção, estaremos na Crosta. Reparem as sombras que nos rodeiam, identifiquem a mudança geral. Infelizmente, as emissões vibratórias da Humanidade encarnada são de natureza bastante inferior, em nos referindo à maioria das criaturas terrestres, e estas regiões estão repletas de resíduos escuros, de matéria mental dos encarnados e desencarnados de baixa condição. Atravessaremos grandes zonas, não propriamente tenebrosas, mas muito obscuras ao nosso olhar. Daqui a duas horas, porém, encontraremos sinais da luz solar.


Nossa peregrinação, francamente, foi muito pesada e dolorosa, e, somente aí, avaliei, de fato, a enorme diferença da estrada comum, que liga a Crosta a “Nosso Lar” e aquela que agora percorríamos a pé, vencendo obstáculos de vulto. Imaginei, comovido, o sacrifício dos grandes missionários espirituais que assistem o homem, compreendendo, então, quão meritório lhes é o serviço e como necessitam disposições especiais e extraordinário bom ânimo, para auxiliarem as criaturas encarnadas, de maneira constante.


Os monstros, que fugiam à nossa aproximação, escondendo-se no fundo sombrio da paisagem, eram indescritíveis e, obedecendo a determinações de Aniceto, não posso ensaiar qualquer informe nesse sentido, a fim de não criar imagens mentais de ordem inferior no espírito dos que, acaso, venham a ler estas humildes notícias.

No horário previsto por nosso orientador, começamos a vislumbrar, de novo, a luz do Sol, como se estivéssemos em madrugada clara. O espetáculo era magnífico e novo para mim. Calor brando começou a revigorar-nos.


Aniceto fixou o quadro maravilhoso dos raios de luz atravessando as sombras, e falou, de olhos úmidos:


– Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol! Na Natureza física, é a mais alta imagem de Deus que conhecemos.

Temo-lo, nas mais variadas combinações, segundo a substância das esferas que habitamos, dentro do sistema. Ele está em “Nosso Lar”, de acordo com os elementos básicos de vida, e permanece na Terra segundo as qualidades magnéticas da Crosta. É visto em Júpiter de maneira diferente, ilumina Vênus com outra modalidade de luz. Aparece em Saturno noutra roupagem brilhante. Entretanto, é sempre o mesmo, sempre a radiosa sede de nossas energias vitais!


Avançamos, comovidos, e, dai a algum tempo, surgiu-nos o astro sublime, na posição que antecede o crepúsculo.


Doutras vezes, viajando sempre através da estrada luminosa e fácil de ser percorrida, em vista das possibilidades de volitação, não fizera maior reparo. Agora, porém, que atravessara névoas compactas, anotava diferenças profundas.


A certa distância, surgia a Terra, não na forma esférica, porque nos achávamos não longe da Crosta, mas como paisagem além, a interpenetrar-se nas extensas regiões espirituais.


O Sol resplandecia, rumo ao Poente, como enorme lâmpada de ouro.

Aniceto, que parecia alegrar-se sobremaneira, exclamou:

– Entramos na zona de influenciação direta da Crosta. Poderemos, doravante, praticar a volitação, utilizando nossos conhecimentos de transformação da força centrípeta. A luz que nos banha resulta do contacto magnético entre a energia positiva do Sol e a força negativa da massa planetária. Prossigamos. Não tardaremos a entrar no Rio de Janeiro.

A essa altura, assaltou-me o desejo de perguntar alguma coisa relativamente à direção.


– Como nos orientaremos? – indaguei, curioso.


– Antes de tudo – respondeu o instrutor – é preciso não esquecer que nossas colônias estão situadas no campo magnético da América do Sul. Qualquer bússola seria sensível, de agora em diante, mas, em nosso caso, é indispensável educar o pensamento e orientar-nos dentro da energia que lhe é peculiar.


Empregamos, de novo, a capacidade volitante e, dentro em pouco, as matas de Petrópolis estavam à vista. Mais alguns minutos e perlustrávamos as grandes artérias cariocas. Por sugestão do instrutor, abeiramo-nos do mar, em exercício respiratório de maior expressão.


Vicente e eu estávamos positivamente exaustos. Reconhecíamos que o esforço fora significativo para nossas escassas forças.


Indiferentes à nossa presença, os transeuntes passavam apressados, de mente chumbada aos problemas de ordem material.


Fonfonavam ônibus repletos. A grande baía figurava-se-nos cheia de forças renovadoras.


Quando se acendiam as primeiras luzes elétricas, Aniceto convidou-nos, amavelmente:


– Vamos ao reconforto! Vocês estão fatigadíssimos. Irei mostrar-lhes que “Nosso Lar” tem, igualmente, alguns refúgios na Crosta.

Fonte:Carlos Eduardo Cenerelli





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FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

Não haverá GIRA.

Estaremos realizando obras de manutenção no imóvel.

De 01/03 à 10/03 – TERREIRO FECHADO

15/03 - sexta-feira – Saúde

20/03 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

22/03 - sexta-feira – Caboclos

29/03 - sexta-feira - Exus

03/04 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

05/04 - sexta-feira – Pretos-Velhos

12/04 - sexta-feira – Saúde

17/04 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

23/04 - terça-feira – Saudação à Ogum Às 20h

26/04 - sexta-feira - Malandros

MAIO

JUNHO

JULHO

30/05 - sexta-feira – Pretos-Velhos

10/05 - sexta-feira – Saúde

13/05 - segunda-feira – Festa dos Pretos-Velhos às 20h

17/05 - sexta-feira – Caboclos

22/05 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

24/05 - sexta-feira – Saudação à Santa Sara com Corrente de Ciganos

31/05 - sexta-feira - Exus

05/06 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

07/06 - sexta-feira – Pretos-Velhos

13/06 - quinta-feira – Saudação à Santo Antonio com Corrente de Exus às 20h

19/06 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

21/06 - sexta-feira – Caboclos

28/06 – sexta-feira – Malandros

03/07 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

05/07 - sexta-feira – Pretos-Velhos

14/07 – domingo – SEMINÁRIO das 10h30min às 18h

17/07 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

19/07 - sexta-feira – Caboclos

26/07 – sexta-feira – Exus e Saudação à Nanã

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

02/08 - sexta-feira – Pretos-Velhos

07/08 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

09/08 - sexta-feira – Saúde

16/08 - sexta-feira – Saudação à Obaluaê / Omolu

18/08 – Domingo – Calunga às 09h

21/08 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

23/08 – sexta-feira – Caboclos

30/08 - sexta-feira - Malandros

04/09 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

06/09 - sexta-feira – Pretos-Velhos

13/09 - sexta-feira – Saúde

18/08 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

20/09 - sexta-feira – Caboclos

27/09 – sexta-feira –Distribuição de doces às 15h

Não tem Gira

29/09 – Festa de São Cosme e São Damião às 16h

02/10 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

04/10 - sexta-feira – Pretos-Velhos

11/10 – sexta-feira – Saúde

12/10 – Sábado – Cachoeira/Mata

16/10 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

18/10 - sexta-feira – Caboclos

25/10 - sexta-feira – Exus

NOVEMBRO

DEZEMBRO

01/11 - sexta-feira – Esteira Das Almas

06/11 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

08/11 - sexta-feira – Saúde

15/11 - sexta-feira – Dia Nacional da Umbanda – Orixás – 20h

20/11 – quarta-feira – Café com Vovó Catarina

22/11 - sexta-feira – Festa aos Malandros

25/11 - segunda-feira /Calunga 17h

30/11 – Sábado - Praia

-

08/12 – Domingo – Saudação aos Orixás –

Encerramento das Atividades/ 2019

Atenção:

As Giras têm início às 20h e as fichas são distribuídas a partir das 19:45 até às 21h.

As consultas não são cobradas. “Dai de graça o que de graça recebestes de Deus”.

A Tenda Espírita Mamãe Oxum é um Templo Sagrado, respeite-o como tal.

Evite roupas ousadas como shorts, mini blusas, vestidos muito decotados ou curtos. Respeitem as Entidades.

Mãe Márcia “Anêrê de Oxum”

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