Auto-obsessão. Porque insistimos em nos sabotar?
Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
A tentativa de associar a medicina tradicional com
técnicas complementares tem nos mostrado uma faceta muito interessante das
doenças, que é justamente a auto-obsessão, ou seja, essa nossa capacidade inata
e nem sempre consciente de nos prejudicar, mantendo em nós mesmos aquilo que nos
aflige. Muitas pessoas quando ouvem falar em obsessão pensam logo em espiritismo
e influência espiritual. Mas aqui falamos de auto-obsessão, que acreditem, é bem
mais comum do que imaginamos. A influência espiritual na vida das pessoas é bíblica, não foi inventada pelo espiritismo. Quem lê os textos sagrados com cuidado percebe facilmente que era uma crença arraigada no povo judeu e outros, a influência de espíritos desencarnados, de "espíritos imundos" causando doença, loucura, idiotia, etc.
Não queremos menosprezar essa influência, pelo contrário, mas somente abordamos aqui o complemento dessa história, que diz respeito a esse auto-boicote, que nos faz manter padrões de comportamento, pensamentos e atitudes que nos prejudicam.
Dias atrás assistindo ao programa da Oprah Winfrey, a mais conhecida apresentadora
americana, um psicólogo dava uma entrevista dizendo
que "o crescente aumento de usuários de drogas, de álcool e de cigarro, assim
como o aumento da obesidade, podem ter como causa comum a necessidade que temos
de manter em nós o sofrimento". Ele citava um exemplo bem prático. "Fulano é
obeso e diz que essa é a causa do fracasso no seu casamento. Se ele emagrecer e
o problema não acabar pra onde vai a culpa?" Em nossos núcleo de atendimento espírita, temos frequentemente nos deparado com situações como essas. A nossa ligação com o passado é tão forte, que simplesmente não conseguimos nos desligar de padrões de comportamento adotados em vivências diversas que já tivemos. Daí surgem os conflitos, dissociando o que aprendemos do que fazemos. É o famoso "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Todos temos esse comportamento em maior ou menor grau, e isso não se constitui em desvio de caratér ou falsidade, se dá somente pelo fato que vivenciamos no mundo inteiro uma abertura, uma mudança de paradigma que nos coloca frente a ensinamentos maravilhosos e nos provocam uma inequívoca vontade de mudança profunda.
Conhece
reis a verdade e ela vos libertará, dizia o Cristo.
Todas as religiões vivem esse momento especial, cada uma a seu modo. A ciência
começa a se aprofundar no estudo da relação emoção X físico, a física quântica
começa a nos indicar que existe mais do que a matéria que nos serve de roupa
terrena. Quando entramos em contato com essa boa nova do terceiro milênio, onde
o espírito sobrepuja o físico ficamos maravilhados, mas sentimos também o imenso
caminho que ainda teremos de percorrer para alcançar a nossa libertação
individual, para nos desprender do nosso passado de culpas e mágoas. Essa caminhada deve ser feita com segurança, com muita compaixão por nossas dificuldades, nos tratando como tratamos um filho, ou nossos pais quando lhe sentimos uma falta. A auto-obsessão tem dois lados opostos, ambos maléficos. Podemos nos cobrar demais e transformar nossa vida num eterno "pecado". Tudo é errado. Ou podemos boicotar nossa evolução, nos agarrando em nossas convicções que nos mantém imantados a erros primários.
Fonte: http://medicinaespiritual.blogspot.com.br
