O EVANGELHO E A UMBANDA
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A UMBANDA PREPARANDO O CAMINHO PARA A ETERNIDADE
Vamos a opinião abalizada de um estudioso dos problemas da alma, da vida material e espiritual, o Dr Aníbal Vaz de Melo, na magnífica página intitulada “O Caminho”, de seu livro “O Evangelho à Luz da Astrologia”, a fim de aplicarmos esse precioso esclarecimento, em nossas vidas, mormente como umbandistas:Na verdade o caminho que nos conduz ao Mestre é difícil de ser trilhado. Difícil e doloroso. Muitos acreditam que seja preciso uma viagem ao Tibet misterioso para o aprendizado necessário. Puro engano! O caminho não está em determinadas regiões da Terra, fora do alcance comum e das possibilidades humanas. O peregrino encontrará o seu sendeiro na mesma cidade e lugar onde o destino o colocou.
As provas de experimentações impostas aos candidatos ao noviciado espiritual não se encontram também nos cerimoniais complicados e fossilizados de várias lojas e seitas religiosas, mas apenas na percepção dos pequenos lances da vida quotidiana nas renúncias diárias de coisas que aparentemente parecem úteis e imprescindíveis, mas que na realidade pouco significa. O que importa ao caminhante é saber aproveitar as experiências e as esplêndidas lições do agora, porque é neste efêmero que está à plenitude da Eternidade, e neste agora que está a Vida, que também é eterno presente.
O caminho que nos conduz ao encontro do Cristo interno é uma via interior; profundamente interior. É uma espiral em ascensão para o infinito. É um caminho doloroso e difícil, já o dissemos. Está também cheio de renúncias... Mas o Peregrino tem, contudo, as suas compensações: enquanto os pés sangram na escalada dolorosa da montanha, feridos pelas pedras e pelas urzes das estradas, os olhos do caminheiro vão contemplando novas e mais belas paisagens, novas e mais belas perspectivas de horizontes infinitos, novas e mais deslumbrantes iluminuras de poentes e de alvoradas...
É assim que caminhamos para mais perto do azul e das estrelas, para mais perto de Deus. A vista do Espírito através dos olhos da carne vai contemplando novas claridades, e só muito alto, no píncaro da montanha é que eles defrontam a vastidão imensurável, a vastidão maravilhosa das coisas infinitas... E o caminhante ao defrontar este panorama soberbo, amplo, permeado de luz, indefinido, sente-se extático e fica com a alma de joelhos na volúpia da contemplação... É a visão maravilhosa... A visão Suprema, a visão sem formas, o Pensamento incriado... É a luz transcendente... É Deus!
É Jesus que nos orienta. É preciso incorporar à nossa vida o Evangelho do Mestre.
O Evangelho é essa chave perdida que alguns “magos” andam procurando pelo Tibet, pela Índia, pelo Egito, pela China, por Lemúria, pela Atlântida. E, afinal, não conseguem encontrar o caminho dos “passos perdidos”. É que a tal chave está conosco mesmo, em cada um de nós. Está com todos aqueles que queiram seguir a Jesus e fazer a vontade do Pai. Não há fórmulas cabalísticas ou de magia que façam você ser feliz ou afortunado, se você não se colocar dentro da faixa vibratória do merecimento e fizer por onde. Você é que tem as chaves do reino e só você poderá fazer uso delas.
Então se ponha em condições, cada dia, de fazer penetrar essas chaves em seu próprio reinado, no mundo da sua consciência e o fim será maravilhoso. Prepararmo-nos para o futuro e para a eternidade, deve ser a nossa mais ardente preocupação. Mas nunca pelo aniquilamento do próximo, do nosso irmão, ou com processos escusos de matar animais.
O Evangelho, repetimos, está de braços abertos aguardando a nossa chegada. É o amigo sempre presente; faça amizade com ele e terá encontrado o caminho que você procura. O Espiritualismo de Umbanda está aí para proporcionar Luz e Amor no entendimento e no coração dos filhos de Deus e não para promover demandas, nem atiçar a fogueira do ódio, da vingança, das represálias. Não! “A melhor maneira de se extinguir o fogo é recusar-lhe combustível. A fraternidade operante será sempre o remédio eficaz, ante as perturbações dessa natureza. Por isso mesmo o Cristo aconselhava o amor aos adversários, o auxilio aos que nos perseguem e a oração pelos que nos caluniam, como atitudes indispensáveis à garantia da nossa paz e da nossa vitória”. – Citado por André Luiz em “Nos Domínios da Mediunidade”.
(Trecho extraído do livro: “Umbanda Cristã e Brasileira – Jota Alves de Oliveira”)
O QUE É O EVANGELHO |
O objetivo central deste estudo é enaltecer os esforços constantes de evangelização das criaturas. Para que possamos atingir tal desideratum, preparamos o seguinte roteiro: conceito, conotações do termo “Evangelho”, Evangelho no contexto histórico, o Evangelho Segundo o Espiritismo e Evangelho e Educação.
Conceito
O uso freqüente de uma palavra pode provocar, com o tempo, a perda do seu significado original. Isto aconteceu com muitos de nós que dizemos e ouvimos pronunciar tantas vezes o termo “Evangelho”. De acordo com Battaglia em “Introdução aos Evangelhos”, o primeiro significado lembrado pelo som desta palavra é o de um livro, um dos quatro que foram legados pela era apostólica e que contém a vida e a doutrina de Jesus. A palavra “Evangelho” suscita em muitos cristãos uma vaga idéia de respeito e solenidade ligada à liturgia da Missa dominical, quando o som deste termo faz-nos ficar todos de pé para ouvi-lo devota e respeitosamente. Mas normalmente, tudo pára aí.
Evangelho é a tradução portuguesa da palavra grega Euangelion que foi notavelmente enriquecida de significados. Para os gregos mais antigos ela indicava a “gorjeta” que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma “boa-nova”, segundo a exata etimologia do termo.Falava-se de “evangelho”, nas cidades gregas, quando ecoava a notícia de uma vitória militar, quando os arautos noticiavam o nascimento de um rei ou de um imperador. Ao termo estava unida a idéia de festa com cânticos, luzes e cerimônias festivas. Era, em suma, o anúncio da alegria, porque continha uma certeza de bem-estar, de paz e salvação. (1984, p. 19 e 20)
Conotações do termo “Evangelho”
• O Evangelho de Jesus – Deus, no Velho Testamento, havia comunicado os seus anúncios de alegria aos patriarcas, a Moisés e aos profetas do seu povo; no Novo Testamento, dá o maior dos “anúncios”, o anúncio de Jesus. Jesus não é só conteúdo do anúncio, mas é também o primeiro portador e arauto. Ele apresenta a si mesmo e a sua obra como o “Evangelho de Deus”, isto é, a “boa-nova” que Deus envia ao mundo que espera. (Battaglia, 1984, p. 21 e 22)
• O Evangelho dos Apóstolos – Desde o momento da ascensão de Jesus, a palavra “Evangelho” designou a pregação oral dos apóstolos, pregação que tinha como argumento a pessoa e atividade de seu Mestre divino. (Battaglia, 1984, p. 23)
• Os Quatro Evangelhos – Desde os primeiros anos do cristianismo preferiu-se falar de “Evangelho”, no singular, também quando se referia aos livros. isto porque os escritos dos apóstolos traziam todos o mesmo e idêntico “alegre anúncio” proclamado por Jesus e difundido oralmente. Quando se desejou, porém, indicar de maneira específica cada um dos quatro livros, encontrou-se uma fórmula particularmente eficaz e significativa: “Evangelho Segundo Lucas”, “Evangelho Segundo Mateus”, “Evangelho Segundo Marcos” e “Evangelho Segundo João”. Desse momento em diante, o singular e o plural se alternam para indicar, um a identidade do anúncio, o outro a diversidade de forma e redação. Ficará, porém, sempre viva a convicção de que o Evangelho é um só: o alegre anúncio de Jesus. (Battaglia, 1984, p. 25 e 26)
• O Quinto Evangelho – Os Atos dos Apóstolos e as Cartas Apostólicas dispostos cronologicamente formariam um quinto evangelho. O Nascimento de Jesus, por exemplo, poderia ser encontrado em Gl 4,4; Rm 1,4; At 3, 18-24; At 1,14. Sua atividade missionária em At 10,36; At 2,22; At 1,13; At 1, 21-22; 2 Pd 1, 16-18; 1 Jo 1, 1-3. Este mesmo exercício poderia ser feito com relação às condições de sua vida, o início da vida pública, a última ceia, a traição de Judas etc. (Battaglia, 1984, p. 32 a 36)
• Evangelhos Apócrifos – Muitas informações acerca de Jesus estão arroladas nos Evangelhos apócrifos (escondidos) e nas ágrafas (ensino oral).
Contexto histórico do Evangelho – Ambiente político-religioso
O povo judeu, ao qual Jesus e os apóstolos pertenciam fazia parte do grande império romano que estendia as asas das suas águias do Atlântico ao Índico.
O jugo romano, porém, pesava de modo especial sobre a Palestina ao contrário dos outros povos. O poder político-religioso na Palestina, naquela época, era exercido pelo procurador romano, pelo sumo sacerdote e pelo senado judeu.
O procurador romano era, sobretudo, um chefe militar, encarregado de vigiar, com 3.000 homens à sua disposição. Competia-lhe cobrar os tributos a serem enviados ao erário imperial. Administrava a justiça só nos casos em que era prevista a pena de morte, pena que o tribunal ordinário do sinédrio, ou os tribunais locais das várias regiões e cidades não podiam executar.
Por esse motivo Jesus, embora tivesse sido condenado à morte pelo sinédrio, teve de comparecer diante de Pilatos para responder por delito capital.
O sumo sacerdote era assistido, no governo político e religioso da nação, por uma espécie de senado judeu, o sinédrio. Pertenciam ao sinédrio três categorias de pessoas:
1. “príncipes dos sacerdotes” (chefes das famílias e das classes sacerdotais e os sumos sacerdotes depostos do cargo) 2. ”anciãos” (membros das famílias nobres e ricas de Jerusalém). 3. “escribas” ou “doutores da lei” (mestres judeus peritos na Lei e na tradição). Todos esses membros pertenciam às duas seitas principais do judaísmo: a dos saduceus e a dos fariseus. (Battaglia, 1984, p. 105 a 107) |
O Judaísmo Palestinense no tempo de Jesus
O ambiente histórico-religioso em que o Evangelho nasceu é o do judaísmo formado e alimentado pelos livros sacros do Antigo Testamento, condicionado pelos acontecimentos históricos, pelas instituições nas quais se encontrou inserido e pelas correntes religiosas que o especificaram.
Embora o cristianismo seja uma religião revelada, diferente da judaica, apareceu historicamente como continuação e aperfeiçoamento da revelação dada por Deus ao povo de Israel. Jesus era um judeu, que nasceu e viveu na Palestina. Os apóstolos eram todos da sua gente e da sua religião.
Por isso, nos Evangelhos encontramos descrições, alusões e referências a pessoas, instituições, idéias e práticas religiosas do ambiente judaico, frente às quais Jesus e os apóstolos tomaram posição, aceitando-as ou rejeitando-as. (Battaglia, 1984, p. 118)
De Cristo a Kardec
A divulgação do Evangelho, desde as suas primeiras manifestações, não foi tarefa fácil.
A começar pela construção desses conhecimentos – realizada sob um clima de opressão –, pois o jugo romano, como vimos anteriormente, pesava de maneira especial sobre a Palestina. As mortes dos primeiros cristãos nos circos romanos, ainda ecoa de maneira indelével em nossos ouvidos. Além disso, tivemos que assistir à ingerência política em muitas questões de conteúdo estritamente religioso. Fomos desfigurando o cristianismo do Cristo para aceitarmos o cristianismo dos vigários, como disse o “padre Alta”. A fé, o principal alimento da alma, torna-se dogmática nas mãos de políticos e religiosos inescrupulosos. Para ganhar os Céus, tínhamos que confessar as nossas culpas, pagar as indulgências e obedecermos aos inúmeros dogmas criados pela Igreja. É dentro desse quadro de fé dogmática que surge o Espiritismo, dando à fé uma direção racional, no sentido de iluminar a vida espiritual de toda a humanidade.
Kardec e o Evangelho Segundo o Espiritismo
O Evangelho Segundo o Espiritismo é o 3º Livro da Codificação. “O Livro dos Espíritos” surgiu em 18/04/1857, seguido pelo “O Livro dos Médiuns”, em 1861. Somente em 1864 Kardec publicou “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Isso para não chocar a crença católica da penas eternas.
Allan Kardec na Introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” diz que as matérias contidas nos Evangelhos podem ser divididas em cinco partes: 1ª) os atos comuns da vida de Cristo, 2ª) os milagres, 3ª) as profecias, 4ª) as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja 5ª) e o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de controvérsia, a última manteve-se inatacável. Este é o terreno onde todas as crenças podem se reencontrar, porque não é motivo de disputas, mas sim regras de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida, pública e privada.
Kardec, para evitar os inconvenientes da interpretação, reuniu nesta obra os artigos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de Culto. Nas citações conservou tudo o que era útil ao desenvolvimento do pensamento, não eliminando senão as coisas estranhas ao assunto. Como complemento de cada preceito, ajuntou algumas instruções escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, e por intermédio de diferentes médiuns.
Cabe lembrar que o Espiritismo não tem nacionalidade, está fora de todos os Cultos particulares e não foi imposto por nenhuma classe social, uma vez que cada um pode receber instruções de seus parentes e de seus amigos de além-túmulo. Ele veio dar uma nova luz à moral do Cristo. (1984, p. 8 a 12)
Evangelho e educação
No âmbito da Umbanda, o Evangelho deixou de ser apenas a fonte de meditação e oração para a ligação do homem com um Deus antropomórfico, no insulamento, para transformar-se num instrumento de aperfeiçoamento do indivíduo, de renovação íntima constante e continuada; de adequação, adaptação à vida, no torvelinho de suas modalidades, na incessante variação de suas manifestações. Em síntese, o objetivo da Umbanda é transformar o Evangelho de crença em conhecimento – conhecimento das leis que governam o Espírito.
Com o Evangelho, a idéia de Educação se transforma. Ela continua sendo a transmissão de cultura de uma geração a outra, mas com a finalidade de estimular a criatividade, de adaptar o indivíduo à vida, de conduzi-lo à integração na sociedade, através do trabalho produtivo, das realizações conjuntas, de forma ordenada e pacífica. (Curti, 1983, p. 85 a 87)
A vinda do Mestre modificou o cenário do mundo. Emmanuel em “Roteiro” diz-nos que antes de Cristo, a educação demorava-se em lamentável pobreza, o cativeiro era consagrado por lei, a mulher aviltada qual alimária, os pais podiam vender os filhos etc. Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento. Iluminados pela Divina influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes; Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados; instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o Espírito popular etc. (Xavier, 1980, cap. 21)
Emmanuel diz ainda que “O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança”. (Xavier, 1981, p. 28)
Conclusão
O Evangelho (segundo o Espiritismo) deixa de ser fonte de meditação e oração e passa a ser um instrumento de aperfeiçoamento do indivíduo.
É um guia insubstituível para a adaptação do homem às crescentes formas de vida. Refletindo sobre os seus conteúdos morais, o homem começa a evangelizar-se, ou seja, começa a criar novos hábitos e atitudes, a tornar operante a sua fé, a exercitar mais e mais vezes a paciência.
Adquire, assim, uma nova postura com relação à vida e ao seu próximo, porque aprendeu que o único evangelho vivo é aquele em que os outros o observam.
Irmãos umbandistas; não se esqueçam: Seguimos os Espíritos de Luz, seja onde for que se manifestem. Seguimos os conselhos e as orientações dos Espíritos de Luz, sejam eles Santos consagrados pelos católicos ou Espíritos que se manifestam no kardecismo. Onde se falar em Evangelho, pregando e seguindo a Nosso Senhor Jesus Cristo, aceitaremos sem restrições.
(Sérgio Biagi Gregório com adaptações de Pai Juruá)
Colocaremos a disposição de todos algumas obras importantes sobre o Evangelho, que deverão ser lidas, estudadas e praticadas, principalmente na prática do Evangelho no Lar.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai, a não ser através de mim” – Jesus
“Ide e pregai o Evangelho por todo o mundo, para o testemunho de todas as Nações”
A IMPORTÂNCIA DA EVANGELIZAÇÃO NA UMBANDA |
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”
A Palavra Evangelho vem do grego: “Euaggélion”, que se traduz por Boa Notícia. Na tradução do vocábulo hebraico Besorah, significa uma noticia de grande alegria. Evangelizar, que corresponde ao verbo bissar, tem na tradução portuguesa a correspondência alvíssara, derivado do árabe. A palavra Evangelho aparece cerca de 68 vezes no Novo Testamento.
“Se algo existe pelo qual possa o homem viver e trabalhar lutar e sofrer satisfeito e feliz, então é o Evangelho da redenção e do amor, que o divino Mestre espargiu pelas terras da Palestina e mandou levar até os confins do universo, sob a vigilância da competente autoridade”. Huberto Rohden
IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA
E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marc. 16:15).
Foi depois da ressurreição, quando Jesus apareceu aos onze e lhes falou pela ultima vez.
Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura: É uma lição e uma ordem que deveria ser repetida milhões de vezes.
Merece uma analise a ultima instrução do Mestre. Uma analise ampla, de maneira que se estabeleçam paralelos com a ação das religiões e, principalmente, daquela que se julga mandatária...
O Mestre, ditando as Leis para a felicidade do seu povo, do seu rebanho, o fez em nome do Pai, do Criador, de Deus. Vemos que ele não orientou o seu Colegiado a organizar-se em comunidades onde se prestasse culto à idolatria, a rituais, a vestimentas especiais, ou de púrpura e que houvesse um sistema de celibato que serviu para degradar o homem e levá-lo ao pecado; não orientou confissões, nem batismos com água. Não ordenou sacerdotes especiais, nem orientou profissionais para pregar o seu Evangelho.
Olhando os séculos percorridos, deparamos, decepcionados, com o desvirtuamento do: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”.
Mas o Evangelho é a semente da nossa redenção. Por isso, se até ontem não nos detivemos para cuidar dessa semente, façamo-lo a partir de hoje; nunca é tarde! Jesus nos espera de braços abertos!
Nas considerações que nos ocorrem, encontramos o Mestre a dirigir-se ao povo, expressando-se de maneira clara, quando afirma em Mateus 24:14 e Marcos 13:10:
Jesus diz “este Evangelho” e que não se refere, nunca se referiu, a que fossem pregar O Velho Testamento!... Por que?
Somente os interesses judaicos, católicos e os protestantes poderão responder. Mas que é uma desobediência, não tenham a menor duvida. Por certo, haverá quem seja castigado por tal desobediência. Fariseus, hipócritas, sauduceus e fanáticos fundaram as Sociedades Bíblicas para ofuscar o Evangelho de Jesus e complicar a vida da humanidade toda.
O Velho Testamento existia, serviu para uma época. Vem o DONO da Terra e anuncia O NOVO TESTAMENTO, para substituir o Velho. É que o Velho já havia cumprido sua missão, sua finalidade. Mas, os falsários do tempo de Jesus, reencarnando por vários paises, resolveram guerrear a Obra do Mestre e retardar o progresso do rebanho, que se debate entre a treva e a luz. Porém, mais treva do que luz, por isso vão caindo no fosso.
Paulo, apóstolo, prega o Evangelho e deixa patente sua obrigação na primeira carta aos Corintios, 19:16:
Seria cansativo se fossemos apontar as passagens do Evangelho em que Jesus, Mestre e Senhor, afirma e reafirma a Sua Doutrina, sem Moisés e sem o Velho Testamento.
E nós repetimos sempre com o mesmo entusiasmo e com o mesmo vigor: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”.
NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento veio substituir o velho. O Velho Testamento e o Novo Testamento formam a Bíblia. No Evangelho segundo João, capítulo 1º, versículo 17, temos referencias quanto à Lei do Velho Testamento, com Moisés e ao Novo, com Jesus: - “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”.
No Evangelho segundo Lucas, cap. 16, vers. 16, Jesus define ambos os Testamentos e qual devem vigorar, afirmando: - “A lei e os profetas vigoraram até João desde tempo vem o Evangelho do Reino de Deus sendo anunciado e todo homem se esforça por entrar nele”. – O Velho Testamento, pois, está condenado; poderá nos servir, apenas, como livro histórico, para consulta, somente e que deveria figurar, exclusivamente, nas bibliotecas públicas, ou nos museus.
O Novo Testamento, tal como palavra o esclarece: Novo! Que veio substituir o Velho! O Ano Velho sai, entra o Novo! O velho é arquivado. É posto de lado para consulta, nada mais. O Novo é que é o portador das Boas Novas! No Evangelho segundo Lucas, cap. 24, vers. 14, temos outra afirmativa do mestre: “E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações”.
O Novo Testamento é o livro doutrinário, básico, a ele se juntam os livros da Terceira Revelação, mas nunca o Velho Testamento! O grande livro doutrinário, pois, se compõe de: O Evangelho apresentado pelos quatro evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, cada qual apresentando a narrativa pessoal do que viram e ouviram e que nos dão um sentido geral da Doutrina de Jesus e sua vivência entre nós, têm, no Sermão do Monte, caps 5, 6 e 7 de Mateus toda a Alma doutrinária do livro do Mestre. Vem depois a Vida e Atos dos apóstolos, a seguir as epistolas (cartas) doutrinarias, de instruções enviadas a vários povos e por fim o Apocalipse, o livro profético e simbólico de João Evangelista.
(Jota Alves de Oliveira)
A UMBANDA E O EVANGELHO
Os ensinamentos de Jesus, assim como a Umbanda, são simples e destituídos de fórmulas e símbolos complicados. Ademais, Jesus não exigia dos homens que se tornassem santos ou heróis, sob a influencia de seus ensinamentos.
Ele ensinava a realidade dos céus no meio da vida comum, nas ruas, vielas, campos, lares, sob as árvores, ou a beira de praias. Jesus teve sua convivência por escolha entre o povo aflito e sofredor, sedentos por amor e um pouco de carinho em vez de estar entre eruditos, políticos, ou entre as complicações religiosas do mundo. Seus ensinamentos eram simples, compreendidos por todos, e eram gravados com letras de fogo no coração de cada um. Ensinamentos compreendidos e aceitos pela simplicidade das verdades inesquecíveis como:
“Faze aos outros o que queres que te façam”
“Quem se humilha será exaltado”
“Cada um colhe conforme suas obras”
Jamais, outra regra de reforma íntima tão singela e espiritual poderia permear a Umbanda, cuja doutrina é tão simples, desprovida de pompas, lógica e libertadora.
Nenhum outro Mestre que viveu entre nós conseguiu em poucas palavras e em tão pouco tempo expor um código de moral tão elevado (Evangelho) aos humanos.
A Umbanda não pretende isolar-se na interpretação pessoal do Evangelho tão bem esposado e explicado pelo Espiritismo, Alias, não devemos nos esquecer que as explicações contidas no “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, foram dadas por espíritos iluminados; portanto ser espírita é seguir os ensinamentos dos espíritos, o que nós Umbandistas também fazemos.
Só não adotamos o termo “Espírita” para designar nosso movimento religioso, pois os Kardecistas já o fizeram. Somos Umbandistas, mas aceitamos de coração nossos irmãos Espíritas. Adotar a literatura Espírita não quer dizer praticar espiritismo, mas sim nos educarmos nas mensagens edificadoras dos nossos irmãos espirituais que ali militam.
Adotando o “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” em nossos Templos, estaremos contribuindo para a libertação das pessoas, e contribuindo para a única maneira de nos espiritualizarmos, que é a “educação”.
Nós Umbandistas, devemos ter como objetivo a redenção dos espíritos através de uma conscientização contínua das verdades eternas contidas no evangelho de Jesus, sem aguardar o milagre da santidade instantânea. O Umbandista deve interessar-se profundamente pelo seu aperfeiçoamento e não eleger e confiar somente nos ensinamentos dos mestres e doutrinadores. Não basta querer ter sua vida resolvida, crer numa vida espiritual eterna se ainda não se converteu às verdades e aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Evangelizar não se trata apenas de um conjunto de preceitos pregados a outras pessoas, mas sim interiorizados e vividos no íntimo de nossa alma, assim como fez Jesus, pois ele pregava, mas praticava todos os seus ensinamentos. Jesus não estabeleceu nenhum culto, nem pregou nenhum tipo de poder a multidão; não criou castas e nem outorgas sacerdotais; não pregou aprisionamentos de espíritos; não ensinou a retornar nenhum mal que nos fizessem, e muito menos, não nos deu fórmulas mágicas para que pudéssemos nos beneficiar egoisticamente, promovendo facilidades materiais ou espirituais.
Ele nos pregou o amor, o perdão, a redenção pela fé, e foi muito claro quando nos disse:
Jesus deu um toque sutil em todas as situações humanas e espirituais, operando o verdadeiro milagre da nossa reforma intima, transformando angustias, fracassos e desesperos em bênçãos para o caminho do céu. Ao invés de menosprezar a vida nos ensinou que ela é um instrumento necessário para o aperfeiçoamento da alma. Transformou dores em bênçãos, choros, sofrimentos e aflições em bem-aventuranças eternas.
Nenhum suspiro, dor, ou lágrima serão perdidos ante o Divino Criador. Existe uma simbiose; uma sintonia moral entre a Umbanda e o Evangelho. Ambos requerem a redenção humana. Ambos valorizam a vida humana, nos ensinando que devemos viver tudo o que Deus nos proporcionou com disciplina, e não ver a vida simplesmente como condição expiatória ou apenas sofredora.
A Umbanda, portanto, é o caminho a ser trilhado pela humanidade, e o Evangelho é a luz que ilumina o caminho, facilitando a nossa vida. Nós, Umbandistas, não devemos aguardar a aproximação do Evangelho, mas sim buscá-lo e vivenciá-lo em toda sua plenitude, como norma a ser seguida, a fim de nos desvencilharmos das ilusões e sofrimentos humanos, encontrando um caminho curto e seguro que nos levara a Deus.
O Evangelho é fonte criadora de homens incomuns em caráter amor e igualdade. Não é egoísta, mas sim altruísta; não se exalta, mas cria humildes. Deixa o ser humano terno e não cruel. Pacífico e não armado. O Evangelho será a pátria dos homens santos. Os gigantes de espiritualidade, vencedores de suas mazelas e paixões.
Todos os problemas do mundo serão solucionados pela leitura e prática do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, o porto mais seguro da espiritualidade superior.
Nós Umbandistas, devemos usar dos recursos materiais que Deus nos proporcionou, que chamamos de “arsenal” de Umbanda, com disciplina, bom senso e espírito crítico, sempre que necessário ajudar a qualquer irmão, mas desde que esse, naquele momento, não se encontra em condições de ser doutrinado ou transformado. Após o equilíbrio do mesmo devemos proceder a sua evangelização, para que o nosso irmão continue seu caminhado no plano terreno com equilíbrio e não venha cair nas malhas das vissitudes internas e nem dos nossos irmãos das trevas.
Em nossas palestras elucidativas e evangelizadoras devemos nos abster de excessos de melodramas, exposição de conceitos e parábolas através de suspiros, palavras trêmulas e expressões compungidas. Devemos ter uma oratória simples, objetiva, sincera, assim como Jesus fazia, falando com o coração e não preocupado se as pessoas estão te admirando pela rica eloqüência.
Então meus irmãos, mãos a obra, na edificação evangélica do nosso espírito imortal, pois só assim estaremos contribuindo para o nosso aprimoramento e elevação espiritual.
Lembrem-se do iniciador da Umbanda, em 1.908, o Sr Caboclo das Sete Encruzilhadas, quando nos exortou:
“De quem sabe aprenderemos e os que nada sabem ensinaremos”
O CULTO CRISTÃO NO LAR
Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:
— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
Jesus sorriu e perguntou, de novo:
— E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?
— Certamente, Senhor — redargüiu o pescador, intrigado —, modela o barro, imprimindo- lhe a forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
— Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
— Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?
Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
— Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
— Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.
(Jesus no Lar – Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Neio Lúcio)
“Sempre que se ora num Lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão electromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pela claridade espiritual que acende à volta. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O Lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?” (Os Mensageiros, Cap. 37 – FEB- l944)
JESUS NO LAR
O Culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.
O homem aperfeiçoado ilumina a família.
A família iluminada melhora a comunidade.
A comunidade melhorada eleva a Nação.
O homem evangelizado adquire compreensão e amor.
A família iluminada conquista entendimento e harmonia.
A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.
Espiritismo sem evangelho é fenómeno ou raciocínio.
O Fenómeno deslumbra, o raciocínio indaga.
Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.
Imprescindível conhecer o próprio destino.
Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.
É necessário clarear o caminho.
Do Evangelho no Lar depende o aprimoramento do homem.
Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.
(de Emmanuel – psicografado por Chico Xavier)
O SEMIROMBA SÃO FRANCISCO DE ASSIS – O SEMEADOR DO EVANGELHO NA UMBANDA |
São Francisco de Assis é o Venerando das Irmandades Espirituais dos Semirombas e dos Sakaangás, e o principal articulador, defensor e estimulador da prática de rezas, orações, e principalmente do Evangelho Redentor na Umbanda.
É de suma importância que nós umbandistas compreendamos a sagrada presença de Pai Francisco, seus ensinamentos em nossas vidas e na Umbanda, para que possamos realmente entender de uma vez por todas, que somos religiosos e praticamos uma religião Cristã, calcada no Evangelho Redentor, e com a máxima urgência, devemos absorver tudo isso e praticarmos em nossas vidas particulares e na prática mediúnica. São Francisco de Assis, carinhosamente chamado por nós umbandistas de Pai Francisco, vem nos valer nesse momento crucial de grande necessidade, nos incitar decisivamente sobre a importância do Culto do Evangelho em nossos lares e em nossas vidas, bem como a necessidade da Reforma Íntima para que possamos nos desvencilhar de nossas imperfeições mudando-nos e praticando a caridade de forma desmedida. Pai Francisco vem, com toda uma imensa corrente de trabalho espiritual, se manifestar na Umbanda e na vida de cada um, inicialmente através da prática do Ritual do Rosário das Santas Almas Benditas, e posteriormente na elevação de cada mente, onde nos conscientizaremos que é necessária uma mudança radical em nossas vidas, tornando-nos verdadeiramente cristãos.
Pai Francisco nos pede: “Inclinai o ouvido de vosso coração e obedecei à voz do Filho de Deus. Observai seus mandamentos com todo o vosso coração e segui os seus conselhos com toda a vossa alma” (COrd 6-7).
A PRÁTICA DO EVANGELHO NO LAR UMBANDISTA |
1 – Objetivo deste trabalho
Este trabalho tem por finalidade dois pontos principais.
1º - ensinar e esclarecer dúvidas a respeito da prática do evangelho no lar, mostrando a importância deste hábito para alcançarmos equilíbrio e bem estar em nossa casa, junto de nossos familiares.
2º - em segundo lugar, o objetivo é atender ao pedido do plano espiritual que necessita de novas pousadas de sustentação aqui na Terra, para renovar energias quando estão em missão de socorro.
É sabido que o lar, nos momentos do evangelho, torna-se fonte de luz, de onde os mentores espirituais buscarão os recursos para ajuda aos irmãos necessitados.
“A PAZ DO MUNDO COMEÇA ENTRE QUATRO PAREDES. SOB AS TELHAS A QUE NOS ACOLHEMOS”.
Segundo Jesus, o berço doméstico é a primeira escola e o primeiro Templo da alma. Baseado nestas palavras, Jesus certa noite em casa de Simão Pedro, pede a ele que inicie, a partir dali, a prática do evangelho no lar.
São palavras de Jesus: “Onde estiverem duas ou mais criaturas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei”,
Os apóstolos de Jesus, continuando sua orientação do culto cristão no lar, se reuniram no subsolo das casas, nas catacumbas, enfim, sempre em lugares escondidos, para que não fossem descobertos praticando os ensinamentos do Mestre, que na época tinham sido proibidos.
Sofrendo tantas perseguições, tiveram que se dividir e sair a pregar a boa nova em cidades diferentes, levando assim o evangelho de Jesus também para outros lugares.
2 – O que é o Evangelho
Segundo André Luíz, o evangelho ou boa nova é o código de princípios morais do universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas; ou seja, são os ensinamentos, as leis e a filosofia de vida que Jesus nos mostrou para que encontrássemos a felicidade de dentro de nós e junto das pessoas que nos cercam. É a lei da evolução no caminho até o Pai Criador.
3 – A prática do Evangelho
A prática do evangelho no lar vem nos dar proteção e, acima de tudo, higienizar o ambiente de nossa casa, envolvendo a todos com fluidos energéticos restauradores e equilibrantes, que darão forças para trabalharmos nossa reforma íntima.
Fato interessante é aquele que André Luíz conta em seu livro, “OS MENSAGEIROS”. Fala de sua experiência quando em visita ao lar aqui na terra no momento em que uma família se prepara para fazer o evangelho.
Diz ele que tinha vindo visitar a terra para estágio de aprendizado, junto com outros colegas desencarnados; que tiveram que passar por ondas densas de vibrações pesadas na crosta. E após horas de excursão cansativa, estavam exaustos. O instrutor então os convida a se reencontrarem em um refúgio ali na crosta terrestre.
Foram até o lar humilde, que se achava lindamente iluminado por clarões de energia espiritual; ao se aproximarem, um senhor lhes abriu a porta.
André Luíz ficou sabendo mais tarde, que esse senhor era o espírito protetor da família que morava ali, pois toda a família que se reúne para a prática do evangelho no lar possui um anjo guardião, que protege e sustenta espiritualmente o ambiente na hora da reunião, e fora dela também.
Muitas vezes é um ente querido que já alcançou evolução suficiente para arcar com essa responsabilidade. No caso mencionado, o anjo guardião era Isidoro, o falecido marido da dona Isabel, dona da casa.
André Luiz, entretanto, ficou surpreso quando reparou que naquele lar os espíritos não transpunham a matéria, mas era preciso esperar que a porta fosse aberta para que pudessem entrar. Curioso, recebeu a seguinte explicação de seu instrutor:
“Toda casa que pratica o evangelho no lar, cria verdadeiras paredes espirituais, que através da vibração positiva, isola o lar da atmosfera pesada e negativa da crosta, permitindo somente entrar nesse ambiente, espíritos autorizados, e mesmo assim, se o anjo guardião da casa lhes abrir a porta”.
André Luiz entendeu então que a criatura que ora, traz consigo imbatível couraça de proteção; e que seu lar, transformasse em fortaleza contra as entidades das sombras, que experimentando choques violentos, batem em retirada.
O lar torna-se então pousada tranqüila e fonte renovadora de energia para àqueles espíritos trabalhadores que estão aqui em missão. Como foi o caso de André Luíz e seu grupo, que encontraram abrigo e forças novas naquele lar humilde.
Além dessa proteção, não devemos esquecer que esses momentos de convívio familiar funcionam como verdadeira terapia de vidas passadas, onde podemos receber auxílio que nos facilitem os problemas de relacionamento diante do ente querido, a quem temos dívidas a resgatar.
Emmanuel nos diz algo sobre isso:
“Nós, espíritos fora do corpo material, com a visão mais ampliada, sentindo o peso da responsabilidade e a necessidade de evolução, concordamos em acertar os erros do passado. Baseado em nossa ficha, e contando com a ajuda dos mentores e amigos que nos orientam os destinos, podemos realizar um programa de trabalho, convidando aqueles que devemos algo do passado, para uma nova programação familiar. Assim, podemos pagar nossas dívidas através dos caminhos da reencarnação; e o ponto de encontro, é o nosso lar.
Muitas vezes, por ignorarmos as dívidas de vidas passadas, criamos um ambiente hostil e negativo em nossa volta, tornando doente o ambiente de nossa casa. Afetamos psicologicamente as crianças, e da formação desse clima pesado, surgem conseqüências infelizes, de onde nem sempre conseguimos sair. Assim o lar que deveria ser um oásis de paz, em abrigo para o repouso do dia a dia, acaba se tornando um lugar tenso, e indesejável de se estar.
Com tantas cargas negativas, ele se invade de doenças sem diagnósticos, ou mesmo problemas que ninguém encontra motivo aparente. Quando surge o desequilíbrio, a família precisa de ajuda. E é nessa hora que através da prática do evangelho no lar, recebemos os medicamentos e o amparo do plano espiritual para a volta da harmonia e do equilíbrio necessários à família”.
Disse Jesus, certa vez: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”.
E essa mensagem deve ser muito bem entendida, pois para recebermos todos estes cuidados espirituais, é preciso merecimento de nossa parte; que a gente se proponha firmemente a se mudar, a fazer uma verdadeira reforma íntima.
Começar esta reforma íntima por nós, acabará por reformar todos aqueles que estão a nossa volta. Eles, por sua vez, acabarão por influenciar mais pessoas e assim, nesse leque de amor e fraternidade aberto por nós, estaremos contribuindo para que o nosso planeta possa escalar outro degrau no seu processo evolutivo, onde o bem seja o único vencedor.
4 – Como fazer o Evangelho
Primeiro, marcamos um dia e uma hora que sejam adequadas para todos os membros da família.
Todos devem concordar e assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento, uma vez por semana, para o encontro do evangelho.
Na hora, se preferir, desligue o telefone e a campainha para que não haja interrupções por fatores internos durante os quinze a vinte minutos que durar a reunião.
Se houver necessidade de se atender a porta ou telefone, educadamente devemos explicar o motivo da reunião, e convidar as visitas a participarem passivamente, apenas escutando os ensinamentos.
É conveniente já estipular quem irá fazer a prece de abertura, a leitura do texto, o encaminhamento das vibrações e a prece de encerramento.
Feito isso, iniciamos a reunião com uma prece simples e espontânea, feita pela pessoa previamente designada.
Vamos dar aqui um modelo de prece, não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita com o coração. Mas sim, para que vocês possam ter uma idéia geral, um ponto de partida, caso seja necessário.
Quem desejar poderá colocar um fundo musical suave.
“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO...................”
Após a prece, fazemos a leitura de um trecho do livro em estudo. Usar um tom de voz normal e um ritmo calmo, para que todos possam compreender bem a mensagem.
Quem quiser, poderá fazer comentários sobre a lição aprendida, ou reforçando a idéia ou contando fatos, etc.
Terminados os comentários, poderemos iniciar as vibrações. Vibrar é doar, e todos nós temos coisas boas para doar em favor do próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento de amor. Este é o ponto culminante da reunião, onde vamos assumir o papel ativo de doadores; doadores de energia positiva.
A pessoa encarregada de dirigir as vibrações falará numa tonalidade de voz moderada e de forma espaçada, para que todos possam ter um certo tempo para vibrar a cada pedido.
É nesse clima de harmonia que envolveremos com amor, paz, saúde e equilíbrio, as pessoas que estão sendo mencionadas. Ao mesmo tempo que doamos, também recebemos de volta essa mesmo energia.
Aqui, apresentaremos algumas vibrações, que poderão ser seguidas ou não, modificadas, diminuídas ou aumentadas de acordo com a escolha da família:
• Vibremos pela fraternidade e paz para a humanidade. • Para que cada vez mais se faça o evangelho no lar. • Pela harmonia e paz em nossa família. • Por todos os trabalhadores do bem. • Pelos nossos desafetos. • Pelas crianças e velhinhos desamparados. • Pelos lares em desajuste. • Pela reabilitação dos presidiários. • Pelo amparo aos pobres. • Pelos doentes do corpo e da alma. • Pelo desenvolvimento espiritual da juventude. • Pela unificação de todas as religiões. • Pelos espíritos sofredores carentes de auxílio. • Pelos que estiveram aqui presentes, encarnados ou desencarnados. • Por nosso familiares e amigos encarnados. • Por nosso familiares e amigos já no plano espiritual. • Pelo nosso povo e governantes. • Pelos sacerdotes e médiuns Umbandistas para que todos tenham paz, luz em seus Espíritos • Por este lar. |
Após as vibrações, será feita a prece de encerramento, que deverá também ser simples e espontânea.
Por exemplo:
DERAM À REUNIÃO. E APROVEITAMOS PARA PEDIR A DEUS NOSSO PAI E AMIGO, QUE NOS ABENÇOE, ATÉ O PRÓXIMO ENCONTRO”.
5 – Orientações gerais
Poderá ser colocado uma jarra com água no ambiente a ser efetuado o evangelho. Esta água será fluidificada pelo plano espiritual, com energias equilibrantes de amor e saúde para toda a família, de acordo com as necessidades e merecimentos de cada um.
Pergunta-se o por que do evangelho ser feito em voz alta. No ensino dos próprios espíritos, a influência que eles exercem em nossa vida é muito grande. No que diz respeito à casa em que moramos, muitas vezes antes de pensarmos em fazer a mudança, já haviam espíritos residindo nela. Às vezes, já se encontravam no local, antes mesmo da casa ser construída.
Esses irmãos, longe ainda da verdade e da luz, não vêem nada além da terra e, sem idéia de que a vida é eterna, vivem nos lares com as famílias, participando de toda a vida normal e diária da casa.
Outras vezes, são espíritos inconformados, assustados diante da desencarnação, embaraçados, que se apega à família, fazendo morada no lar que ainda consideram como seu. Isso sem contarmos àqueles que atraímos através de nossas atitudes e pensamentos. Assim, as portas de nosso lar estão sempre abertas a estas visitas inesperadas.
Esses espíritos, ainda não tendo a capacidade de penetrar nos nossos pensamentos, prestam atenção nas nossas palavras e atitudes, a fim de nos avaliar.
Ao iniciarmos o evangelho no lar, devemos ter em mente que estamos iluminando também, e principalmente, estes irmãos, que por tantos motivos nos acompanham.
A prece inicial lhes chama a atenção, pois muitos, há tempos, não ouvem falar o nome de Jesus.
A leitura deixa-os curiosos e, se lermos só com a vista, não saberão do que se trata e em nada poderão ser ajudados a se modificarem.
Mesmo estando sozinhos para fazer o evangelho no lar, a leitura deverá ser feita em voz alta, para que os espíritos possam participar e receber também a benção dos ensinamentos.
A casa que faz o evangelho no lar há um mês, já tem uma luz pequenina. A casa que faz o evangelho há 10 anos tem uma luz enorme, pois que cada vez aumentam mais as energias espirituais.
6 – Quanto à participação de crianças no Evangelho
O lar é nossa primeira escola. Nele, influenciamos os outros e somos influenciados. Baseado nisso, nos perguntamos:
“As crianças poderão participar do evangelho?”
Sim, elas não só podem, como também precisam fazer parte da reunião.
Sabe-se que a fase infantil é o período mais importante para assimilação de ensinamentos. E este é o motivo fundamental para que possamos infiltrar em nossas crianças a idéia de disciplina, da fraternidade e do amor.
Daremos, aos nossos filhos, estas poderosas ferramentas, para que possa, com elas, construir a base de um caminho mais feliz nessa encarnação. É preciso, antes de tudo, entendermos que a criança deverá receber uma atenção adequada para que ela não se canse durante a reunião.
O evangelho terá que ser adaptado a ela.
A tarefa é descobrirmos como chegar aos seus coraçõezinhos através de histórias de linguagem fácil, para que, dessa forma, entendam melhor as lições de Jesus e aproveitem melhor os ensinamentos. A participação da criança deverá ser ativa, para que se sinta útil e importante nessa hora de reunião familiar.
Dar a ela a oportunidade de fazer pelo menos um item do roteiro. Ensinar a criança a orar é indispensável, porque irá aprender a conversar com Jesus e especialmente no evangelho no lar. Saberá que ele virá em sua casa, mesmo que ela não o veja, mas sinta através do bem estar que surgirá.
A criança precisa entender que tudo que ela vai aprender, nesses encontros, deverá ser aplicado no seu dia-a-dia, junto dos coleguinhas, no ambiente da escola, com os irmãos, etc.
É importante ressaltar aqui o bom exemplo de comportamento dos pais, para reforçar esse ensinamento.
Alguns livros de literatura espírita infantil, de acordo com o entendimento e a faixa etária da criança, auxiliam bem os pais nessa tarefa.
O evangelho para as crianças não deve ser arbitrário e envolto em clima de obrigatoriedade e desagrado.
Cabe aos pais, o uso do bom senso para análise de cada caso, e criatividade para que a reunião alcance seus verdadeiros objetivos.
O amor e a compreensão devem ser a base de qualquer acordo.
É nosso sincero desejo, que o objetivo desse trabalho seja alcançado.
Que cada vez mais lares possam ser beneficiados com harmonia divina e, que cada vez, mais pousadas sejam oferecidas aos mensageiros de Deus, em suas missões aqui no planeta.
Que Deus e Jesus abençoem a todos.
MEDITAÇÃO DIÁRIA DO EVANGELHO |
Fora o dia em especial da realização do “Culto do Evangelho no Lar”, deveríamos fazer um estudo diário da “Boa Nova” a fim de adquirirmos a cada dia às orientações preciosas de Jesus em nosso dia-a-dia, para que possamos saber, em nossas decisões, o que Jesus faria em nosso lugar. Se assim agirmos, com certeza nunca mais erraremos e teremos condições de nos tornarmos pessoas melhores.
O QUE JESUS FARIA?
Essa é uma pergunta muito comum na mente de alguns. Embora a grande maioria da população sequer pense em Jesus ou no Pai, a não ser nos momentos difíceis; uma parte das pessoas se pergunta o que Jesus faria em determinadas situações.
Quem assim procede, na maioria das vezes, toma a decisão correta. Pensa com propriedade e com clareza, numa solução que de outra forma passaria por nós sem que sequer percebêssemos. E os que não pensam assim, estarão encrencados?
Não. Pois Jesus e nosso Pai são figuras que desejam apenas a nossa felicidade. Sabem que o ser humano é fraco e passível de influências malignas e emoções ruins; como a inveja, o ódio, o ciúme, etc. Por isso mesmo, eles sempre nos dão a oportunidade de, um dia, pararmos e pensarmos no que Jesus faria.
Muito mais do que imaginar, Jesus nos dá o exemplo vivo do que ele fez. Basta ler o Evangelho para ser apresentado a alguém que não profetizava o “fogo do inferno” a torto e a direito. Mas sim, alguém de propagava o amor e o entendimento. Por isso mesmo, ao pensar no que Jesus faria, pense sempre que ele faria algo com amor; com respeito e sempre pensando no melhor para o próximo.
Afinal, não foi ele que disse: “Vim para o pecador, não para o justo”.
Essa frase resume sua doutrina como nenhuma outra. Amor, respeito, fé. Essas são as bases da doutrina cristã e de ser um bom cristão. Sem isso, você é apenas como a terra seca e improdutiva. Procure fazer uma reflexão sobre sua vida e sobre as coisas que faz. Lembre-se que nós não somos perfeitos e que Jesus quer apenas que tentemos dominar o mal que teima em nos influenciar. O inimigo é poderoso e insidioso. E nós podemos, com a ajuda de Deus e de Cristo, derrotá-lo.
Sempre que um mau pensamento passar por sua mente, ou uma sensação ruim tentar se apossar de você pense sempre: O que Jesus faria?
(Irmão Dias)
Decisões morais e éticas
Jesus chamou as pessoas para segui-lo. Os verdadeiros discípulos andam nos passos do Senhor (Marcos 8:34). Ele nos deixou um exemplo perfeito para ser imitado (1 Pedro 2:21b-22). Ele enfrentou as mesmas tentações que nós encaramos hoje, mas nunca caiu no pecado (Hebreus 4:15).
O exemplo de Jesus se torna imprescindível na nossa luta diária com as tentações e provações. Para vencer os desafios morais e éticos, precisamos buscar a resposta certa à pergunta: O que Jesus faria na minha situação?
Como podemos saber o que Jesus faria?
Não adianta fazer o que eu imagino que Jesus teria feito, e muito menos fazer o que eu quero e depois tentar convencer a mim mesmo que ele faria o mesmo! Eu preciso saber como ele agiria se enfrentasse as mesmas opções que estão diante de mim. De três maneiras, aprendemos nas Escrituras o que Jesus faria:
• O que Jesus fez – pelo exemplo que ele deixou. Quando Jesus ensinou uma lição sobre humildade e serviço, ele disse aos apóstolos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15). Jesus deixou um exemplo de obediência perfeita ao seu Pai, submetendo sua própria vontade à vontade do Pai (Mateus 26:39,42). Mostrando-nos seu exemplo de obediência, ele quer a nossa submissão à vontade divina (Hebreus 5:8-9). • O que Jesus falou – pelas suas palavras. Quando se trata de homens, sabemos que as palavras e os atos podem se contradizer. Alguém pode ensinar uma coisa e praticar outra. Jesus condenou tal hipocrisia dos líderes religiosos de sua época (Mateus 23:27-31). Infelizmente, o mesmo problema persiste até hoje. Mas quando Jesus fala, podemos confiar totalmente na integridade de seu caráter. As palavras dele concordam plenamente com os seus atos (Hebreus 1:12; 13:8; Tiago 1:17). Quando Jesus ensina como agir, podemos ter certeza que ele faria da mesma maneira que ensina aos outros. • O que ele mandou outros falarem – pelas palavras que ele transmitiu. Antes de voltar para os páramos da luz, Jesus deixou homens encarregados da responsabilidade de continuar seu ensinamento. Hebreus 2:3-4 mostra que as palavras transmitidas por estas testemunhas fazem parte do Evangelho revelado pelo Senhor. Jesus foi claro em mandar que eles revelassem suas instruções aos homens (Mateus 28:20; Atos 26:16,19). Todos os livros do Evangelho fazem parte da bússola que nos orienta nas nossas decisões. |
Como escolher o caminho certo – três perguntas fundamentais:
As três maneiras de saber o que Jesus faria sugerem três perguntas fundamentais para acharmos o caminho certo:
• O que Jesus fez em circunstâncias semelhantes? Jesus já passou por experiências semelhantes às nossas, e o procedimento dele serve para nos guiar. Se você for maltratado, olhe para o exemplo de Jesus (1 Pedro 2:23). • O que Jesus falou sobre o assunto? Jesus nunca se casou, mas falou da permanência do casamento (Lucas 16:18). Ele nunca pecou, mas mostrou a importância de pedir perdão (Mateus 6:12). • O que Jesus mandou outros falarem sobre a questão? Os apóstolos entenderam bem a importância de se limitarem à vontade de Deus em tudo que falaram (1 Pedro 4:11). Eles escreveram para orientar os fiéis em seu proceder (1 Timóteo 3:14-15). Eles esperavam que os discípulos se lembrassem do ensinamento, mesmo depois da morte daquela geração (2 Pedro 1:12-15). |
O que Jesus faria – algumas aplicações práticas
Uma vez que entendemos estes princípios, devemos aplicá-los nas nossas decisões cotidianas. O que Jesus faria num mundo de confusão religiosa. É uma aplicação importante. Mesmo entre pessoas que se preocupam em voltar ao padrão evangélico nas práticas e ensinamentos religiosos, é necessário fazer outras aplicações – especialmente na conduta pessoal – destes mesmos princípios. O que Jesus faria diante das escolhas que enfrentamos no dia-a-dia? Como ele resolveria decisões de prioridades? Qual seria a resposta dele aos desafios morais e éticos? Vamos sugerir algumas aplicações para ilustrar o valor desta abordagem. Você, certamente, pensará em muitas outras.
O que Jesus faria...
• Se alguém pedisse para colocar seu emprego acima do seu serviço espiritual? Muitos cristãos usam o trabalho como justificativa automática para não cumprir suas responsabilidades espirituais. Será que Jesus teria as mesmas prioridades? Ele nos adverte sobre o perigo de buscar só riquezas (Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:9-10). E quando se trata de necessidades do dia-a-dia, e não de riquezas, ele ainda prioriza o serviço espiritual (Mateus 6:25,33)... • Se tivesse namorada? Mesmo não achando no Evangelho nenhum exemplo de namoro ou casamento na vida de Jesus, não temos dúvida que o comportamento dele num namoro teria sido exemplar. Se ele tivesse uma namorada que quisesse passar dos limites no contato físico, o que Jesus faria? Se ela quisesse usar uma roupa sensual, o que Jesus lhe orientaria? Se ela incentivasse a participação em atividades impuras, como Jesus reagiria? Não há dúvida de que Jesus manteria sua pureza, mesmo se tivesse que terminar o namoro. Considere o que ele nos instrui em 1 Pedro 1:14-16; Gálatas 5:19; 2 Coríntios 7:1 e Mateus 5:28-30. |
“... a questão do repúdio da esposa (jamais o inverso se podia dar!) permitido por lei (Deut. 24:1), mesmo que o motivo fosse unicamente "não achar graça em seus olhos ou encontrar nela alguma coisa que fosse feia”...
Jesus continua a autorizar o repúdio da mulher (ou divórcio) e o repete em Mat. 19:9-10, mas restringe essa atitude ao único caso em que a esposa tenha tido relações sexuais com outro homem (infidelidade).
Nesse caso, o libelo de repúdio a deixaria livre, podendo unir-se ao outro.
Entretanto, se o repúdio não for por causa de infidelidade da esposa, então o marido, pondo-a para fora de casa, a empurraria para o adultério; e quem a acolhesse também cometeria adultério porque, de fato, ela não estaria divorciada, isto é, os vínculos matrimoniais não estariam dissolvidos. Assim também o entende a igreja grega ortodoxa, que afirma: a infidelidade conjugal, por parte da esposa, dissolve os vínculos matrimoniais.
Lucas não cita a exceção: reproduz apenas a regra geral, que proíbe o repúdio.
Nada se fala, entretanto, do caso de uma separação espontânea e voluntária dos dois cônjuges, quando agissem de comum acordo. A prescrição é clara e taxativa: que o homem não cometa a injustiça de repudiar a esposa, depois que viveu com ela; dando quase a entender tratar-se do caso em que ela não quer, e ele a põe pela porta afora. A própria exceção apontada como lícita (quando ela mesma, a esposa, prefere sair de casa para unir-se a outro homem) parece confirmar que, quando o afastamento é voluntário de ambos os lados, nada existe que os impeça de reconquistar a liberdade.
• Se os amigos incentivassem a participação das coisas erradas do mundo? Jesus tinha bastante contato com pessoas do mundo, mas sempre como a luz que convidava as outras pessoas a saírem das trevas. O cristão pode manter amizades com pessoas do mundo, desde que ele exerça a influência positiva, e não deixe os outros os levarem para o pecado (Mateus 5:14-16). Os discípulos do Senhor não saem do mundo, mas ficam livres do pecado do mundo (João 17:14-17). Os amigos podem estranhar, mas precisamos recusar participar das coisas erradas que fazem (1 Pedro 4:3-4). • Se vivesse no meio de pessoas perdidas no pecado? Jesus, como todos nós, viveu numa sociedade cheia de pessoas perdidas. Ele se compadecia delas e ensinava-lhes a palavra de Deus, que é o meio que Deus oferece para a salvação (Marcos 6:34; cf. Romanos 1:16). Ele olhou para as pessoas que o rejeitaram e queria resgatar e proteger todas (Mateus 23:37). E nós? Se já aprendemos alguma coisa da palavra salvadora do Evangelho, não temos a obrigação de compartilhar esta mensagem com as pessoas perdidas ao nosso redor? Nós devemos imitar o exemplo de Jesus com a mesma urgência que Paulo sentiu quando disse: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o Evangelho também a vós outros” (Romanos 1:14-15). |
O que Jesus faria? A resposta certa bem aplicada pode mudar o rumo de sua vida – para seguir os passos do Senhor até a vida eterna!
(Dennis Allan, acrescido e adaptado pelo autor)
Ai está. Para sabermos o que Jesus faria em nosso lugar, temos que, diariamente, ler um trecho do Evangelho, meditar sobre o que leu, fazer um compromisso de vida com você mesmo e seguir o orientado. Jamais poderemos saber o que Jesus faria se não estudarmos o seu legado. Isso é ser cristão. Muitos acharão difícil pelo fato de terem que modificar radicalmente seus atos, seus trejeitos, ou seja, sua vida. Por isso, invariavelmente ouvimos: “É muito difícil ser cristão. Isso é coisa de fanático. Eu creio em Deus do meu jeito e isso basta”. Meus irmãos. Cuidado com os desculpismos. Bom, ai está. A decisão é sua. Jesus lhe espera.
ROTEIRO DE MEDITAÇÃO DIÁRIA DO EVANGELHO
1°) Primeiro, marcamos uma hora diária que nos seja adequada. Deve-se assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento, todos os dias, para o encontro com o Evangelho.
Na hora, se preferir, desligue o telefone e a campainha para que não haja interrupções por fatores internos durante o tempo que durar a meditação (geralmente, fazemo-la em 15 minutos). Feito isso, iniciamos com uma prece simples e espontânea. Vamos dar aqui um modelo de prece, não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita com o coração. Mas sim, para que possam ter uma idéia geral, um ponto de partida, caso seja necessário. Quem desejar poderá colocar um fundo musical suave.
Iniciar louvando a Deus, orando, e invocando as Santas Almas Benditas (os Espíritos Santos de Deus)
“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO...................”
5°) Digerir cada palavra que leu, ligando-a à sua vida
6°) Momento de silencio interior, meditando sobre o que leu
8°) Orar agradecendo a Deus e as Santas Almas Benditas, pedindo forças para realizar o compromisso assumido
Após todo o roteiro, será feita a oração de encerramento, que deverá também ser simples e espontânea. Não nos esqueçamos nunca, de agradecer a Deus por tudo em nossas vidas. Por exemplo:
DERAM À MINHA MEDITAÇÃO. APROVEITO PARA PEDIR A DEUS MEU PAI E AMIGO, QUE ME ABENÇOE; ATÉ AMANHÔ
Viu como é fácil? Vamos então criar o hábito da meditação diária do Evangelho.
PARA INTERPRETAR COM SEGURANÇA UM TRECHO DO EVANGELHO, É MISTER:
1. Isenção de preconceitos. 2. Mente livre, não subordinada a dogmas. 3. Inteligência humilde, para entender o que realmente está escrito, e não querer impor ao escrito o que se tem em mente. 4. Raciocínio perquiridor e sagaz. 5. Cultura ampla e polimorfa, mas, sobretudo: 6. Coração desprendido (puro) e unido a Deus |
(Carlos Torres Pastorino)
Para facilitar na meditação do Evangelho, poderão usar os livros disponíveis no nosso ícone: “A Importância da Evangelização na Umbanda”.
Vale a pena também meditar sobre os textos evangélicos escritos pelo nosso irmão Chico Xavier. Todos os livros psicografados pelo Chico são altamente recomendados, pois seguem fielmente a doutrina cristã.
Fonte e agradecimentos: http://www.umbanda.com.br
Um comentário:
Irmão, dei uma lida, acontece que pela minha crença, tenho as referências bíblicas: Jesus não veio para revogar o antigo testamento, Ele veio para cumprilo (Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus 5:17). Jesus apenas retirou o pecado do mundo, uma vez que o pecado gera a morte (Rm 3:23 e Rm 6:23), assim antigamente o homem pecava, e impondo a mão sobre o animal, transferia o pecado para o animal que deveria morrer (Levítico 3:13). Assim Jesus acabou com o holocausto, pois Ele foi o sacrifício EFICIENTE (Hebreus 10:10). Assim por isso Jesus veio, para cumprir tudo o que foi dito acerca dele na Lei (primeiros cinco livros da bíblia). E detalhe, Jesus disse em Mateus 5:18 que: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido". A Lei veio para dar conhecimento de que o homem é pecador, e Jesus veio para libertar o homem do pecado, e restaurar o homem a sua essência.
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Terei prazer em poder ajudar em algo.
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