Vamos a opinião abalizada de um estudioso  dos problemas da alma, da vida material e espiritual, o Dr Aníbal Vaz de Melo,  na magnífica página intitulada “O Caminho”, de seu livro “O Evangelho à Luz da  Astrologia”, a fim de aplicarmos esse precioso esclarecimento, em nossas vidas,  mormente como umbandistas:
 que foi notavelmente enriquecida de significados. Para os  gregos mais antigos ela indicava a “gorjeta” que era dada a quem trazia uma boa  notícia. Mais tarde passou a significar uma “boa-nova”, segundo a exata  etimologia do termo.
  “Ide e pregai o Evangelho  por todo o mundo, para o testemunho de todas as  Nações”
   | A IMPORTÂNCIA DA EVANGELIZAÇÃO NA  UMBANDA
 
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       “Onde dois ou três  estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio  deles”
  
 A Palavra Evangelho vem do grego:  “Euaggélion”, que se traduz por Boa Notícia. Na tradução do vocábulo  hebraico Besorah, significa uma noticia de grande alegria. Evangelizar, que  corresponde ao verbo bissar, tem na tradução portuguesa a correspondência  alvíssara, derivado do árabe. A palavra Evangelho aparece cerca de 68 vezes no  Novo Testamento.
“Se algo existe pelo qual possa o homem viver e  trabalhar lutar e sofrer satisfeito e feliz, então é o Evangelho da redenção e  do amor, que o divino Mestre espargiu pelas terras da Palestina e mandou levar  até os confins do universo, sob a vigilância da competente autoridade”. Huberto  Rohden
IDE E PREGAI O  EVANGELHO A TODA CRIATURA
E disse-lhes: “Ide por todo  o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marc. 16:15).
Foi  depois da ressurreição, quando Jesus apareceu aos onze e lhes falou pela ultima  vez.
Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura: É uma  lição e uma ordem que deveria ser repetida milhões de vezes.
Merece uma  analise a ultima instrução do Mestre. Uma analise ampla, de maneira que se  estabeleçam paralelos com a ação das religiões e, principalmente, daquela que se  julga mandatária...
O Mestre, ditando as Leis para a felicidade do seu  povo, do seu rebanho, o fez em nome do Pai, do Criador, de Deus. Vemos que ele  não orientou o seu Colegiado a organizar-se em comunidades onde se prestasse  culto à idolatria, a rituais, a vestimentas especiais, ou de púrpura e que  houvesse um sistema de celibato que serviu para degradar o homem e levá-lo ao  pecado; não orientou confissões, nem batismos com água. Não ordenou sacerdotes  especiais, nem orientou profissionais para pregar o seu Evangelho. 
 Olhando os séculos percorridos, deparamos,  decepcionados, com o desvirtuamento do: “Ide por todo o mundo e pregai o  Evangelho a toda a criatura”.
Mas o Evangelho é a semente da nossa  redenção. Por isso, se até ontem não nos detivemos para cuidar dessa semente,  façamo-lo a partir de hoje; nunca é tarde! Jesus nos espera de braços  abertos!
Nas considerações que nos ocorrem, encontramos o Mestre a dirigir-se  ao povo, expressando-se de maneira clara, quando afirma em Mateus 24:14 e Marcos  13:10:
 “E será  pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as  nações”.
 
Jesus diz “este Evangelho” e que  não se refere, nunca se referiu, a que fossem pregar O Velho Testamento!... Por  que?
Somente os interesses judaicos, católicos e os protestantes poderão  responder. Mas que é uma desobediência, não tenham a menor duvida. Por certo,  haverá quem seja castigado por tal desobediência. Fariseus, hipócritas,  sauduceus e fanáticos fundaram as Sociedades Bíblicas para ofuscar o Evangelho  de Jesus e complicar a vida da humanidade toda.
O Velho Testamento  existia, serviu para uma época. Vem o DONO da Terra e anuncia O NOVO TESTAMENTO,  para substituir o Velho. É que o Velho já havia cumprido sua missão, sua  finalidade. Mas, os falsários do tempo de Jesus, reencarnando por vários paises,  resolveram guerrear a Obra do Mestre e retardar o progresso do rebanho, que se  debate entre a treva e a luz. Porém, mais treva do que luz, por isso vão caindo  no fosso.
Paulo, apóstolo, prega o Evangelho e deixa patente sua  obrigação na primeira carta aos Corintios, 19:16:
 “Se anuncio o  Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação;  porque ai de mim se não pregar o Evangelho”.
 
Seria cansativo se fossemos apontar as  passagens do Evangelho em que Jesus, Mestre e Senhor, afirma e reafirma a Sua  Doutrina, sem Moisés e sem o Velho Testamento.
E nós repetimos sempre com  o mesmo entusiasmo e com o mesmo vigor: “Ide por todo o mundo e pregai o  Evangelho a toda a criatura”.
NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento  veio substituir o velho. O Velho Testamento e o Novo Testamento formam a Bíblia.  No Evangelho segundo João, capítulo 1º, versículo 17, temos referencias quanto à  Lei do Velho Testamento, com Moisés e ao Novo, com Jesus: - “Porque a lei  foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus  Cristo”.
No Evangelho segundo Lucas, cap. 16, vers. 16, Jesus define  ambos os Testamentos e qual devem vigorar, afirmando: - “A lei e os profetas  vigoraram até João desde tempo vem o Evangelho do Reino de Deus sendo anunciado  e todo homem se esforça por entrar nele”. – O Velho Testamento, pois, está  condenado; poderá nos servir, apenas, como livro histórico, para consulta,  somente e que deveria figurar, exclusivamente, nas bibliotecas públicas, ou nos  museus.
O Novo Testamento, tal como palavra o esclarece: Novo! Que veio  substituir o Velho! O Ano Velho sai, entra o Novo! O velho é arquivado. É posto  de lado para consulta, nada mais. O Novo é que é o portador das Boas Novas! No  Evangelho segundo Lucas, cap. 24, vers. 14, temos outra afirmativa do mestre:  “E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a  todas as nações”. 
O Novo Testamento é o livro doutrinário, básico,  a ele se juntam os livros da Terceira Revelação, mas nunca o Velho Testamento! O  grande livro doutrinário, pois, se compõe de: O Evangelho apresentado pelos  quatro evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, cada qual apresentando a  narrativa pessoal do que viram e ouviram e que nos dão um sentido geral da  Doutrina de Jesus e sua vivência entre nós, têm, no Sermão do Monte, caps 5, 6 e  7 de Mateus toda a Alma doutrinária do livro do Mestre. Vem depois a Vida e Atos  dos apóstolos, a seguir as epistolas (cartas) doutrinarias, de instruções  enviadas a vários povos e por fim o Apocalipse, o livro profético e simbólico de  João Evangelista.
(Jota Alves de Oliveira)
A UMBANDA E O EVANGELHO
Os  ensinamentos de Jesus, assim como a Umbanda, são simples e destituídos de  fórmulas e símbolos complicados. Ademais, Jesus não exigia dos homens que se  tornassem santos ou heróis, sob a influencia de seus ensinamentos.
Ele  ensinava a realidade dos céus no meio da vida comum, nas ruas, vielas, campos,  lares, sob as árvores, ou a beira de praias. Jesus teve sua convivência por  escolha entre o povo aflito e sofredor, sedentos por amor e um pouco de carinho  em vez de estar entre eruditos, políticos, ou entre as complicações religiosas  do mundo. Seus ensinamentos eram simples, compreendidos por todos, e eram  gravados com letras de fogo no coração de cada um. Ensinamentos compreendidos e  aceitos pela simplicidade das verdades inesquecíveis como:
 “Ama a teu  próximo como a ti mesmo”
“Faze aos  outros o que queres que te façam”
“Quem se  humilha será exaltado”
“Cada um  colhe conforme suas obras”
 
Jamais, outra regra de reforma íntima tão  singela e espiritual poderia permear a Umbanda, cuja doutrina é tão simples,  desprovida de pompas, lógica e libertadora.
Nenhum outro Mestre que viveu  entre nós conseguiu em poucas palavras e em tão pouco tempo expor um código de  moral tão elevado (Evangelho) aos humanos.
A Umbanda não pretende  isolar-se na interpretação pessoal do Evangelho tão bem esposado e explicado  pelo Espiritismo, Alias, não devemos nos esquecer que as explicações contidas no  “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, foram dadas por espíritos iluminados;  portanto ser espírita é seguir os ensinamentos dos espíritos, o que nós  Umbandistas também fazemos.
Só não adotamos o termo “Espírita” para  designar nosso movimento religioso, pois os Kardecistas já o fizeram. Somos  Umbandistas, mas aceitamos de coração nossos irmãos Espíritas. Adotar a  literatura Espírita não quer dizer praticar espiritismo, mas sim nos educarmos  nas mensagens edificadoras dos nossos irmãos espirituais que ali militam.
Adotando o “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” em nossos Templos,  estaremos contribuindo para a libertação das pessoas, e contribuindo para a  única maneira de nos espiritualizarmos, que é a “educação”.
Nós  Umbandistas, devemos ter como objetivo a redenção dos espíritos através de uma  conscientização contínua das verdades eternas contidas no evangelho de Jesus,  sem aguardar o milagre da santidade instantânea. O Umbandista deve interessar-se  profundamente pelo seu aperfeiçoamento e não eleger e confiar somente nos  ensinamentos dos mestres e doutrinadores. Não basta querer ter sua vida  resolvida, crer numa vida espiritual eterna se ainda não se converteu às  verdades e aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Evangelizar não  se trata apenas de um conjunto de preceitos pregados a outras pessoas, mas sim  interiorizados e vividos no íntimo de nossa alma, assim como fez Jesus, pois ele  pregava, mas praticava todos os seus ensinamentos. Jesus não estabeleceu nenhum  culto, nem pregou nenhum tipo de poder a multidão; não criou castas e nem  outorgas sacerdotais; não pregou aprisionamentos de espíritos; não ensinou a  retornar nenhum mal que nos fizessem, e muito menos, não nos deu fórmulas  mágicas para que pudéssemos nos beneficiar egoisticamente, promovendo  facilidades materiais ou espirituais.
Ele nos pregou o amor, o perdão, a  redenção pela fé, e foi muito claro quando nos disse:
 “Quem quiser  salvar-se, pegue de sua cruz e siga-me”
 
Jesus deu um toque sutil em todas as  situações humanas e espirituais, operando o verdadeiro milagre da nossa reforma  intima, transformando angustias, fracassos e desesperos em bênçãos para o  caminho do céu. Ao invés de menosprezar a vida nos ensinou que ela é um  instrumento necessário para o aperfeiçoamento da alma. Transformou dores em  bênçãos, choros, sofrimentos e aflições em bem-aventuranças  eternas.
Nenhum suspiro, dor, ou lágrima serão perdidos ante o Divino  Criador. Existe uma simbiose; uma sintonia moral entre a Umbanda e o Evangelho.  Ambos requerem a redenção humana. Ambos valorizam a vida humana, nos ensinando  que devemos viver tudo o que Deus nos proporcionou com disciplina, e não ver a  vida simplesmente como condição expiatória ou apenas sofredora.
A Umbanda,  portanto, é o caminho a ser trilhado pela humanidade, e o Evangelho é a luz que  ilumina o caminho, facilitando a nossa vida. Nós, Umbandistas, não devemos  aguardar a aproximação do Evangelho, mas sim buscá-lo e vivenciá-lo em toda sua  plenitude, como norma a ser seguida, a fim de nos desvencilharmos das ilusões e  sofrimentos humanos, encontrando um caminho curto e seguro que nos levara a  Deus.
O Evangelho é fonte criadora de homens incomuns em caráter amor e  igualdade. Não é egoísta, mas sim altruísta; não se exalta, mas cria humildes.  Deixa o ser humano terno e não cruel. Pacífico e não armado. O Evangelho será a  pátria dos homens santos. Os gigantes de espiritualidade, vencedores de suas  mazelas e paixões.
Todos os problemas do mundo serão solucionados pela  leitura e prática do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, o porto mais seguro  da espiritualidade superior.
Nós Umbandistas, devemos usar dos recursos  materiais que Deus nos proporcionou, que chamamos de “arsenal” de Umbanda, com  disciplina, bom senso e espírito crítico, sempre que necessário ajudar a  qualquer irmão, mas desde que esse, naquele momento, não se encontra em  condições de ser doutrinado ou transformado. Após o equilíbrio do mesmo devemos  proceder a sua evangelização, para que o nosso irmão continue seu caminhado no  plano terreno com equilíbrio e não venha cair nas malhas das vissitudes internas  e nem dos nossos irmãos das trevas.
Em nossas palestras elucidativas e  evangelizadoras devemos nos abster de excessos de melodramas, exposição de  conceitos e parábolas através de suspiros, palavras trêmulas e expressões  compungidas. Devemos ter uma oratória simples, objetiva, sincera, assim como  Jesus fazia, falando com o coração e não preocupado se as pessoas estão te  admirando pela rica eloqüência.
Então meus irmãos, mãos a obra, na  edificação evangélica do nosso espírito imortal, pois só assim estaremos  contribuindo para o nosso aprimoramento e elevação espiritual.
Lembrem-se  do iniciador da Umbanda, em 1.908,  o Sr Caboclo das Sete Encruzilhadas, quando  nos exortou:
 “Que o  desenvolvimento do médium fosse com base na Evangelização  contumaz”
“De quem sabe aprenderemos e os que nada sabem  ensinaremos”
 
O  CULTO CRISTÃO NO LAR
Povoara-se o firmamento de estrelas,  dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em  casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo  à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com  bondade:
— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com  os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu,  hesitante:
— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém  compra os resíduos da pesca.
Jesus sorriu e perguntou, de novo:
—  E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?
— Certamente,  Senhor — redargüiu o pescador, intrigado —, modela o barro, imprimindo- lhe a  forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante,  insistiu:
— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que  pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
—  Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro  modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns  instantes, e aduziu:
— Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço  doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a  legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona  a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira  aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o  lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se  não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia  das nações?
Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado  à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece  distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno  intervalo e continuou:
— Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos  procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar  de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não  instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no  pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos  a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a  fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a  multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos  animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como  não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
—  Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do  apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da  sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.
(Jesus no  Lar – Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Neio Lúcio)
“Sempre que se  ora num Lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração  constitui emissão electromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto  familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também  processo avançado de defesa exterior, pela claridade espiritual que acende à  volta. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O Lar que cultiva a  prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?” (Os Mensageiros, Cap. 37 –  FEB- l944)
JESUS NO  LAR
O Culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o  homem.
O homem aperfeiçoado ilumina a família.
A família iluminada  melhora a comunidade.
A comunidade melhorada eleva a Nação.
O  homem evangelizado adquire compreensão e amor.
A família iluminada  conquista entendimento e harmonia.
A comunidade melhorada produz trabalho  e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no  bem.
Espiritismo sem evangelho é fenómeno ou raciocínio.
O  Fenómeno deslumbra, o raciocínio indaga.
Descobrir novos campos de luta e  pensar em torno deles não expressa tudo.
Imprescindível conhecer o  próprio destino.
Não basta, pois, a certeza de que a vida continua  infinita, além da morte.
É necessário clarear o caminho.
Do  Evangelho no Lar depende o aprimoramento do homem.
Do homem edificado em  Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.
(de Emmanuel –  psicografado por Chico Xavier)
    | O SEMIROMBA  SÃO FRANCISCO DE ASSIS – O SEMEADOR DO EVANGELHO NA  UMBANDA | 
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São Francisco de Assis é o Venerando das  Irmandades Espirituais dos Semirombas e dos Sakaangás, e o principal  articulador, defensor e estimulador da prática de rezas, orações, e  principalmente do Evangelho Redentor na Umbanda.
É de suma importância  que nós umbandistas compreendamos a sagrada presença de Pai Francisco, seus  ensinamentos em nossas vidas e na Umbanda, para que possamos realmente entender  de uma vez por todas, que somos religiosos e praticamos uma religião Cristã,  calcada no Evangelho Redentor, e com a máxima urgência, devemos absorver tudo  isso e praticarmos em nossas vidas particulares e na prática mediúnica. São  Francisco de Assis, carinhosamente chamado por nós umbandistas de Pai Francisco,  vem nos valer nesse momento crucial de grande necessidade, nos incitar  decisivamente sobre a importância do Culto do Evangelho em nossos lares e em  nossas vidas, bem como a necessidade da Reforma Íntima para que possamos nos  desvencilhar de nossas imperfeições mudando-nos e praticando a caridade de forma  desmedida. Pai Francisco vem, com toda uma imensa corrente de trabalho  espiritual, se manifestar na Umbanda e na vida de cada um, inicialmente através  da prática do Ritual do Rosário das Santas Almas Benditas, e posteriormente na  elevação de cada mente, onde nos conscientizaremos que é necessária uma mudança  radical em nossas vidas, tornando-nos verdadeiramente cristãos.
Pai  Francisco nos pede: “Inclinai o ouvido de vosso coração e obedecei à voz do  Filho de Deus. Observai seus mandamentos com todo o vosso coração e segui os  seus conselhos com toda a vossa alma” (COrd 6-7).
   | A PRÁTICA DO EVANGELHO NO LAR UMBANDISTA 
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 1 – Objetivo deste  trabalho
Este trabalho tem por finalidade dois pontos  principais.
1º - ensinar e esclarecer dúvidas a respeito da prática do  evangelho no lar, mostrando a importância deste hábito para alcançarmos  equilíbrio e bem estar em nossa casa, junto de nossos familiares.
2º - em  segundo lugar, o objetivo é atender ao pedido do plano espiritual que necessita  de novas pousadas de sustentação aqui na Terra, para renovar energias quando  estão em missão de socorro.
É sabido que o lar, nos momentos do  evangelho, torna-se fonte de luz, de onde os mentores espirituais buscarão os  recursos para ajuda aos irmãos necessitados.
“A PAZ DO MUNDO  COMEÇA ENTRE QUATRO PAREDES. SOB AS TELHAS A QUE NOS  ACOLHEMOS”.
Segundo Jesus, o berço doméstico é a primeira escola  e o primeiro Templo da alma. Baseado nestas palavras, Jesus certa noite em casa  de Simão Pedro, pede a ele que inicie, a partir dali, a prática do evangelho no  lar.
São palavras de Jesus: “Onde estiverem duas ou mais criaturas  reunidas em meu nome, eu entre elas estarei”,
Os apóstolos de Jesus,  continuando sua orientação do culto cristão no lar, se reuniram no subsolo das  casas, nas catacumbas, enfim, sempre em lugares escondidos, para que não fossem  descobertos praticando os ensinamentos do Mestre, que na época tinham sido  proibidos.
Sofrendo tantas perseguições, tiveram que se dividir e sair a  pregar a boa nova em cidades diferentes, levando assim o evangelho de Jesus  também para outros lugares.
2 – O  que é o Evangelho
Segundo André Luíz, o evangelho ou boa  nova é o código de princípios morais do universo, adaptável a todas as pátrias,  a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas; ou seja, são os  ensinamentos, as leis e a filosofia de vida que Jesus nos mostrou para que  encontrássemos a felicidade de dentro de nós e junto das pessoas que nos cercam.  É a lei da evolução no caminho até o Pai Criador.
 3 – A prática do  Evangelho
A prática do evangelho no lar vem nos dar  proteção e, acima de tudo, higienizar o ambiente de nossa casa, envolvendo a  todos com fluidos energéticos restauradores e equilibrantes, que darão forças  para trabalharmos nossa reforma íntima.
Fato interessante é aquele que  André Luíz conta em seu livro, “OS MENSAGEIROS”. Fala de sua experiência quando  em visita ao lar aqui na terra no momento em que uma família se prepara para  fazer o evangelho.
Diz ele que tinha vindo visitar a terra para estágio  de aprendizado, junto com outros colegas desencarnados; que tiveram que passar  por ondas densas de vibrações pesadas na crosta. E após horas de excursão  cansativa, estavam exaustos. O instrutor então os convida a se reencontrarem em  um refúgio ali na crosta terrestre.
Foram até o lar humilde, que se  achava lindamente iluminado por clarões de energia espiritual; ao se  aproximarem, um senhor lhes abriu a porta.
André Luíz ficou sabendo mais  tarde, que esse senhor era o espírito protetor da família que morava ali, pois  toda a família que se reúne para a prática do evangelho no lar possui um anjo  guardião, que protege e sustenta espiritualmente o ambiente na hora da reunião,  e fora dela também.
Muitas vezes é um ente querido que já alcançou  evolução suficiente para arcar com essa responsabilidade. No caso mencionado, o  anjo guardião era Isidoro, o falecido marido da dona Isabel, dona da  casa.
André Luiz, entretanto, ficou surpreso quando reparou que naquele  lar os espíritos não transpunham a matéria, mas era preciso esperar que a porta  fosse aberta para que pudessem entrar. Curioso, recebeu a seguinte explicação de  seu instrutor:
“Toda casa que pratica o evangelho no lar, cria  verdadeiras paredes espirituais, que através da vibração positiva, isola o lar  da atmosfera pesada e negativa da crosta, permitindo somente entrar nesse  ambiente, espíritos autorizados, e mesmo assim, se o anjo guardião da casa lhes  abrir a porta”.
André Luiz entendeu então que a criatura que ora,  traz consigo imbatível couraça de proteção; e que seu lar, transformasse em  fortaleza contra as entidades das sombras, que experimentando choques violentos,  batem em retirada.
O lar torna-se então pousada tranqüila e fonte  renovadora de energia para àqueles espíritos trabalhadores que estão aqui em  missão. Como foi o caso de André Luíz e seu grupo, que encontraram abrigo e  forças novas naquele lar humilde.
Além dessa proteção, não devemos  esquecer que esses momentos de convívio familiar funcionam como verdadeira  terapia de vidas passadas, onde podemos receber auxílio que nos facilitem os  problemas de relacionamento diante do ente querido, a quem temos dívidas a  resgatar.
Emmanuel nos diz algo sobre isso:
“Nós, espíritos fora  do corpo material, com a visão mais ampliada, sentindo o peso da  responsabilidade e a necessidade de evolução, concordamos em acertar os erros do  passado. Baseado em nossa ficha, e contando com a ajuda dos mentores e amigos  que nos orientam os destinos, podemos realizar um programa de trabalho,  convidando aqueles que devemos algo do passado, para uma nova programação  familiar. Assim, podemos pagar nossas dívidas através dos caminhos da  reencarnação; e o ponto de encontro, é o nosso lar.
Muitas vezes, por  ignorarmos as dívidas de vidas passadas, criamos um ambiente hostil e negativo  em nossa volta, tornando doente o ambiente de nossa casa. Afetamos  psicologicamente as crianças, e da formação desse clima pesado, surgem  conseqüências infelizes, de onde nem sempre conseguimos sair. Assim o lar que  deveria ser um oásis de paz, em abrigo para o repouso do dia a dia, acaba se  tornando um lugar tenso, e indesejável de se estar.
Com tantas cargas  negativas, ele se invade de doenças sem diagnósticos, ou mesmo problemas que  ninguém encontra motivo aparente. Quando surge o desequilíbrio, a família  precisa de ajuda. E é nessa hora que através da prática do evangelho no lar,  recebemos os medicamentos e o amparo do plano espiritual para a volta da  harmonia e do equilíbrio necessários à família”.
Disse Jesus, certa  vez: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”.
E essa mensagem deve ser  muito bem entendida, pois para recebermos todos estes cuidados espirituais, é  preciso merecimento de nossa parte; que a gente se proponha firmemente a se  mudar, a fazer uma verdadeira reforma íntima.
Começar esta reforma  íntima por nós, acabará por reformar todos aqueles que estão a nossa volta.  Eles, por sua vez, acabarão por influenciar mais pessoas e assim, nesse leque de  amor e fraternidade aberto por nós, estaremos contribuindo para que o nosso  planeta possa escalar outro degrau no seu processo evolutivo, onde o bem seja o  único vencedor.
4 – Como fazer o  Evangelho
Primeiro, marcamos um dia e uma hora que sejam  adequadas para todos os membros da família.
Todos devem concordar e  assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento,  uma vez por semana, para o encontro do evangelho.
Na hora, se preferir,  desligue o telefone e a campainha para que não haja interrupções por fatores  internos durante os quinze a vinte minutos que durar a reunião.
Se houver  necessidade de se atender a porta ou telefone, educadamente devemos explicar o  motivo da reunião, e convidar as visitas a participarem passivamente, apenas  escutando os ensinamentos.
É conveniente já estipular quem irá fazer a  prece de abertura, a leitura do texto, o encaminhamento das vibrações e a prece  de encerramento.
Feito isso, iniciamos a reunião com uma prece simples e  espontânea, feita pela pessoa previamente designada.
Vamos dar aqui um  modelo de prece, não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita  com o coração. Mas sim, para que vocês possam ter uma idéia geral, um ponto de  partida, caso seja necessário.
Quem desejar poderá colocar um fundo  musical suave.
 “PAI, AGRADECEMOS A OPORTUNIDADE DE, EM  TEU NOME, ESTARMOS AQUI REUNIDOS, PARA BUSCARMOS EM SUA SABEDORIA OS  ENSINAMENTOS QUE PRECISAMOS PARA NOSSA REFORMA ÍNTIMA. ABENÇOA NOSSAS MENTES E  OS NOSSOS CORAÇÕES, A FIM DE QUE POSSAMOS USAR TUDO QUE ESTAMOS APRENDENDO EM  NOSSO DIA-A-DIA, E DESSA MANEIRA, CONTRIBUIR PARA UM MUNDO MELHOR”.
“PAI  NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO...................”
 
Após a prece, fazemos a leitura de um trecho do livro em estudo. Usar um  tom de voz normal e um ritmo calmo, para que todos possam compreender bem a  mensagem.
Quem quiser, poderá fazer comentários sobre a lição aprendida,  ou reforçando a idéia ou contando fatos, etc.
Terminados os comentários,  poderemos iniciar as vibrações. Vibrar é doar, e todos nós temos coisas boas  para doar em favor do próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um  sentimento de amor. Este é o ponto culminante da reunião, onde vamos assumir o  papel ativo de doadores; doadores de energia positiva.
A pessoa  encarregada de dirigir as vibrações falará numa tonalidade de voz moderada e de  forma espaçada, para que todos possam ter um certo tempo para vibrar a cada  pedido.
É nesse clima de harmonia que envolveremos com amor, paz, saúde e  equilíbrio, as pessoas que estão sendo mencionadas. Ao mesmo tempo que doamos,  também recebemos de volta essa mesmo energia.
Aqui, apresentaremos  algumas vibrações, que poderão ser seguidas ou não, modificadas, diminuídas ou  aumentadas de acordo com a escolha da família:
    | •    Vibremos pela fraternidade  e paz para a humanidade. •    Para que cada vez mais se faça o evangelho no  lar.
 •    Pela harmonia e paz em nossa família.
 •    Por todos os  trabalhadores do bem.
 •    Pelos nossos desafetos.
 •    Pelas crianças e  velhinhos desamparados.
 •    Pelos lares em desajuste.
 •    Pela  reabilitação dos presidiários.
 •    Pelo amparo aos pobres.
 •    Pelos  doentes do corpo e da alma.
 •    Pelo desenvolvimento espiritual da  juventude.
 •    Pela unificação de todas as religiões.
 •    Pelos  espíritos sofredores carentes de auxílio.
 •    Pelos que estiveram aqui  presentes, encarnados ou desencarnados.
 •    Por nosso familiares e amigos  encarnados.
 •    Por nosso familiares e amigos já no plano espiritual.
 •     Pelo nosso povo e governantes.
 •    Pelos sacerdotes e médiuns Umbandistas  para que todos tenham paz, luz em seus Espíritos
 •    Por este  lar.
 | 
 Após as vibrações, será feita a prece de encerramento, que deverá também ser  simples e espontânea.
Por exemplo:
 “AGRADECEMOS AO SENHOR DA VIDA, E AO  PLANO ESPIRITUAL, PELO SUPORTE QUE
DERAM À REUNIÃO. E APROVEITAMOS PARA PEDIR  A DEUS NOSSO PAI E AMIGO, QUE NOS ABENÇOE, ATÉ O PRÓXIMO  ENCONTRO”.
 
5 – Orientações  gerais
Poderá ser colocado uma jarra com água no ambiente  a ser efetuado o evangelho. Esta água será fluidificada pelo plano espiritual,  com energias equilibrantes de amor e saúde para toda a família, de acordo com as  necessidades e merecimentos de cada um.
Pergunta-se o por que do  evangelho ser feito em voz alta. No ensino dos próprios espíritos, a influência  que eles exercem em nossa vida é muito grande. No que diz respeito à casa em que  moramos, muitas vezes antes de pensarmos em fazer a mudança, já haviam espíritos  residindo nela. Às vezes, já se encontravam no local, antes mesmo da casa ser  construída.
Esses irmãos, longe ainda da verdade e da luz, não vêem nada  além da terra e, sem idéia de que a vida é eterna, vivem nos lares com as  famílias, participando de toda a vida normal e diária da casa.
Outras  vezes, são espíritos inconformados, assustados diante da desencarnação,  embaraçados, que se apega à família, fazendo morada no lar que ainda consideram  como seu. Isso sem contarmos àqueles que atraímos através de nossas atitudes e  pensamentos. Assim, as portas de nosso lar estão sempre abertas a estas visitas  inesperadas.
Esses espíritos, ainda não tendo a capacidade de penetrar  nos nossos pensamentos, prestam atenção nas nossas palavras e atitudes, a fim de  nos avaliar.
Ao iniciarmos o evangelho no lar, devemos ter em mente que  estamos iluminando também, e principalmente, estes irmãos, que por tantos  motivos nos acompanham.
A prece inicial lhes chama a atenção, pois  muitos, há tempos, não ouvem falar o nome de Jesus.
A leitura deixa-os  curiosos e, se lermos só com a vista, não saberão do que se trata e em nada  poderão ser ajudados a se modificarem.
Mesmo estando sozinhos para fazer  o evangelho no lar, a leitura deverá ser feita em voz alta, para que os  espíritos possam participar e receber também a benção dos ensinamentos.
A  casa que faz o evangelho no lar há um mês, já tem uma luz pequenina. A casa que  faz o evangelho há 10 anos tem uma luz enorme, pois que cada vez aumentam mais  as energias espirituais.
6 – Quanto  à participação de crianças no Evangelho
O lar é nossa  primeira escola. Nele, influenciamos os outros e somos influenciados. Baseado  nisso, nos perguntamos:
“As crianças poderão participar do  evangelho?”
Sim, elas não só podem, como também precisam fazer parte da  reunião.
Sabe-se que a fase infantil é o período mais importante para  assimilação de ensinamentos. E este é o motivo fundamental para que possamos  infiltrar em nossas crianças a idéia de disciplina, da fraternidade e do  amor.
Daremos, aos nossos filhos, estas poderosas ferramentas, para que  possa, com elas, construir a base de um caminho mais feliz nessa encarnação. É  preciso, antes de tudo, entendermos que a criança deverá receber uma atenção  adequada para que ela não se canse durante a reunião.
O evangelho terá que  ser adaptado a ela.
A tarefa é descobrirmos como chegar aos seus  coraçõezinhos através de histórias de linguagem fácil, para que, dessa forma,  entendam melhor as lições de Jesus e aproveitem melhor os ensinamentos. A  participação da criança deverá ser ativa, para que se sinta útil e importante  nessa hora de reunião familiar.
Dar a ela a oportunidade de fazer pelo  menos um item do roteiro. Ensinar a criança a orar é indispensável, porque irá  aprender a conversar com Jesus e especialmente no evangelho no lar. Saberá que  ele virá em sua casa, mesmo que ela não o veja, mas sinta através do bem estar  que surgirá.
A criança precisa entender que tudo que ela vai aprender,  nesses encontros, deverá ser aplicado no seu dia-a-dia, junto dos coleguinhas,  no ambiente da escola, com os irmãos, etc.
É importante ressaltar aqui o  bom exemplo de comportamento dos pais, para reforçar esse  ensinamento.
Alguns livros de literatura espírita infantil, de acordo com  o entendimento e a faixa etária da criança, auxiliam bem os pais nessa  tarefa.
O evangelho para as crianças não deve ser arbitrário e envolto em  clima de obrigatoriedade e desagrado.
Cabe aos pais, o uso do bom senso  para análise de cada caso, e criatividade para que a reunião alcance seus  verdadeiros objetivos.
O amor e a compreensão devem ser a base de  qualquer acordo.
 “OBRIGADO AOS MENTORES ESPIRITUAIS QUE  NOS TROUXERAM NAS MÃOS E NO MOMENTO OPORTUNO, AS INFORMAÇÕES QUE PRECISÁVAMOS  PARA COMPLETAR ESTE NOSSO TRABALHO”.
 
É nosso sincero desejo, que o objetivo desse trabalho seja  alcançado.
Que cada vez mais lares possam ser beneficiados com harmonia  divina e, que cada vez, mais pousadas sejam oferecidas aos mensageiros de Deus,  em suas missões aqui no planeta.
 “OBRIGADO PAI, PELO SERVIÇO QUE NOS  CONFIOU, E OBRIGADO TAMBÉM, PELA CHANCE DE MAIS UMA MISSÃO  CUMPRIDA”.
 
Que Deus e Jesus abençoem a todos.
  Os Pretos-Velhos são a presença viva do  Evangelho Redentor na Umbanda
   | MEDITAÇÃO DIÁRIA DO EVANGELHO | 
  
 Fora o dia em especial da realização do “Culto do Evangelho no Lar”,  deveríamos fazer um estudo diário da “Boa Nova” a fim de adquirirmos a cada dia  às orientações preciosas de Jesus em nosso dia-a-dia, para que possamos saber,  em nossas decisões, o que Jesus faria em nosso lugar. Se assim agirmos, com  certeza nunca mais erraremos e teremos condições de nos tornarmos pessoas  melhores.
O QUE JESUS  FARIA?
Essa é uma pergunta muito comum na mente de  alguns. Embora a grande maioria da população sequer pense em Jesus ou no Pai, a  não ser nos momentos difíceis; uma parte das pessoas se pergunta o que Jesus  faria em determinadas situações.
Quem assim procede, na maioria das  vezes, toma a decisão correta. Pensa com propriedade e com clareza, numa solução  que de outra forma passaria por nós sem que sequer percebêssemos. E os que não  pensam assim, estarão encrencados?
Não. Pois Jesus e nosso Pai são  figuras que desejam apenas a nossa felicidade. Sabem que o ser humano é fraco e  passível de influências malignas e emoções ruins; como a inveja, o ódio, o  ciúme, etc. Por isso mesmo, eles sempre nos dão a oportunidade de, um dia,  pararmos e pensarmos no que Jesus faria.
Muito mais do que imaginar,  Jesus nos dá o exemplo vivo do que ele fez. Basta ler o Evangelho para ser  apresentado a alguém que não profetizava o “fogo do inferno” a torto e a  direito. Mas sim, alguém de propagava o amor e o entendimento. Por isso mesmo,  ao pensar no que Jesus faria, pense sempre que ele faria algo com amor; com  respeito e sempre pensando no melhor para o próximo.
Afinal, não foi ele  que disse: “Vim para o pecador, não para o justo”.
Essa frase  resume sua doutrina como nenhuma outra. Amor, respeito, fé. Essas são as bases  da doutrina cristã e de ser um bom cristão. Sem isso, você é apenas como a terra  seca e improdutiva. Procure fazer uma reflexão sobre sua vida e sobre as coisas  que faz. Lembre-se que nós não somos perfeitos e que Jesus quer apenas que  tentemos dominar o mal que teima em nos influenciar. O inimigo é poderoso e  insidioso. E nós podemos, com a ajuda de Deus e de Cristo,  derrotá-lo.
Sempre que um mau pensamento passar por sua mente, ou uma  sensação ruim tentar se apossar de você pense sempre: O que Jesus  faria?
(Irmão Dias)
Decisões morais e éticas
Jesus  chamou as pessoas para segui-lo. Os verdadeiros discípulos andam nos passos do  Senhor (Marcos 8:34). Ele nos deixou um exemplo perfeito para ser imitado (1  Pedro 2:21b-22). Ele enfrentou as mesmas tentações que nós encaramos hoje, mas  nunca caiu no pecado (Hebreus 4:15).
O exemplo de Jesus se torna  imprescindível na nossa luta diária com as tentações e provações. Para vencer os  desafios morais e éticos, precisamos buscar a resposta certa à pergunta: O que  Jesus faria na minha situação?
Como podemos saber o que Jesus  faria?
Não adianta fazer o que eu imagino que Jesus teria feito, e muito  menos fazer o que eu quero e depois tentar convencer a mim mesmo que ele faria o  mesmo! Eu preciso saber como ele agiria se enfrentasse as mesmas opções que  estão diante de mim. De três maneiras, aprendemos nas Escrituras o que Jesus  faria:
    | •    O que Jesus fez –  pelo exemplo que ele deixou. Quando Jesus ensinou uma lição sobre  humildade e serviço, ele disse aos apóstolos: “Porque eu vos dei o exemplo,  para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15). Jesus deixou um  exemplo de obediência perfeita ao seu Pai, submetendo sua própria vontade à  vontade do Pai (Mateus 26:39,42). Mostrando-nos seu exemplo de obediência, ele  quer a nossa submissão à vontade divina (Hebreus 5:8-9). 
 •    O  que Jesus falou – pelas suas palavras. Quando se trata de homens,  sabemos que as palavras e os atos podem se contradizer. Alguém pode ensinar uma  coisa e praticar outra. Jesus condenou tal hipocrisia dos líderes religiosos de  sua época (Mateus 23:27-31). Infelizmente, o mesmo problema persiste até hoje.  Mas quando Jesus fala, podemos confiar totalmente na integridade de seu caráter.  As palavras dele concordam plenamente com os seus atos (Hebreus 1:12; 13:8;  Tiago 1:17). Quando Jesus ensina como agir, podemos ter certeza que ele faria da  mesma maneira que ensina aos outros.
 
 •    O que ele mandou  outros falarem – pelas palavras que ele transmitiu. Antes de voltar  para os páramos da luz, Jesus deixou homens encarregados da responsabilidade de  continuar seu ensinamento. Hebreus 2:3-4 mostra que as palavras transmitidas por  estas testemunhas fazem parte do Evangelho revelado pelo Senhor. Jesus foi claro  em mandar que eles revelassem suas instruções aos homens (Mateus 28:20; Atos  26:16,19). Todos os livros do Evangelho fazem parte da bússola que nos orienta  nas nossas decisões.
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Como escolher o caminho certo –  três perguntas fundamentais:
As três maneiras de saber o  que Jesus faria sugerem três perguntas fundamentais para acharmos o caminho  certo:
    | •    O que Jesus fez em  circunstâncias semelhantes? Jesus já passou por experiências  semelhantes às nossas, e o procedimento dele serve para nos guiar. Se você for  maltratado, olhe para o exemplo de Jesus (1 Pedro 2:23). 
 •    O  que Jesus falou sobre o assunto? Jesus nunca se casou, mas falou da  permanência do casamento (Lucas 16:18). Ele nunca pecou, mas mostrou a  importância de pedir perdão (Mateus 6:12).
 
 •    O que Jesus  mandou outros falarem sobre a questão? Os apóstolos entenderam bem a  importância de se limitarem à vontade de Deus em tudo que falaram (1 Pedro  4:11). Eles escreveram para orientar os fiéis em seu proceder (1 Timóteo  3:14-15). Eles esperavam que os discípulos se lembrassem do ensinamento, mesmo  depois da morte daquela geração (2 Pedro 1:12-15).
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 O que Jesus faria – algumas aplicações  práticas
Uma vez que entendemos estes princípios, devemos  aplicá-los nas nossas decisões cotidianas. O que Jesus faria num mundo de  confusão religiosa. É uma aplicação importante. Mesmo entre pessoas que se  preocupam em voltar ao padrão evangélico nas práticas e ensinamentos religiosos,  é necessário fazer outras aplicações – especialmente na conduta pessoal – destes  mesmos princípios. O que Jesus faria diante das escolhas que enfrentamos no  dia-a-dia? Como ele resolveria decisões de prioridades? Qual seria a resposta  dele aos desafios morais e éticos? Vamos sugerir algumas aplicações para  ilustrar o valor desta abordagem. Você, certamente, pensará em muitas  outras.
O que Jesus  faria...
    | •    Se alguém pedisse para colocar seu emprego acima do seu serviço  espiritual? Muitos cristãos usam o trabalho como justificativa  automática para não cumprir suas responsabilidades espirituais. Será que Jesus  teria as mesmas prioridades? Ele nos adverte sobre o perigo de buscar só  riquezas (Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:9-10). E quando se trata de necessidades  do dia-a-dia, e não de riquezas, ele ainda prioriza o serviço espiritual (Mateus  6:25,33)...
 •    Se alguém pedisse para colocar um passeio acima  do seu serviço espiritual? Não é errado sair da rotina para descansar  em algum outro lugar, talvez um lugar mais deserto. Jesus mesmo levou os  apóstolos num “passeio” deste tipo (Marcos 6:31-32). Mas, durante a viagem,  surgiram trabalhos espirituais que eram mais urgentes, e Jesus atendeu as  pessoas que o buscavam (Marcos 6:34). Afinal, o “descanso” dele foi uma  caminhada subindo a um monte, onde passou várias horas em oração (Marcos  6:46-48). Não há dúvida sobre as prioridades de Jesus. E as nossas?
 
 •     Se alguém pedisse para colocar a família acima das coisas de  Deus? Famílias nem sempre ajudam em nosso serviço ao Senhor. Numa  ocasião, a família de Jesus tentou impedir o trabalho dele (Marcos 3:20-21).  Quando chegaram, Jesus não deu atenção à família, preferindo continuar seu  trabalho com sua família espiritual (Marcos 3:31-35). Este exemplo não justifica  a negligência de responsabilidades familiares. Os homens devem ser maridos e  pais responsáveis, e as mulheres devem cumprir bem seus papéis como esposas e  mães. Mas quando as atitudes carnais de uma pessoa da família força uma escolha  entre Deus e a família, devemos ficar com o Senhor (Jesus disse: “Amai a  Deus sobre todas as coisas”).
 •    Se tivesse namorada? Mesmo não achando no Evangelho  nenhum exemplo de namoro ou casamento na vida de Jesus, não temos dúvida que o  comportamento dele num namoro teria sido exemplar. Se ele tivesse uma namorada  que quisesse passar dos limites no contato físico, o que Jesus faria? Se ela  quisesse usar uma roupa sensual, o que Jesus lhe orientaria? Se ela incentivasse  a participação em atividades impuras, como Jesus reagiria? Não há dúvida de que  Jesus manteria sua pureza, mesmo se tivesse que terminar o namoro. Considere o  que ele nos instrui em 1 Pedro 1:14-16; Gálatas 5:19; 2 Coríntios 7:1 e Mateus  5:28-30.
 •    Se Jesus enfrenta-se um adultério? Assim  diz Mateus 5:32: “Eu porém vos digo, que todo o que repudia sua mulher, a  não ser por causa de infidelidade, a faz ser adúltera; e qualquer que se casar  com a repudiada, comete adultério”. Esse é um texto, que se mal  interpretado, irá acarretar sérias complicações. Mas o que Jesus faria? Vamos a  um texto explicativo do livro: “A Sabedoria do Evangelho”, de Carlos Torres  Pastorino:
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 “... a questão do repúdio da esposa (jamais o inverso se podia dar!)  permitido por lei (Deut. 24:1), mesmo que o motivo fosse unicamente "não achar  graça em seus olhos ou encontrar nela alguma coisa que fosse  feia”...
Jesus continua a autorizar o repúdio da mulher (ou divórcio) e o  repete em Mat. 19:9-10, mas restringe essa atitude ao único caso em que a esposa  tenha tido relações sexuais com outro homem (infidelidade).
Nesse caso, o  libelo de repúdio a deixaria livre, podendo unir-se ao outro.
Entretanto,  se o repúdio não for por causa de infidelidade da esposa, então o marido,  pondo-a para fora de casa, a empurraria para o adultério; e quem a acolhesse  também cometeria adultério porque, de fato, ela não estaria divorciada, isto é,  os vínculos matrimoniais não estariam dissolvidos. Assim também o entende a  igreja grega ortodoxa, que afirma: a infidelidade conjugal, por parte da esposa,  dissolve os vínculos matrimoniais.
Lucas não cita a exceção: reproduz  apenas a regra geral, que proíbe o repúdio.
Nada se fala, entretanto, do  caso de uma separação espontânea e voluntária dos dois cônjuges, quando agissem  de comum acordo. A prescrição é clara e taxativa: que o homem não cometa a  injustiça de repudiar a esposa, depois que viveu com ela; dando quase a entender  tratar-se do caso em que ela não quer, e ele a põe pela porta afora. A própria  exceção apontada como lícita (quando ela mesma, a esposa, prefere sair de casa  para unir-se a outro homem) parece confirmar que, quando o afastamento é  voluntário de ambos os lados, nada existe que os impeça de reconquistar a  liberdade.
    | •    Se os amigos  incentivassem a participação das coisas erradas do mundo? Jesus tinha  bastante contato com pessoas do mundo, mas sempre como a luz que convidava as  outras pessoas a saírem das trevas. O cristão pode manter amizades com pessoas  do mundo, desde que ele exerça a influência positiva, e não deixe os outros os  levarem para o pecado (Mateus 5:14-16). Os discípulos do Senhor não saem do  mundo, mas ficam livres do pecado do mundo (João 17:14-17). Os amigos podem  estranhar, mas precisamos recusar participar das coisas erradas que fazem (1  Pedro 4:3-4). 
 •    Se vivesse no meio de pessoas perdidas no  pecado? Jesus, como todos nós, viveu numa sociedade cheia de pessoas  perdidas. Ele se compadecia delas e ensinava-lhes a palavra de Deus, que é o  meio que Deus oferece para a salvação (Marcos 6:34; cf. Romanos 1:16). Ele olhou  para as pessoas que o rejeitaram e queria resgatar e proteger todas (Mateus  23:37). E nós? Se já aprendemos alguma coisa da palavra salvadora do Evangelho,  não temos a obrigação de compartilhar esta mensagem com as pessoas perdidas ao  nosso redor? Nós devemos imitar o exemplo de Jesus com a mesma urgência que  Paulo sentiu quando disse: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros,  tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a  anunciar o Evangelho também a vós outros” (Romanos  1:14-15).
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 O que Jesus faria? A resposta certa bem aplicada pode mudar o rumo de sua  vida – para seguir os passos do Senhor até a vida eterna!
(Dennis  Allan, acrescido e adaptado pelo autor)
Ai está. Para sabermos o que  Jesus faria em nosso lugar, temos que, diariamente, ler um trecho do Evangelho,  meditar sobre o que leu, fazer um compromisso de vida com você mesmo e seguir o  orientado. Jamais poderemos saber o que Jesus faria se não estudarmos o seu  legado. Isso é ser cristão. Muitos acharão difícil pelo fato de terem que  modificar radicalmente seus atos, seus trejeitos, ou seja, sua vida. Por isso,  invariavelmente ouvimos: “É muito difícil ser cristão. Isso é coisa de  fanático. Eu creio em Deus do meu jeito e isso basta”. Meus irmãos. Cuidado  com os desculpismos. Bom, ai está. A decisão é sua. Jesus lhe  espera.
ROTEIRO DE MEDITAÇÃO DIÁRIA  DO EVANGELHO
1°) Primeiro, marcamos uma hora  diária que nos seja adequada. Deve-se assumir o compromisso de reservar entre as  tarefas do dia-a-dia, este momento, todos os dias, para o encontro com o  Evangelho.
Na hora, se preferir, desligue o telefone e a  campainha para que não haja interrupções por fatores internos durante o tempo  que durar a meditação (geralmente, fazemo-la em 15 minutos). Feito isso,  iniciamos com uma prece simples e espontânea. Vamos dar aqui um modelo de prece,  não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita com o coração. Mas  sim, para que possam ter uma idéia geral, um ponto de partida, caso seja  necessário. Quem desejar poderá colocar um fundo musical suave.
Iniciar  louvando a Deus, orando, e invocando as Santas Almas Benditas (os Espíritos  Santos de Deus)
 “PAI, AGRADEÇO A OPORTUNIDADE DE, EM TEU  NOME, ESTAR AQUI, PARA BUSCAR EM SUA SABEDORIA OS ENSINAMENTOS QUE PRECISO PARA  MINHA REFORMA ÍNTIMA. ABENÇOA A MINHA MENTE E O MEU CORAÇÃO, A FIM DE QUE EU  POSSA USAR TUDO QUE ESTOU APRENDENDO EM MEU DIA-A-DIA, E DESSA MANEIRA,  CONTRIBUIR PARA UM MUNDO MELHOR”.
“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU,  SANTIFICADO...................”
    2°) Proceder a leitura de viva voz lenta  e atenta de um texto escolhido
   
 3°) Ampliar a visão, ligando o texto que  leu, com, outros do Evangelho
   4°) Ver bem o sentido de cada frase,  entendendo-a
  
5°) Digerir cada palavra que leu,  ligando-a à sua vida
   
 6°) Momento de silencio interior,  meditando sobre o que leu
   
 7°) Formular um compromisso de vida,  colocando-o em prática
  8°) Orar  agradecendo a Deus e as Santas Almas Benditas, pedindo forças para realizar o  compromisso assumido  
Após todo o roteiro, será feita a oração de encerramento, que deverá  também ser simples e espontânea. Não nos esqueçamos nunca, de agradecer a Deus  por tudo em nossas vidas. Por exemplo:
 “AGRADEÇO AO SENHOR DA VIDA, E AO PLANO  ESPIRITUAL, PELO SUPORTE QUE
DERAM À MINHA MEDITAÇÃO. APROVEITO PARA PEDIR A  DEUS MEU PAI E AMIGO, QUE ME ABENÇOE; ATÉ AMANHÔ
 
Viu como é fácil? Vamos então criar o hábito da meditação diária do  Evangelho.
PARA  INTERPRETAR COM SEGURANÇA UM TRECHO DO EVANGELHO, É MISTER:
    | 1.    Isenção de preconceitos. 
 2.    Mente  livre, não subordinada a dogmas.
 
 3.    Inteligência humilde, para  entender o que realmente está escrito, e não querer impor ao escrito o que se  tem em mente.
 
 4.    Raciocínio perquiridor e sagaz.
 
 5.    Cultura  ampla e polimorfa, mas, sobretudo:
 
 6.    Coração desprendido (puro) e  unido a Deus
 | 
 (Carlos Torres Pastorino)
Para facilitar na meditação do  Evangelho, poderão usar os livros disponíveis no nosso ícone: “A Importância da  Evangelização na Umbanda”.
Vale a pena também meditar sobre os textos  evangélicos escritos pelo nosso irmão Chico Xavier. Todos os livros  psicografados pelo Chico são altamente recomendados, pois seguem fielmente a  doutrina cristã.
Fonte e agradecimentos:  http://www.umbanda.com.br