Canto sereno que assobia, nos regatos lagos e cachoeiras. Senhora faceira de beleza e ternura. Protetora das crianças e de todos os que necessitam de tua graça. Mamãe Oxum, Deusa formosa dos rios. A Mãe das Águas Doces, acolhe-nos em teu seio, proporciona-nos paz e alegria.
terça-feira, setembro 27, 2011
Corredora de Petrópolis-RJ diz como superou o câncer de mama através da pratica do esporte
Alessandra Fernandes, de 41 anos, lutou contra a doença por nove meses e participou da Corrida pela Cura, que aconteceu na orla do Rio de Janeiro no dia 23/09/2011.
sábado, setembro 24, 2011
Jesus o exemplo a ser seguido
Libertação de Consciência
Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.
Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa.
Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.
Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.
Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.
Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.
Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.
Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dele, sem o que, a vida não tem sentido.
Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.
Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor.
Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.
Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos.
Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.
Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.
Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou!
Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.
ADVERTÊNCIAS E CONSELHOS AOS MÉDIUNS
Por mais de uma feita procurei, em rapaz, desviar-me das diretrizes traçadas por Deus, por onde palmilharia eu na senda do progresso, da evolução espiritual. É que forças subjugadoras induziam-me ao mau caminho; faziam-me divisar horizontes nebulosos, e, vencido pelo desânimo, achava lógico, razoável mesmo, sair da vida material pela porta escusa do rompimento voluntário dos liames que uniam o meu espírito, enfraquecido pela falta de oração, a um corpo esgotado pelo nervosismo doentio, causado pelo apego aos bens da Terra.
Justamente por isso, em vão esgotava-me por conseguir tranqüilidade material. Minhas lembranças pretéritas eram reavivadas, maldosamente, pelos que me sabiam inseguro de mim mesmo e, sempre que ocasiões oportunas vislumbravam reacendiam em mim a chama do amor ao fausto, à intemperança, à vida regalada dos antigos senhores feudais ...
Conferindo-me direitos que eu próprio não tinha, gostava de censurar o meu próximo - encontrar o argueiro do olho de meu vizinho, esquecido da trave que permanecia no meu próprio. Por isto, por falta ao cumprimento conceito do Cristo "não julgueis para não serdes julgados", da mesma forma era eu também, submetido às severas críticas de entidades espirituais que, também como eu, sabiam descobrir faltas alheias, mas eles próprios andavam braços dados ao erro.
Deveria eu estar atento, sim, muito atento à minha reforma espiritual; deveria eu vigiar e sondar o meu coração. Por estas razões, pela falta de caridade cristã, irmã da fé e filha do amor, deixava-me levar pelas induções dos que permanecem nas trevas.
Concluireis: "Foste, então, um médium, que andou à falcatrua. Sofreste perseguições, tais, que nos causam receio até em supormos situações semelhantes aplicadas a qualquer um de nós, porquanto temos, também, as nossas faltas!"
Realmente; em geral, os médiuns ferem os pés nos espinhos das urzes do caminho que os leva à mediunidade. Entretanto, iluminados pelo exemplo grandioso do Cristo, compreendemos que cada um de nós deve tomar de sua cruz e segui-lo. Jesus exemplificou-nos pelo Calvário a verdade de que o merecimento do bom filho é cumprir a vontade do Pai. E não foi o nosso Pai quem nos conferiu a mediunidade? Nós a recebemos como graça, para a depuração, para a elevação de nosso espírito e para o cumprimento da lei do amor a Deus e ao próximo?
Em torno de um médium, há condensações de fluidos que constituem sua aura de atração poderosa sobre os que, libertos do corpo, possuem vibrações afins. Assim, não perseverando no bem, não desejando tornar-se fiel intermediário dos mensageiros da Boa Nova, torna-se o médium um poderoso ímã às vibrações dos que são contrários à difusão da luz eterna.
Portanto, estava em meu livre-arbítrio evitar os tormentos, aos quais, em geral, me submetia pela minha servidão à negligência espiritual.
Sofria e fazia que sofressem comigo. Exasperava-me; era descuidoso no trato com os que me criaram no coração profundas raizes do afeto. Depois, com dificuldade, era que condenava os fatos ocorridos. Dificilmente compreendia como chegara a exteriorizar sentimentos que, positivamente, não eram meus.
Tinha verdadeira repulsa pelos que menosprezavam os humildes, pelos que se ufanavam de suas posses materiais. No entanto, por vezes, sentia-me orgulhoso, descaridoso para com os menos favorecidos materialmente, mal grado meu. Reconditamente, tramava grandes embates de sentimentos e, por vezes, chegando à vitória sobre o mal, orava sentidamente à Maria de Nazaré. Ah! irmãos, grande consolo encontrei sempre, como encontro hoje, no amor puríssimo de Maria! As penas que me afligiam encontravam termo, e grande paz inundava meu ser. Sentia-me feliz, satisfeito por haver encontrado tranqüilidade de espírito.
Quando estas situações aflitivas me dominavam, embalde procurava concentrar o pensamento em estudos, em uma atividade qualquer. Tomado de angustiosa agitação, necessidade havia de buscar, cheio de ansiedade, auxílio na proteção do Alto. Graças ao Senhor, minhas súplicas jamais foram desatendidas! Miserável, nada merecendo de meus guias tutelares, entretanto, era sempre solicitamente amparado, tão logo orasse, tomado de fervoroso sentimento de perdão. Quantas e quantas vezes roguei perdão, por ter ouvidos de ouvir e fazer-me de surdo. Porém, ai de mim, o coração, enfraquecido pela invigilância, não perseverava no bom caminho. Perseverar no bem é chave miraculosa que nos abre, de par em par, a porta da mansão da paz e da bem-aventurança.
Sempre que tiverdes que trabalhar, médiuns, obreiros da seara de Jesus, não vos descureis de, como preparação indispensável, sine qua non, robustecer-vos pela prece vibrante, sincera, prece esta que vos colocará sob proteção de vossos guias, de entidades amoráveis, de espíritos benfeitores.
Quão difícil é o vosso encargo, qual seja, o de comungardes, pelos eflúvios de vossos corações, com os eflúvios emanados das entidades superiores, se para tal não vos orientais pelos conceitos do Cristo! E quão responsável é o médium que se apresta ao labor santificante, o de vos reunirdes, em nome de Jesus, para o trabalho espiritual, sem um acurado exame introspectivo, a fim de agir segundo o Evangelho citado por Mateus, cap.V: 23 e 24, que recomenda não nos dirijamos ao Senhor sem que antes nos tenhamos reconciliado com os nossos inimigos.
Se agasalhais o espinho ferino da inimizade e perdoais o vosso irmão, sois bom espírita. Se vos entregais, por comprazimento, a inveja, à calúnia, não sois dignos de servirdes ao Cristo. Lavai-vos, purificai-vos, primeiramente, pela oração sincera, pela extirpação de vossos defeitos, que são percalços na tarefa a que vos dedicais. Quantos erros cometem os homens por serem perseverantes no mal?!
Não é do meu intuito apresentar-me com a autoridade de pregador, ou de orientador que para tanto não possuo virtudes nem cabedal. Falo-vos, tão-somente, como um amigo irmão. Qual irmão que, tendo passado da vida material para a espiritual, transposto o Rubicão segundo os que encaram a morte sob um prisma sombrio, sente atração poderosa por concitar seus demais irmãos ao bem, tendo ele próprio experiências mais amplas, colhidas no além-túmulo. Seriam estas experiências utilizadas com proveito pelos que ficaram no jugo da carne? Um só pensamento impele-me a traduzir-vos o que me vai n'alma - o da prática do bem. Desejo-vos o bem futuro, médiuns. Desejo possais colher aqui flores e mais flores que vos transportem de júbilo.
Penosamente arrastava-me, assim posso exprimir-me, todas as vezes que caminhava rumo ao centro espírita, ao núcleo de nossas reuniões espirituais. Sentia-me, a contragosto, e crivado de defeitos, visivelmente contrariado comigo mesmo em não estar de conformidade com o preparo espiritual que deveria ter. Sentia-me inclinado a retroceder em meus passos, já que tão merecedor de censuras de meus guias espirituais eu me achava.
Qual um mau aluno, ante um mestre enérgico e consciencioso, eu queria sempre evitar uma aproximação maior com os esclarecidos espíritos, dos quais recebia orientações sábias, todas as vezes em que chegava ao grupo espírita a que pertencia, apresentando-me densamennte carregado de fluidos pesados. Meus confrades lembram-se, quem sabe, com piedade, da pessoa daquele médium retardatário ou, quando não, faltoso! É que não vigiava com o espírito alerta pelas diretrizes bem definidas na moral dos Evangelhos de Jesus, como o médium deve desempenhar-se de suas tarefas, sob as bênçãos do Altíssimo.
Não foi sem dificuldades que me aprestei ao labor. Havia já colhido experiência amargas da vida. Com o coração mais espiritualizado pela dor, pelo sofrimento, fui compreendendo, sentindo, quão bela é a Doutrina de Jesus e quão preciosa é a luz que nos vem da Terceira Revelação. Instado por terceiros, levado pelo desejo de fazer alguma coisa em benefício de meu próximo, interessei-me em trabalhar como médium, principalmente, para esclarecer os espíritos das trevas e perdoar meus inimigos. Entretanto, se bem decidi, bem não soube firmar a minha decisão no serviço da caridade. Freqüentemente, deixava-me em empolgar pelo desânimo; dava ouvido as más sugestões; subestimava o valor do meu concurso na tarefa, tanto assim que dizia a meus confrades: Talvez seja melhor que vocês arranjem outro médium. Eu não dou boa conta! ... "
Meus companheiros, bondosamente, sorriam, pilheriavam e, com pulso firme, não permitiam que eu me furtasse ao cumprimento do sagrado dever. Nem sempre há oportunidades favoráveis ao desenvolvimento da mediunidade, mormente quando o médium, desconhecendo os princípios básicos da moral cristã, não pauta sua conduta dentro de um padrão elevado. Quanto mais ignorante das palavras do Cristo, mais difícil se torna o desenvolvimento da mediunidade a serviço fraterno entre os espíritos. A base em que se deve assentar a mediunidade, quando o indivíduo deseja fazer despertar em si os dons magnéticos em prol da causa espírita cristã, deve ser o Evangelho do Cristo. Primeiramente, guardar em seu coração os ensinos de nosso Mestre, procurando banhar-se nas águas límpidas das verdades divinas, purificar-se por uma diretriz cristã e pura. Só depois, então, poderá dispor-se à tarefa. Assim deveria ser, porquanto antes de nos sentarmos à mesa do banquete, é necessário tenhamos as mãos lavadas.
Jesus nos falou, assim, diversas vezes, por parábolas. Ele foi e é contra as práticas exteriores. Estejamos certos de que o bom cristão não imita os fariseus, purificando-se apenas exteriormente. Jesus advertiu-nos da necessidade de termos lavadas as mãos antes do banquete - banquete da vida eterna - simbolizando que devemos ter o espírito elevado pela oração ao Pai, lavada a nossa alma pelo desejo de regeneração própria, a fim de partilharmos deste banquete -- espiritual. O médium mal preparado ficará sujeito as tentações, das quais não saberá fugir, as sugestões malsãs e, até mesmo, sujeito a ser veiculo de falsos profetas.
Não será falta de médiuns que dificultará a divulgação da Boa Nova. Pelo contrário, médiuns pouco avisados, mal iniciados, servirão de pedras de escândalo, causarão danos a si próprios e à propagação da Doutrina. É muito grave o passo dado por aquele que, admirando o esplendor da luz, se esquece de conservar em si mesmo o brilho de uma luz interior, que se chama "cumprimento do dever perante Jesus' É muito grave dizer: "Sou médium", "Sou espírita", e servir de ponto de discórdia, veículo de simulacros, repasto as observações malsãs. Nos evangelhos existem ensinos vários a vos alertar contra o mau servo. Sejamos dos que, tendo recebido um denário, fizeram jus ao quinhão recebido do Senhor.
Estas advertências, já vos disse e torno a frisar, partem de um coração que, se vive, é por uma única razão, pela bondade infinita de Deus.
E, em louvor, em gratidão às bênçãos recebidas, desejo repartir convosco o pão que ora recebo - verdades que, as conhecendo, releguei ao descaso pela minha invigilância, verdades sem as quais não podereis caminhar, médiuns, triunfalmente para a vitória. Qual é esta vitória? A de vencerdes o mal, pelo bem; a de perdoardes, sendo espezinhados; a de sorrirdes felizes, sendo perseguidos; a de vibrardes bem alto a corda sensível do vosso coração, em amor a Deus, que vos da a graça da vida terrena como resgate de vossas dívidas.
Ah! Quantas recordações penosas me dilaceram a alma, que em queixumes lamenta: "-Jesus, perdão, por não haver compreendido, o sentido e exemplificado a tua grandiosa Doutrina! Tu que já me perdoaste setenta vezes sete, perdoa-me, Jesus, ainda mais uma vez!
E célere, rápido como um pensamento de amor, penso em vós, irmãos em Cristo, nos percalços que vos cercam, nas urzes que se antepõem à vossa jornada e, tomado de fraternal carinho, elevo o meu pensamento em prece, rogando ao divino pastor o seu amparo para todos vós. Irmãos, divisai sempre a luz brilhante da verdade! Não vos percais por ínvios caminhos.
Pedro Richard Filho
A mediunidade se propaga, mas ao lado das vantagens que obtêm, não é preciso dissimular seus escolhos e seus perigos. Léon Denis, No Invisível
Sim, Mestre, eu procuro ser teu discípulo. Há vinte e dois anos, debruçado sobre os teus livros, procuro arrancar da letra, que mata, o espírito que vivifica, porque a tua doutrina é espírito e vida.
Os tempos já são chegados da Humanidade compreender o Deus-Espírito todo amor, todo misericórdia, a alma da criação, a quem a criatura confiante deve-se entregar, certa de que Ele, o Pai Perfeito, não dá uma pedra ao filho que lhe pede um pão. Debruçado sobre os teus livros, brancos têm ficado os meus cabelos e forte se tem tornado o meu espírito. Hoje, mais corajoso que ontem e mais forte que nunca, encaro a luta com a serenidade daqueles que têm a certeza da vitória. A tua obra, Mestre, incutiu no meu espírito, até então indeciso senão indiferente, a crença, já agora inabalável, de que Deus existe, de que o progresso é lei imutável e positiva, e de que a minha felicidade é função do estado moral do meu espírito, cujo progresso exclusivamente e só, depende de meus esforços em demanda de Jesus. Dia a Dia, Mestre, banhado da tua doutrina, nova energia descubro no meu espírito e, neste momento, sinto o braço potente e másculo do meu Guia, amparando o meu pobre ser, a segredar com voz angélica, aos meus ouvidos:
“-Caminha, filho: a vitória é certa, pois Jesus é contigo. E quem poderá ser contra ti, se Jesus é por ti?! Ora, e não temas. Estuda-te a ti mesmo; reforma todos os teus pensamentos, palavras e obras e procura moldá-los pelo código cristão: O Evangelho. Ser espírita é ser cristão e ser cristão é ser perfeito. Aproveita todo o teu tempo, pois o das futilidades já lá vai. Hoje tu és espírita, e sabes que a fraqueza e a infelicidade dos homens estão nos seus próprios defeitos e vícios. Sabes que és dotado de vontade e que essa vontade é tua, a tua vontade no sentido da tua regeneração e então serás espírita e darás ao teu Mestre Allan Kardec a prova do teu reconhecimento e da tua gratidão.”
Por mim falou o meu Guia, e depois dele o que mais pode acrescentar o pobre e mesquinho... PEDRO RICHARD (PAI)
Discípulo de Max Setembro, 1903
Pedro Richard Peregrino do Evangelho
Indalício Mendes
“É necessário haja equilíbrio entre a inteligência e a humildade, porquanto o que desvaira o Espírito é o julgar-se possuidor de alguma coisa.” — Bezerra de Menezes.
“O iniciado na Doutrina Espírita precisa conhecê-la e interpretar-lhe os preceitos, aplicando-os a si mesmo para se constituir depois um evangelizador da palavra e recolher do seu esforço cem por um, segundo a promessa do Cristo de Deus.” - Bittencourt Sampaio.
“O Evangelho é um compêndio de Leis Divinas, interpretadas pelos homens segundo a evolução intelectual e moral das gerações.” — Pedro Richard.
Predispusemo-nos a enfocar, nas linhas que se seguem, sem preocupação cronológica, uma das mais fortes e atraentes personalidades do Espiritismo Cristão, cuja vida foi permanente testemunho de respeito e obediência aos preceitos evangélicos deixados por Jesus para o bem da Humanidade: Pedro Richard. Descrever-lhe a vida, quase sempre referta de preocupações e dificuldades, não constitui fácil tarefa. Foi um justo. Com esta frase poderíamos resumir toda uma longa história de devotamento exemplar ao Cristo de Deus, através do Espiritismo, que ele amou profundamente, sem, contudo, abeirar-se do fanatismo, ou do dogmatismo que denigre, via de regra, as melhores intenções.
O espírita realmente identificado com a Doutrina e o Evangelho procura desligar-se, tanto quanto sua condição humana o permita, das gloríolas terrenas. Convicto, pela fé, pelo conhecimento prático e pelo estudo da palavra do Nazareno, da realidade indestrutível da Terceira Revelação, concentra sua atividade nos princípios éticos da Doutrina que espontaneamente aceitou, e intenta percorrer o caminho que o levará à Luz, com o coração a pulsar de amor puro pelo objetivo colimado, ainda que sinta a alma dolorida e os pés ensanguinhados pelas provações depuradoras, sem dúvida destinadas à redenção. Pedro Richard foi um homem seguro de si em suas convicções, sublimadas pelo sentimento cristão; externamente, a própria imagem da simplicidade, da brandura e do comprazimento. Jamais admitiu atitudes estudadas, nem deixou nunca de chamar a verdade ao testemunho, em situações que considerasse equivocas ou incompatíveis com a retidão determinada pela Doutrina, fosse qual fosse a eventualidade. Evitou sempre valorizar-se aos olhos de alguém, e jamais procurou ser outra coisa além do que realmente era: discípulo humilde, intransigentemente fiel ao Mestre de Nazaré.
Ocorrem-nos, neste passo, as palavras do valoroso Espírito Bittencourt Sampaio, a mera evocação da personalidade austera de Pedro Richard:
“As almas, pelo seu procedimento moral, devem ser como espelho, em que todos os seus atos se reflitam, O homem honesto, ainda que não professe crença alguma, deve sempre estar pronto à devassa da sua alma, devassa que a sua própria consciência, melhor do que ninguém, pode fazer.”
Pedro Richard nasceu no dia 9 de setembro de 1853, na cidade de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, filho de Pedro Richard e D. Felismina Richard, de família modesta, mas de grandes virtudes e, por isso mesmo, honorabilíssima. Órfão de pai aos nove anos de idade, teve de iniciar-se muito cedo no trabalho diário, tornando-se o amparo de sua mãe e de irmãos menores. Tinha enorme veneração por sua genitora, mulher de costumes austeros e de sentimentos elevados, dotada de tolerância e piedade.
Quando, ainda cedo, foi compelido ao trabalho, achava-se no curso primário de uma escola local. Teve, assim, de interromper os estudos, engajando-se numa casa comercial, a fim de ajudar a família, que era acossada por enormes e compreensíveis dificuldades, com a desencarnação do chefe. Mais tarde, o jovem Pedro Richard tornou-se funcionário da Alfândega, melhorando, embora muito pouco, a sua situação econômica. Estava já no torvelinho da vida terrena, encarando muito a sério suas responsabilidades e habituando-se a praticar, no dia-a-dia das lutas, as virtudes que os pais lhe haviam transmitido, como parte fundamental de sua educação. Adquirira o hábito salutar de nada fazer sem refletir, assim como a não se beneficiar em suas justas pretensões de progredir, se isso pudesse importar em sacrifício, direto ou indireto, de alguém. A probidade foi a herança que o pai amado lhe deixou ao desencarnar, e ele porfiava, como, de resto, toda a família, em não esquecer os exemplos daquele que fora exemplar chefe do grupo familial, exemplos que, por sua vez, transmitiu a seus descendentes.
Casou-se com D. Mariana Campos Richard, nascida em Angra dos Reis, Estado do Rio, dela tendo seis filhos; Mário, Felismina, Pedro, Mário, Isaura e Marta, todos também já desencarnados; os dois Mários e Marta quando ainda crianças. Defrontando sérios embaraços econômicos, não pôde ele evitar a ajuda dedicada da esposa, que costurava para fora. Dias terríveis foram aqueles, mas Pedro Richard e D. Mariana não perderam o ânimo e mantiveram a fé em que melhores dias viriam, por certo.
A luz da revelação
A morte do primogênito Mário, aos dois anos, após longo sofrimento, foi a bem dizer a porta que se abriu a Pedro Richard para o encontro com o Espiritismo. Não compreendia como, diante da bondade incomensurável de Deus, era permitido o sacrifício doloroso de uma criança, toda inocência, durante dias e noites de dores lancinantes, para o desfecho fatal, que tanto acabrunhara a todos. Buscava explicação para o que supunha tratar-se de uma incoerência. E essa explicação estava a caminho. Havendo conhecido um homem de nome Nascimento, pessoa caridosa e simples, veio Pedro Richard a saber tratar-se de um médium, isto é, de uma pessoa que tinha o dom de comunicar-se com Espíritos e de servir de instrumento às almas desencarnadas para praticar o bem. Depois de conversar com Nascimento, ele se sentiu bastante aliviado. Recebera a consolação de que precisava e, mais do que isso, uma explanação clara e objetiva do que é a Justiça Divina, que tem como elemento de purgação e progresso a reencarnação. Saíra da casa do médium com a face iluminada. Banhara-o a luz da revelação espírita! Começara a aprender o “porquê” da vida e da morte, da dor moral e do sofrimento físico. E ao desespero que amargurava o casal sucedeu a tranqüilidade dos que compreendem e, por compreenderem, crêem.
Por essa época, vivia dominado por preocupações crescentes com a manutenção da família. Dedicava-se a trabalhos incertos e pouco rendosos, mas trabalhava. Fosse o que fosse que surgisse, ele, resoluto e esperançoso, aceitava, não medindo esforços para atenuar a precária situação de sua vida. Sempre acreditara em Deus sempre reconhecera em Jesus a fonte de água pura, que mata a sede e reanima os desanimados e tinha Maria Santíssima como lenitivo para todas as ocasiões amargurantes. Se a sua vida dependesse de fé, pensava consigo mesmo, haveria de transpor todas as barreiras que surgiam à sua frente. A pobreza não impediu que ele e a esposa adotassem uma criança necessitada, de nome. Francisco Antônio de Carvalho, que tinha distante parentesco com D. Mariana. Era o Chico.
O Chico
É bem certo o ditado; “Quem semeia flores não colhe pedras.” Esse menino desamparado acolhido como filho igual aos outros no lar dE Pedro e Mariana, provaria, anos e anos mais tarde, que era também bom fruto de boa árvore. Já mais esqueceu o que fora feito por ele amorosamente e desencarnou quando desfrutava do posto de coronel do nosso Exército, com excelente folha de serviços. Mas, não nos precipitemos.
Com grande dificuldade, pois o dinheiro que conseguiam mal dava para o sustento da família Pedro e Mariana tratavam Francisco em pé de igualdade com os demais cinco (Mário havia desencarnado, lembremo-nos). Dessa forma, encaminharam-no, um dia, para a Escola Militar, de onde ele saiu como Engenheiro Militar, honrando dessa forma, a dedicação e o amor de seus pai adotivos.
O Chico, como era tratado na intimidade Francisco Antônio de Carvalho, permaneceu solteiro. Estava sempre atento às necessidades do pais adotivos. Pedro Richard e Mariana dedicavam-lhe grande amor. Seguindo os passos do velho Richard, foi ele, durante anos, Diretor da Federação Espírita Brasileira, pois comungava na mesma crença que se tornara comum naquela família exemplar. Depois da desencarnação de Pedro Richard, Francisco tornou-se o verdadeiro “patriarca” da família, seu conselheiro e amigo incondicional, até desencarnar.
Temos diante de nós, no instante em que escrevemos o que aqui fica, uma fotografia de Pedro Richard, o olhar firme e sereno, que nos foi cedida por seu neto, Pedro Richard, coronel do Exército e espírita militante, sobre a qual, em letra clara, se lê esta dedicatória simples e admiravelmente expressiva: “Ao meu bom filho e amigo Chico, 9-9-914.”
Caridade instintiva
A caridade era virtude inata em Pedro Richard e D.Mariana. Daremos mais um exemplo. Sabendo de uma criança parda, de um ano de idade que se achava em péssimas condições orgânicas acolheram-na com o maior carinho, dispensando-lhe os cuidados indispensáveis.
O pai dessa menina, ébrio contumaz, esmolava, carregando-a dentro de um saco. O infeliz, por certo, no lamentável estado em que ficava, nenhuma noção tinha do que fazia. Uma pretinha de tenra idade, encontrada doente, em deploráveis condições de higiene e em completo abandono, foi por eles recolhida e tratada com desvelo. Os anos passaram-se e aquela criancinha, filha do desditoso ébrio, cresceu e acompanhou a primeira filha do casal quando esta se casou, e, também, mais tarde, consorciou-se sob os auspícios da jovem patroa. A pretinha ficou boa, cresceu, revelando sempre muita dedicação a seus benfeitores e descendentes, até desencarnar, quando ainda vivia em casa de uma das filhas de Richard.
Vê-se que, desprovido de fortuna material, possuía o velho Richard aquela riqueza de que nos falam os Evangelhos, que a traça não corrói, nem excita a cobiça dos ladrões: a riqueza de sentimentos, distribuída generosamente com os desventurados.
Quem semeia o bem, colhe bênçãos.
Pai Nosso
Duma feita, possivelmente inspirado, traçou este “Pai Nosso”, belo e simples: “Pai Nosso, que estais no Infinito, santificado seja o Vosso Nome. Venha a nós o Vosso Reino de Amor e Caridade, seja feita a Vossa Vontade, na Terra, no Espaço e em todos os mundos habitados. Dai-nos o pão da alma e do corpo, Senhor. Perdoai as nossas ofensas e dai-nos a graça de perdoar àqueles que nos ofenderem. Livrai-nos das tentações dos maus Espíritos e enviai-nos os bons para nos esclarecerem. Amo-vos, meu Deus, de toda a minh’alma e quero amar os meus semelhantes que, por Vosso Amor, são todos meus irmãos.”
Vereda de espinhos
Atravessava Pedro Richard uma fase de dolorosas provações, com a coragem e resignação que lhe eram comuns. Não se queixava. Notava-se-lhe a fisionomia serena, mas sombreada de preocupações. O fato não constituía ensejo a que diminuíssem o seu carinho, a sua atenção e a sua solicitude àqueles que, também experimentando dores físicas e morais, buscavam na sua palavra algum lenitivo. Sufocava suas amarguras e transformava-as em bálsamo para as amarguras alheias.
O fato deve ter, muito sutilmente, chegado ao conhecimento do companheiro José Luiz de Magalhães, dedicado servidor do Cristo e samaritano de alma sempre aberta à cooperação. Tanto assim é que ele, José Luiz, poeta nato, compôs este poema, partilhando dos sentimentos do amigo:
A Dor
No Calvário da dor, da regeneração
Tudo sofre na Terra em sua evolução.
Tudo renasce após, liberto da matéria,
De grau em grau subindo à perfeição sidérea.
A pedra, a água da fonte, o musgo inerte, a flor,
A fera e o homem — tudo, a tudo atinge a dor;
Da mutilada rocha os hialinos blocos
Que s’espargem no chão; névoa de brandos flocos
Por sobre o lago, o rio e o mar — toda a extensão
Das águas ao calor dos dias de verão:
Da árvore a seca flor; das feras o lamento;
E do homem que medita o augusto pensamento.
Lei do céu, lei da vida, inalterável lei!
Do átomo à estrela e do anjo à revoltada grei.
Lei sagrada! movendo os mundos no infinito,
Da nebulosa ao Sol e do éter ao granito;
Velando sem cessar por toda a criação:
Diamante, flor, criança, anjo na perfeição;
E do perdido céu a nós que aqui tombamos,
E que hoje o turvo olhar saudosos elevamos,
Na vida ignara e má (caídos pelo mal,
Caídos pelo orgulho) aponta maternal,
Na verdade, na luz e na ascensão sublime
Ao término da estrada a cruz que nos redime.”
Richard e os descendentes
É preciso ainda enfatizar a noção de igualdade e amor com que Richard tratou os filhos todos. Dissemos, linhas atrás, algo sobre Chico, acolhido pela família de forma fidalga. Seria injusto se esquecêssemos de fazer uma referência, mesmo superficial, a Pedro Richard Filho, homônimo do venerando ancião de que nos estamos ocupando. Foi um digno seguidor do “velho”, dando exemplos de devotamento e amor à Casa de Ismael. Cirurgião-dentista competente, prestou grandes serviços aos irmãos destituídos de recursos que se socorriam da Assistência aos Necessitados.
Não lhe mencionamos o nome, agora, somente por haver sido filho de Pedro Richard, mas por um dever de justiça, por isso que, seguindo os exemplos do pai, deu à Casa de Ismael seus melhores esforços, sem outro interesse além daqueles da solidariedade humana e da caridade pura e simples. Aliás, pormenor digno de nota os descendentes de Pedro Richard ainda hoje lhe honram a tradição moral e procuram viver seus exemplos, como espíritas militantes, no “Lar Pedro Richard”: Pedro Richard Neto e Mário Richard. Há poucos meses desencarnou um outro de seus netos, também dedicado ao labor kardequiano: Jorge Richard, vitima de um atropelamento.
Responsável pela transcrição: Wadi Ibrahim
Fonte: Reformador – maio, 1977
Colaboração do texto: Carlos Eduardo Cenerelli
sexta-feira, setembro 09, 2011
A manifestação dos espíritos na Umbanda
A manifestação dos espíritos na Umbanda
por Manoel Lopes
É necessário que o leitor já tenha amadurecido em seu íntimo a noção dos SETE REINOS SAGRADOS, que nada mais são, do que fases do processo evolutivo do planeta Terra.
Este conceito de sete reinos numa segunda fase extrapola a formação do planeta e mostra-se como uma regra geral do processo evolutivo em qualquer região do universo, com sete tipos de forças que atuam nestes processos.
Quando falamos em evolução estamos nos referindo a processos materiais e espirituais.
Em outra oportunidade estaremos desenvolvendo o conteúdo referente a evolução espiritual pelos sete reinos sagrados, onde iremos entender o mecanismo evolutivo das mônadas espirituais agindo através de CAMPOS ESTRUTURAIS e desta forma assumindo maiores responsabilidades espirituais como elementares, elementais, almas-grupos, espíritos, mestres, anjos e orixás.
Agora iremos abordar as roupagens fuidicas e atribuições de trabalho dos espíritos trabalhadores da umbanda.
O espírito na sua essência não possui forma definida, podemos falar em chamas, lampejos, luz etc…
Sabemos que o criador é único e por sua vontade criou o universo material e o espiritual, que na tradição africana chamamos de Ayiê e Orum.
Este conhecimento pertence a várias culturas e religiões de nosso planeta, na primeira linha da Gênese Mosaica está escrito:
“1. No principio Deus criou os Céus e a Terra. “
Podemos traduzir céus como o mundo espiritual (Orum) e a Terra como o universo material (Ayiê).
No livro dos espíritos na pergunta de número 27 encontramos a seguinte questão:
”27. Haveria, assim, dois elementos gerais do Universo, a matéria e o espírito?
E a resposta fornecida pelo espírito:
Sim, e acima de ambos Deus, o Criador, o pai de todas as coisas. Essas três coisas são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal…”
Na doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde aceitamos esta TRINDADE UNIVERSAL e entendemos Deus (Olorum, Zambi ) como único criador de todo o universo, portanto em hipótese alguma podemos aceitar uma visão politeísta para a umbanda.
Deus criou a matéria e o espírito, mas esta matéria não tinha forma, é o que nos fala a gênese mosaica:
“2. A terra estava informe e vazia…”
Sabemos que energia e matéria são elementos do universo e que uma se transforma na outra, portanto podemos pensar em um universo material formado somente por energia sem formas materiais, foi a partir de um segundo momento pela vontade de Deus que o mundo material passou a possuir formas e estruturas.
Deus disse:
“Faça-se a luz!” E a luz foi feita.
Este instante da criação universal é o que chamamos de REINO DO FOGO em nosso estudo doutrinário.
É o primeiro reino da criação, é luz, é calor, é força para provocar as mudanças necessárias.
A partir deste primeiro reino caminhamos para o segundo reino, que é o chamdo REINO DA TERRA, que sabemos que é o reino das formas, das regras, das leis, das estruturas e aqui entendemos todas as leis e estruturas existentes no universo; a lei de atração e repulsão elétrica e magnética, a lei da gravidade, a lei de ação e reação, a lei do Karma etc…
São leis imutáveis, naturais, universais e divinas.
Como tudo no universo material se manifesta através de formas e estruturas, os espíritos para se manifestarem em nossa realidade espaço-tempo, em nossa consciência, em nossa “tela mental”, em nossos sonhos e em manifestações mediúnicas necessitam assumir formas, estruturas e aparências.
Estas formas são chamadas de corpos espirituais e são de natureza semelhante às estruturas que dão forma a matéria.
Na doutrina dos SETE REINOS SAGRADOS chamamos estas estruturas de “CAMPOS ESTRUTURAIS”, que em outra oportunidade iremos desenvolver sua natureza mais a fundo.
No momento limitamos a dizer que “Campos Estruturais”, são estruturas de natureza mental e emocional, geradas e mantidas pelos espíritos e que dão forma a matéria e também ao corpo espiritual dos espíritos. Aceitamos na doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde, que tudo que existe no universo material possui um duplo de natureza espiritual, que chamamos de campo estrutural, que pode ser entendido como um campo organizador da matéria e de toda realidade humana.
Como mencionamos acima, os espíritos para se manifestarem assumem um corpo espiritual, e como é este corpo espiritual nos trabalhadores umbandistas?
Existem três etapas na formação da aparência espiritual para os espíritos que trabalham na umbanda e podemos afirmar para todos aqueles espíritos que de alguma forma necessitam se apresentar em nossa realidade material.
Primeira etapa:
É a unicidade espiritual; o espírito é único e indivisível.
Diferente do corpo material que é um organismo, formado pelos diversos órgãos, o espírito em sua essência é único e indefinível. (Atma)
Nesta sua natureza ele não consegue se manifestar aos humanos.
Segunda etapa:
Polaridade espiritual.
Nesta etapa o espírito elabora sua roupagem fluídica, o perispírito dos Espíritas, ou o corpo espiritual.
A polaridade é um conceito de natureza material, e o espírito para se manifestar nesta realidade material de espaço-tempo necessita se polarizar.
A polaridade se apresenta como Feminina ou Masculina.
Podemos dizer que o espirito cria um “campo estrutural” que dará forma ao seu corpo espiritual que poderá ser de mulher ou de homem.
Terceira etapa:
Triplicidade espiritual.
Aqui os espíritos escolhem a melhor opção para realizarem suas atividades, e que melhor se adaptam as suas características.
Na triplicidade o espírito poderá assumir a forma de: criança, adulto ou velho.
Quarta etapa:
Qualidade vibracional espiritual.
Nesta etapa a opção é setenária, dependo da sua natureza e dos conhecimentos adquiridos no processo evolutivo o espírito vem trabalhar nos Terreiros umbandistas vinculados a uma das sete vibrações existentes na natureza, ou seja, conforme seus compromissos com os Orixás Regentes de cada reino:
Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá, Omolu
Que são os regentes dos sete reinos sagrados:
Reino do Fogo, da Terra, do Ar, da Água, das Matas, da Humanidade, das Almas.
Podemos encontrar quarenta e duas formas básicas de manifestação. ( 7x3x2)
Não iremos neste momento relacionar todas as possibilidades, mas daremos um exemplo:
1)Linha de Cosme e Damião (Crianças):
Polaridade: Feminina
Triplicidade: Criança
Qualidade Vibracional: Iemanjá
O espirito se manifestará como uma criança, menina que trabalha na vibração de Iemanjá (Reino das águas), poderá, por exemplo, se identificar com o nome de Mariazinha.
Mariazinha é o diminutivo de Maria, que significa Mãe e todas as Mães, de alguma forma, estão ligadas a água.
Polaridade: Masculino
Triplicidade: Criança
Qualidade Vibracional: Xangô
O espirito se manifestará como uma criança, menino que trabalha na vibração de Xangô (Reino da Terra), poderá, por exemplo, se identificar com o nome de Pedrinho.
Pedrinho é o diminutivo de Pedro, que significa Pedra e, portanto ligado ao reino da Terra.
2)Linha dos Caboclos
Polaridade: Masculino
Triplicidade: Adulto
Qualidade Vibracional: Oxossi
O espirito se manifestará como um adulto, homem que trabalha na vibração de Oxossi (Reino das Matas), poderá se identificar com o nome, por exemplo, de Caboclo Folha Verde.
Polaridade: Feminino
Triplicidade: Adulto
Qualidade Vibracional: Iemanjá
O espirito se manifestará como uma Cabocla que trabalha na vibração de Iemanjá (Reino das águas), poderá se identificar como, por exemplo, como Cabocla do Mar.
3)Linha dos Preto-Velhos
Polaridade: Masculino
Triplicidade: Velho
Qualidade Vibracional: Oxossi
O espirito se manifestará como um velho que trabalha na vibração de Oxossi (Reino das Matas), poderá, por exemplo, se identificar como Vovô Sebastião na linha dos preto-velhos ou como um Caboclo Velho.
Sebastião é o nome de São Sebastião, que é o sincretismo de Oxossi na Umbanda.
Polaridade: Feminino
Triplicidade: Velho
Qualidade Vibracional: Iemanjá
O espírito se manifestará como uma preta-velha que trabalha na vibração de Iemanjá (reino das águas), poderá, por exemplo, se identificar como Vovó Maria.(poderá também se manifestar como uma cabocla velha)
Não pretendemos agora explorar todas as possibilidades existentes, mas em breve faremos um trabalho divulgando todas as possíveis combinações existentes e algumas sugestões de nomes de trabalho.
É preciso registrar que Crianças e Preto-Velhos por usarem nomes de origem ocidental cristã, normalmente dificultam um pouco a identificação de suas vibrações de trabalho pelo seu nome, mas a grande maioria utiliza nomes de santos ligados ao sincretismo o que é um caminho para a identificação.
Já os Caboclos e Caboclas, por utilizarem elementos da natureza em seus nomes fica mais fácil a identificação.
Lembrando que pela forma de trabalhar, pelos objetos utilizados, pelas cores, pelos pontos riscados é possível fazer esta identificação; mas a maneira mais segura e objetiva é perguntar ao espírito em quais das sete vibrações ele trabalha.
Também encontramos Caboclos que trabalham com mais de uma vibração; em nossa vivência identificamos entidades que trabalham em até três tipos de vibrações.
Alguns exemplos simples:
Um Caboclo Pedra Preta, é um espírito que se manifesta como Homem, adulto que trabalha com as vibrações do Reino da Terra (pedra) e do Reino das Almas (cor Preta), ou seja, é um Caboclo que trabalha nas irradiações dos Orixás Xangô e Omolu.
Um Ogum Sete Ondas, é um espírito que se manifesta como homem, adulto que trabalha com as vibrações do Reino do Fogo (Ogum) e do Reino das Águas (ondas), ou seja, ele trabalha nas irradiações dos Orixás Ogum e Iemanjá.
Em relação aos Orixás é interessante fazer um comentário de que estes sete reinos são regidos pelos sete principais Orixás Primordiais e que através da mescla destas vibrações primordiais encontramos as demais vibrações, que podemos chamar de vibrações secundárias.
São Orixás que atuam em dois ou mais reinos e sua existência necessita destas vibrações básicas.
Como exemplo, sem querer criar polêmicas, podemos exemplificar com o Orixá Logunedé, que não é cultuado na Umbanda.
Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Érinle.
Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxossi e seis meses nos rios pescando com Oxum.
Fica claro pelas lendas que sua natureza é ligada ao REINO DAS MATAS e ao REINO DAS ÁGUAS, ou seja, sua existência necessita destas duas vibrações.
Na doutrina dos Sete Reinos é considerado um Orixá secundário.
Secundário no sentido de não possuir uma única vibração em sua natureza e não no sentido de importância religiosa.
Como já mencionamos em outros textos de estudo, todos os Orixás encontrados na África podem ser identificados através do estudo e analise das sete vibrações principais.
Finalizando lembramos que estes princípios se aplicam em qualquer linha de trabalho da umbanda, sejam exus, ciganos, baianos, etc… sempre teremos: crianças (Mirim), adultos e velhos, homens ou mulheres e sempre vinculados aos sete reinos.
Saravá!
São Vicente, 14/11/2010
Manoel Lopes
Fonte e direito: http://www.mataverde.org
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