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Alarico, O Grande, Rei dos Visigodos Século IV |
Em encontro com Santo Agostinho, então bispo de Hipona, no ano 410 D.C.,
diz quando este vai pedir humildemente ao cruel general que não seja impiedoso
na invasão a Roma, oferecendo em troca a sua própria vida em favor do povo
romano: "Eu sou o teu Deus, não me fale em nome de outro Deus..." No entanto, o encontro com o Sacerdote Santificado, suas palavras inspiradas nos ideais cristãos, marcaram de alguma forma a alma do guerreiro, como semente de misericórdia que só viria a amadurecer séculos e vidas mais tarde. Naquele tempo, apesar de todo ódio e sede de poder e de conquista do general, ocorreu que durante a sangrenta invasão a Roma os Templos Cristãos da cidade foram misteriosamente poupados e o povo da cidade, inclusive os pagãos, pôde buscar proteção naqueles Templos. |
Alarico II,
8º chefe dos Visigodos
Século V -
VI
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Armand Jean du Plessis
Richelieu, o Cardeal Richelieu Século XVI - XVII, França |
Em encontro com São Vicente de
Paula o Cardeal ouve o pedido amoroso do Santo dos Pobres: "Clementíssimo Senhor, dá-nos Paz, tem compaixão de nós. Dá paz a
França!" Mas não se deixa tocar: seu zelo excessivo e terrível pelo seu
país e pelo seu governo foi capaz de justificar aos olhos dos homens, que o
temiam e o admiravam, as guerras internas e externas pelas quais a França, nação
então hegemônica na Europa, enveredou em nome de ideais estadistas fanáticos,
colocados acima de todos os ideais humanos, proporcionando espetáculos de sangue
e deixando muitos povos na miséria.
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Jésus Gonçalves, o Poeta das Chagas Redentoras 1902 - 1947, Brasil |
Jésus
Gonçalves nasceu no dia 12 de julho do ano de 1902, em Borebi, interior de São
Paulo. E logo, aos três anos de idade, sua mãe desencarna por conta de um tumor
no intestino. A maior parte de sua infância, ele passa em Agudos - pequena
cidade próxima à Borebi -, tutelado pelo
tio.
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Com quatorze anos ele volta, com sua família,
para a sua cidade natal, onde começa trabalhar temporariamente na Fazenda Boa
vista, como cultor e beneficiador, ora de algodão, ora de café. Foi nessa época
também que ele tem uma pequena iniciação na música e começa tocar um velho
"baixo de sopro". Assim ele forma uma pequena banda, com o nome de "Bandinha de
Borebi".
Seu espírito de liderança e sua personalidade
marcante, fazem-no ficar conhecido no vilarejo. Sempre se esforçava para que as
quermesses e festas locais obtivessem um grande êxito.
Aos 17 anos muda-se para Bauru, onde freqüenta
um colégio - Colégio São José - por algum tempo, não o suficiente para conseguir
o diploma do ginásio.
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Trabalhando como Tesoureiro da Prefeitura, já com
seus 20 anos, Jésus casa-se com Dona Theodomira de Oliveira, viúva com duas
filhas. 8 anos depois, em 1930, ela desencarna por causa de uma tuberculose,
deixando-o sozinho, cuidando de seis filhos.
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Theodomira, 1a. esposa, com os fihos de
Jésus.
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Nessa época ele, além de trabalhar na
prefeitura, Jésus participa da "Jazz Band de Bauru" - como era conhecida a banda
da Prefeitura de Bauru - tocando clarinete. Ainda nas artes, ele também atuava e
dirigia peças de teatro, de autoria própria, nos teatros de Bauru e de cidades
vizinhas. Paralelamente a essas atividades, Jésus Gonçalves, como apreciador de
poesias e prosas, colabora com grande freqüência, com os jornais "Correio da
Noroeste" e "Correio de Bauru".
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As
ARTES: ferramenta-bálsamo para a redenção
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Outrora o terror, a apreensão... Hoje a alegria, o riso, a confiança. | |
Jésus, à direita, já com a doença: clarinetista da Jazz-Band de Aymorés. |
"A teu mando, milhões de açoites erguiam-se, abrindo feridas,
mutilando membros, promovendo aleijões, desconjuntando corpos. Aniquilaste a
alegria de viver de dezenas de cidades levando a apreensão e o terror a simples
aproximação de suas tropas.
Para o resgate de tais violações receberás as Artes por
ferramentas, que te permitirão recompensar o terror de outrora, pela alegria do
divertimento sadio que proporcionarás aos povos das cidades em que habitarás.
Porém não as receberás de forma facilitada, não, porque não haverão facilidades
para ti. A espiritualidade estará assistindo teu reeducar e colocará em teu
caminho as oportunidades, mas competirá a ti aproveitá-las ou
não."
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Algum tempo após o desencarne de Theodomira,
surge uma companheira: Anita Vilela, sua vizinha, que lhe ajudava a cuidar do
lar. Eles se envolveram e casaram-se, uma união sincera que duraria 12 anos, até
o desencarne de Anita.
Vem então
a grande provação na sua vida: aos 27 anos é acometido pela
Hanseníase, popularmente a lepra. Ele não compreenderia naquele momento, mas era
cobrado dele um tributo por reencarnações passadas. Jésus, ateu e inconformado,
busca dominar a dor no seu coração e as rudes condições que recaem sobre um
leproso: a rejeição e o abandono da sociedade.
É obrigado a entregar as
filhas do primeiro casamento à tutela de parentes e parar suas atividades
profissionais que preenchiam sua alma inquieta e sequiosa de trabalho. Mas ele
sofre muito: era muito difícil para ele enfrentar a nova e difícil
situação.
Naqueles tempos, os doentes eram obrigados a
abandonar seus empregos e viverem isolados da sociedade, trancados em suas casas
ou então em leprosários. Como bom cidadão, respeitador das normas e leis, Jésus
se afasta da sociedade, como era determinado pelas normas médicas em vigor na
época. Os filhos mais novos, que ainda continuavam com ele, não entendiam a
súbita parada nas atividades. Aposentado prematuramente passa a viver em uma
moradia cedida temporariamente pela Câmara Municipal. Apesar disso continua a
escrever para o "Correio da Noroeste".
João Martins Coub, um amigo que compreendera o
sofrimento de Jésus, cede-lhe um espaço de sua fazenda, e lá ele se dedica ao
trabalho do lavradio, cultivando melancia e outras frutas, com a mesma fibra de
sempre, buscando nesta atividade afogar a mágoa que a doença lhe
impunha.
Mas foi por pouco tempo: em agosto de 1933, ele
é recolhido pelo Serviço Sanitário e é internado no Asilo-Colônia Aymorés, recém
inaugurado em Bauru. Por esperar por esse momento, Jésus não apresenta
resistência para a internação, o que causa surpresa aos funcionários da Saúde
Pública, que normalmente enfrentavam grande resitência dos doentes. E apesar da reação resignada e de conformismo, é nessa época que
ele se questiona sobre Deus: "Onde estava o Deus de que tanto se falava?" e
entra num momento de revolta íntima.
Na Colônia
Aymorés, em Bauru, onde fica de 1933 a 1937, Jésus mostrava-se mais resignado
com a convivência com os semelhantes e irmãos na dor, e é chamado de "mestre"
por sua imensa disposição e capacidade de trabalho. Num curto espaço de tempo,
internado no asilo, Jésus consegue várias amizades sinceras.
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Apesar da revolta e das frustrações, ele nunca
se deixou levar à ociosidade e ao desânimo. Participa da criação de um pequeno
jornal interno do asilo: "O Momento"; escreve e participa de peças teatrais;
ajuda na criação do "Jazz Band de Aymorés"; e participa da equipe de
futebol.
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Jazz-Band de
Aymorés. Jésus Gonçalves é o
clarinetista.
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A inquietude da alma, que outrora foi motor de ódio e guerras em vidas pregressas, hoje movia-o para trabalhos edificantes, construindo obras, levando-o a busca até a conversão... |
Na época, Jésus sofria muito com problemas no
fígado e buscava a transferência para o Hospital Padre Bento em Guarulhos, que
possuia fama de oferecer melhores serviços médicos. Mas suas cartas paravam nas
mãos do Diretor do Sanatório Aymorés, que não queria perder seu mais ativo e
dinâmico interno. Em setembro de 1937 consegue driblar todos os empecilhos e
obtem a transferência para "Padre Bento". Mas não conseguiu chegar até lá:
durante a viajem, as dores no fígado o obrigaram a parar em Itú para receber
assistência médica, e alí ficou no Hospital de Pirapitinguí, convencido pelo
diretor do hospital, com promessas de melhores cuidados médicos.
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Em
Pirapintinguí, Jésus logo se revela o mesmo indivíduo de destaque, um líder
natural entre os internos, conquistando logo a admiração e o respeito pelo seu
caráter reto e íntegro e palo sua capacidade de realização e
trabalho.
Fundou ali a "Jazz Band ", a Rádio Clube de
Pirapitinguí (existente até hoje) e um jornal interno, o "Nosso
Jornal".
Mas doença avança lenta e penosamente,
tomando-lhe o corpo, e os medicamentos se tornam cada vez mais inoperosos. A
dor, a angústia e a solidão levam o indivíduo a buscar Deus. Com Jésus Gonçalves
não seria diferente, mas ele O nega ainda, procurando-O somente nas vestimentas
do trabalho, da atividade artística, da criação.
Ninita, uma amiga do hospital a quem
posteriormente se uniria em matrimônio, era estudiosa da Doutrina Espírita e
tentava inutilmente esclarecer a mente materialista do ateu
Jésus.
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Jésus com Ninita, última companheira de
Jésus.
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Em 1943 Anita
desencarnou, e no velório da mesma aconteceram diversos acontecimentos
mediúnicos de clarividência de alguns colegas seus e finalmente Anita passou uma
mensagem para ele de uma forma bastante íntima onde Jésus não teve dúvidas da
veracidade das informações: "Velho, não duvides
mais, Deus existe!".
Extremamente
materialista ainda, mas bastante impressionado, buscou nos livros Espíritas as
explicações para o contato. O Céu e
o Inferno, de Allan Kardec, foi o marco inicial da
grande transformação que ocorreira em seu
ser.
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"Dor-auxílio": por duas vezes, suas dores no fígado mudaram totalmente o rumo da sua vida. |
A Doutrina Espírita saciou-lhe a sede de explicações,
fez-lhe beber nas fontes da lógica e do bom senso, a água límpida da Verdade.
Buscou elucidar seus companheiros e irmãos na dor com a noção de Justiça Divina
e submissão a dor, e como sempre, tudo fazia junto aos internos para melhoria da
vida comunitária no Hospital. Nesta época, rejeitou o apelido "mestre", pelo
qual era chamado desde Aymorés, devido a sua reconhecida superioridade
intelectual e temperamento de líder.
Dedicou-se então, com o mesmo empenho que lhe era
característico da alma, a construção e edificação de um centro espírita em
Pirapitinguí. Devido a falta de recursos, buscou ajuda junto às comunidades
espíritas para a construção do centro e estabeleceu um elo de ligação sem
precedentes entre os leprosos e a sociedade. Sua iniciativa desperta os
companheiros de Doutrina em diversas localidades, e as respostas não tardam a
chegar, emprestando solidariedade moral e material à Campanha. Diversas
caravanas Espíritas passaram a visitar o sanatório, levando alegria e conforto
aos internos. Estas caravanas pioneiras abriram novas frentes de trabalho, não
só aos praticantes da Doutrina, mas incentivando também outras religiões em
iniciativas semelhantes.
Fundou em 1945 a "Sociedade Espírita
Santo Agostinho", após muito estudo e superação de grandes dificuldades,
que também trouxeram amizades e solidariedade de muitos que o apoiaram nesta
época. Jésus participou ativamente das atividades do "Santo Agostinho", sempre
movimentadas por um espírito de ação e dedicação sinceras: distribuição de sopa
aos mais necessitados do Hospital, palestras de estudos e elucidação dos
companheiros, orientação espiritual, sessões de desobsessão.
A doença, já em estado bastante
evoluído, tirava os movimentos de Jésus, tomando-lhe a capacidade de trabalhar e
de estar fisicamente nas atividades do "Santo Agostinho", que tanto lhe
preencheram a alma nesta fase da sua vida. Porém tudo fez para não se afastar do
trabalho, e construiu uma casinha nos fundos do centro.
Ele sofreu muito nos últimos dias, o seu corpo estava
completamente deformado pela doença, seu rosto transfigurado e seus órgãos
começaram a parar. Apesar das tentativas médicas, e lentamente desligava-se do
corpo físico. E sua alma então libertava-se de sua existência árdua e espinhosa,
mas sobretudo, purificadora. Pelo sofrimento, pôde encontrar o caminho que nos
leva à Cristo, e pelo trabalho pode plantar novas sementes na sua história. Em
16 de fevereiro de 1947 desencarna Jésus Gonçalves, o Apóstolo de Pirapitinguí,
o Poeta das Chagas
Redentoras.
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Jesus Gonçalves, depois
de desencarnado, pediu que lhe chamassem Jésus, pois achava-se indigno de usar o
mesmo nome de Jesus.
Formatação:
Fátima Oliveira
Fonte:http://www.jesusgoncalves.org.br/biografia.htm
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A gratidão é a
assinatura de Deus colocada na Sua obra.
Joanna deÂngelis/Divaldo P. Franco -
Livro: Psicologia da Gratidão. Editora LEAL
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Razão - É o Amor que
pondera.
Estudo - É o Amor que analisa.
Filosofia - É o Amor que pensa.
Religião - É o Amor que busca
Deus.
Verdade - É o Amor que se eterniza.
Ideal
- É o Amor que se eleva.
Fé- É o Amor que se transcende.
Esperança - É o Amor que
sonha.
Caridade - É o Amor que
auxilia.
Fraternidade - É o Amor que se
expande.
Sacrifício - É o Amor que se esforça.
Renúncia - É o Amor que se
depura.
Simpatia - É o Amor que sorri.
Altruísmo - É o Amor que se engrandece.
Trabalho- É o Amor que constrói.
Indiferença - É o Amor que se esconde.
Desespero - É o Amor que se
desgoverna.
Paixão - É o Amor que se desequilibra.
Ciúme - É o Amor que se
desvaira.
Egoísmo - É o Amor que se
animaliza.
Orgulho - É o Amor que
enlouquece.
Sensualismo - É o Amor que se
envenena.
Vaidade - É o Amor que se embriaga.
antítese do Amor, não é senão o próprio
Amor que adoeceu gravemente.
(Francisco
Candido Xavier)
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