Desdobramento espiritual - O sonho é o aquário da noite.
O que faz o espírito nesses momentos?
No livro dos espíritos, codificado por Allan Kardec, vemos no capítulo VIII, na parte que fala sobre a emancipação da alma essas duas questões :
O sono e os sonhos400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?
“É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.”
401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. ”
Aliada a essas informações trazidas por Kardec, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, são ricos em dados sobre o desdobramento. Durante esses momentos do sono obtemos o que procuramos durante o dia, ou seja, podemos aproveitar nossas noites em companhia dos mentores e amigos espirituais, assim como podemos nos transportar para regiões infelizes do astral inferior, onde nos localizamos por afinidade energética. Em uma ou outra ocasião colhemos os frutos de nossas ações, obtendo nessas regiões de ventura ou de sofrimento, o que procuramos.
Uma analise mais séria, nos indica que se tivessemos o hábito de treinar o desdobramento viveríamos de forma muito mais tranquila.
Uma oração antes de dormir, com um pedido sincero de proteção, nos livraria de muitas dificuldades que nos mesmos criamos. A questão é que como pedirmos uma coisa a noite enquanto fazemos o oposto o dia inteiro ?
A nossa saída do corpo durante a noite pode ser direcionada pela ação da nossa vontade sincera, dessa forma podemos participar de aulas, cursos, tratamentos espirituais, aproveitando também nossas noites para nosso desenvolvimento espiritual.
É o nosso livre arbítrio operando novamente. Basta escolhermos o caminho mais curto.
Abaixo segue trecho do grade escritor Victor Hugo, retirado do livro, os trabalhadores do mar, onde ele fala sobre o desdobramento de forma maravilhosamente poética :
...O sono está em contato com o possível, que também chamamos o inverossímel. O mundo noturno é um mundo. A noite é um universo. O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas de altura, chega a noite fatigado, cai de fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o desconhecido. As coisas sombrias do mundo ignorado tornam-se vizinhas do homem ou porque haja verdadeira comunicação, ou porque as distâncias do abismo tenham crescimento visionário; parece que as criaturas invisíveis do espaço vem contemplar-nos curiosas a respeito da criatura da terra; uma criação fantasma sobe ou desce para nós, no meio de um crepúsculo; ante a nossa contemplação espectral, a vida que não é a nossa agrega-se e dissolve-se, composta de nós mesmos e de um elemento estranho; e aquele que dorme, nem completo vidente, nem completo inconsciente, entrevê as animalidades estranhas, as vegetações extraordinárias, as cores lívidas... todo esse mistério a que chamamos sonho e que não é mais do que a aproximação de uma realidade invisível. O sonho é o aquário da noite.
Um comentário:
Oh! Sempre! Todos os Benditos Orixás (desde: Oxalá, até Exú)! Sempre! Salve, Saravá! Ave! Namastê! Viva! Shalom! Sempre! Malê, Malembe (Maleime, Maleme), Agô! Sempre! Eterna, Infinitamente, Agradecido, Grato (Mesmo), de todo e do fundo, de meu coração e minha alma, espírito, mente, por tudo de bom, a mim, por tudo, Sempre a meu favor (e Jamais contra mim)! Axé, Axé, muito Axé!...
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