Animismo e Mediunidade em Crianças - Dr. Ricardo Di Bernardi
Mediunidade em crianças, significa, que a criança tem percepção extra-sensorial isto é , capta, sente, e se inter-relaciona com outras dimensões; dimensões estas conhecidas pela designação de “mundo espiritual”.
Muitos consideram estas relações como meras fantasias infantis, mas, apesar destas fantasias existirem ( e são situações importantes para a criança e devem ser objeto de estudo do psicólogo e do pediatra), há também percepções espirituais claras, definidas, com diálogoslúcidos contendo informações comprovadamente desconhecidas pela criança, a serem confirmadas pelo estudioso.
LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS
Há crianças que se recordam, inclusive, de vidas passadas, conforme os milhares de casos documentados em inúmeras universidades. Em Virgínia, USA, por exemplo, Yan Stevenson, neuropsiquiatra, em seus arquivos, tem 2.000 crianças fichadas, com relatos bem detalhados. Tratam-se de crianças que informam muitas minúcias de vidas pretéritas, as quais são exaustivamente pesquisadas e, por fim, comprovadas. Tais informações compreendem a chamada Memória Extra-Cerebral (MEC), que não pertence ao cérebro, mas, sim, a uma outra estrutura energética (espiritual), da criança. São vivências que o espírito experienciou em vidas anteriores, gravadas nos seus corpos sutis, cujas vibrações extravazam para o consciente do infante.
FORMAS PENSAMENTO
Voltando às visões da criança, e excluindo-se as chamadas fantasias infantis, há situações em que a criança plasma determinada imagem (ideoplastia ou forma-pensamento), a qual é vitalizada com bioenergia (energia vital, fluido vital, prana). Exemplificativamente, se a criança crê, firmemente, no bicho-papão, e alguém sempre o descreve em detalhes, ela mentalmente criará a figura e alimentará esta forma-pensamento com sua energia dando-lhe vida aparente (transitória). Um médium vidente pode, facilmente, enxergar esta ideoplastia criada pela criança, decorrente de uma educação mal-orientada.
PERCEPÇÃO DE ESPÍRITOS
No entanto, existem muitas situações em que a criança, realmente, vê espíritos.
Nesta fase, isto é, até os 7 anos de idade (e, principalmente, até os 4), o infante tem seu corpo energético (espiritual) ainda não totalmente fixado ao corpo biológico. As “sobras” do corpo energético se constituem em janelas psíquicas, ou seja, aberturas para a percepção do campo espiritual. Algumas crianças, com a mielinização cerebral (amadurecimento dos neurônios), em idade um pouco mais avançada, “fecham” estas janelas psíquicas, fixando mais intensamente o perispírito e perdem esta facilidade de contato. Assim, não se deve falar, ainda, em mediunidade no sentido de mediunidade-tarefa propriamente dita.
SUGESTÕES DE CONDUTAA mediunidade, bem explicada e bem conduzida, é idêntica à inteligência. Não é perigosa, a não ser se utilizada equivocadamente, incompreendida ou negada, etc. Em geral, diante de crianças que estejam enxergando espíritos, é recomendável:
1) Não negar ou afirmar que a criança NÃO ESTÁ VENDO. Ela (no caso) está vendo mesmo. Se negarmos, a criança acreditará que não é normal, ou está “pirada”;
2) Procurar identificar o nível ético da entidade extrafísica, por meio de perguntas (feitas à criança) sobre a conversa do espírito e avaliar as respostas;
3) Em se tratando de um ser de padrão ou grau evolutivo superior (“anjinho da guarda”), procurar estabelecer um diálogo fraterno, respeitoso porém atento com a entidade;
4) Em se tratando de um espírito sem a menor responsabilidade, mas sem intenções nocivas, procurar entrar em contato com o protetor espiritual do mesmo pedindo o seu afastamento, sem agressividade, com amor, e mentalmente solicitando o amparo dos nossos mentores espirituais;
5) Em se tratando de espíritos em situação de desequilíbrio mental, ou com intenções negativas, recomenda-se procurar um centro espírita, evitando-se, do contrário, certos trabalhos espirituais “pagos”, pois tais não são amparados por espíritos de luz;
6) Finalmente, ler e estudar o assunto, para inteirar-se das questões espirituais, a fim de fornecer explicações corretas às crianças.
Com isto, os resultados são muito bons, e estas crianças, cada vez mais sensitivas, acham-se mais abertas ao conhecimento e à espiritualidade superior.
Ricardo Di Bernardi é médico homeopata e presidente do ICEF- Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis - Sc
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