Canto sereno que assobia, nos regatos lagos e cachoeiras.
Senhora faceira de beleza e ternura.
Protetora das crianças e de todos os que necessitam de tua graça.
Mamãe Oxum, Deusa formosa dos rios.
A Mãe das Águas Doces, acolhe-nos em teu seio, proporciona-nos paz e alegria.
sábado, agosto 08, 2015
CARTA DE TANCREDO NEVES À NAÇÃO BRASILEIRA
O médium, escritor e terapeuta Robson Pinheiro Santos, autor de 36 livros relacionados à Doutrina Espírita, veio a público nesta sexta (7), através do blog de sua editora, a Casa dos Espíritos, noticiar o recebimento de uma carta que teria sido ditada pelo ex-presidente da República Tancredo Neves, morto em 21 de abril de 1985.
Além da carta, o médium também postou um vídeo no qual esclarece pormenores do contato com o espírito do ex-presidente, que teria lhe aparecido na madrugada de terça-feira (4), em companhia de outros dois espíritos ilustres, os de José do Patrocínio,uma das figuras mais importantes na luta pela Abolição da Escravatura, e o de Getúlio Vargas, também ex-presidente do Brasil.
Segundo Pinheiro, Tancredo pediu que ele se levantasse imediatamente, informando que precisava falar à nação brasileira com urgência. O assunto? A atual crise econômica e o desvirtuamento político que têm nublado os ânimos e a fé do povo brasileiro.
A seguir, o vídeo e a carta de Tancredo na íntegra.
CARTA DE TANCREDO NEVES À NAÇÃO BRASILEIRA
Amigos e companheiros, brasileiros e brasileiras,
Nosso país passa por momentos incomuns em seu cenário
político, econômico e social, mas, sobretudo, por
uma crise sem precedentes de ordem espiritual, a qual se faz perceber nos
desdobramentos do nosso momento político e na conjuntura socioeconômica na qual
estamos todos inseridos e imersos.
Não podemos ignorar as
palavras de Allan Kardec ao registrar que “de ordinário, são eles [os espíritos]
que vos dirigem”.[1] Sob esse pensamento, que traduz a realidade da vida nos
bastidores de todas as ações humanas, sabemos que as dificuldades enfrentadas
pelo povo brasileiro não são somente da parte daqueles que detêm o poder ou que
o veem fugir de suas mãos. Nós enfrentamos, neste momento, um dos casos mais
graves de obsessões complexas num âmbito generalizado em nossa nação. O país
passa por uma crise espiritual na qual as forças da oposição ao progresso
culminaram com a derrocada de valores e conquistas do povo brasileiro,
afetando, em grande medida, as instituições públicas. Tudo isso levando-se em
conta que, desde os bastidores da vida, espíritos representantes das sombras,
das trevas mais ínferas, têm manipulado suas marionetes — políticos, homens
públicos, empresários e homens do povo, desde as pessoas mais comuns até
aquelas que em alguma grau detêm poder ou liderança sobre a multidão e, ainda,
as que formam opinião e são capazes de influenciar a situação reinante — a
qual, a cada dia, agrava-se a passos claros.
Não podemos desconsiderar
que a arma da qual se utilizam os representantes das trevas deste século é
eficiente o bastante para minar as forças daqueles que querem acertar, pois
formam quadrilhas, grupos de poder para os quais é mais importante sua
manutenção no poder, a qualquer custo, do que o bem-estar do povo e das
instituições que zelam por nosso futuro promissor como nação.
Não nos esqueçamos de que,
por trás de homens, estão as hostes espirituais da maldade, que fazem de tudo
para saquear os cofres públicos, solapar a economia, fraudar, corromper os
valores éticos, assim roubando do povo brasileiro o sono de sossego ou a fé em
dias melhores. A estratégia dessas entidades consiste, em larga medida, em
promover a desgraça daqueles homens e daquelas instituições que ainda acreditam
e representam o bem, a honestidade, a retidão de caráter e os valores que nos
tornaram, ao longo dos séculos, a grande nação que somos. É a política das
trevas, por meio de suas marionetes encarnadas, a deturpar tanto o significado
quanto a razão mesma da ética e de valores nobres e sadios mediante o
assassinato da fé do povo, alardeando uma visão populista ao mesmo tempo que
encobre sua verdadeira face de estandarte do mal e das forças da escuridão.
Estamos em plena guerra
espiritual, na qual o campo de batalhas está cada vez mais próximo de nós, de
nossas famílias, de nossas vidas. Não mais podemos pensar num tempo de
tranquilidade ou de aparente segurança, pois ninguém está seguro diante dos
lobos travestidos em peles de ovelhas com seus discursos preparados para
enganar e levar a multidão a erro. Em troca, deixam as migalhas caírem de seus
cofres particulares, ou dos cofres e das contas bilionárias das quadrilhas que
tomaram de assalto e aparelharam o governo, o país e as instituições que
deveriam nos representar.
Mas não estão sós esses
homens que assim agem. Como marionetes das forças das trevas, eles representam
um forte aparato de guerra que é utilizado a fim de retardar o progresso e
fazer com que as instituições do bem sejam afetadas diretamente, pela força, a
arrogância, as mentiras e as pretensões das quais se valem para fazer afundar o
barco da nação brasileira.
A política faliu; os homens
públicos faliram; muitas empresas sucumbiram mediante o abuso daqueles que
tentam dominar a qualquer custo, e, inclusive, muitos homens de bem, muitas
pessoas de boa vontade, iludidas, deixaram-se levar pelas promessas vãs, pelas
políticas públicas populistas, com seu idealismo patético a distribuir suas migalhas,
que ainda hoje retêm a população mais sofrida na situação de dependência
crônica dos programas forjados para iludi-la, visando à ignorância do povo
acerca do que se comete nos bastidores. Misérias e bolsas oportunistas são
oferecidas à gente pobre, mas também aos ricos, enquanto lobos vorazes pilham a
economia e buscam se manter disfarçados de ovelhas no comando de uma das
maiores nações do planeta.
Não nos enganemos, meus
amigos, pois não estamos lutando “contra a carne e o sangue”, mas, como disse o
apóstolo Paulo, “contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade”.[2]
Em outras palavras, a guerra não é contra homens, apenas; com efeito, é de
ordem espiritual. Nosso discurso não é meramente político, mas de convicção
espiritual da realidade dos seres trevosos com os quais lidamos. Quem é incapaz
de perceber a gravidade da hora, o estiramento das convicções e o assalto aos
valores em pleno curso, deve-se indagar, honestamente, se sua visão já não está
comprometida pelos feiticeiros da hipnose vigente, pelos artífices da derrocada
da nação brasileira, dos dois lados da vida.
Por isso, hoje não nos resta
uma alternativa plenamente confiável, embora vislumbremos a possibilidade de
modificar esse panorama, dando um novo rumo ao nosso futuro. Se, por um lado,
não se apresenta alguém que reúna condições genuínas e plenas de representar a
nação e o povo brasileiro fazendo frente a esta marca da corrupção que avassala
desde Brasília até a base mesma da sociedade — isto é, o povo comum —, pelo
menos nos resta a alternativa de optarmos por uma ética ou, quem sabe, pela
possibilidade de mudar, uma vez que o horizonte não nos aponta um líder ou uma
liderança isenta de chances de perpetuar o erro. Ou, mais modestamente: diante
do quadro dramático em que se vê a nossa nação, errar menos já seria de muito
bom grado diante do extremo a que chegaram os representantes eleitos
democraticamente pelo nosso povo, iludido pelas promessas, as mentiras e as
ideologias de um governo dos mais corruptos que a história do Brasil já
conheceu. Diante de tamanha manipulação mental, hipnótica e sensorial empregada
por aqueles que formaram a quadrilha que nos governa desde os bastidores do
Palácio da Alvorada até os bastidores da vida, sem dúvida errar menos já
significaria grande avanço.
Nosso momento é grave, não
somente economicamente, mas espiritualmente falando. Sobretudo do ponto de
vista espiritual, pois sabemos, com o mínimo de perspicácia e observação, que
forças ocultas estão em plena concentração na tentativa de afundar o barco da
nação brasileira, sobre a qual já foi dito, um dia, que deveria ser o coração
do mundo e a pátria do Evangelho.
Segundo podemos constatar, o
coração está parando; está enfermo e precisando urgentemente de uma cirurgia
moral, ética e espiritual. E é raro que um processo cirúrgico não cause
apreensão e seja indolor.
Em caráter emergencial,
precisamos nos irmanar em oração, todos os que de alguma maneira querem o bem
do povo brasileiro. Precisamos pedir a Jesus que tenha misericórdia dos filhos
desta terra e das lideranças e dos representantes do povo, mas que também
sustente os esforços daqueles poucos que resistem e querem acertar; dos que
militam em defesa da ética, da justiça, do desmascaramento dos lobos que
enganam e enganaram a multidão num momento frágil de sua fé no futuro e
utilizaram do poder de barganha para comprar com promessas levianas aqueles que
não souberam e ainda não sabem distinguir entre a ovelha e o lobo — este, o
bando que governa, distribuindo migalhas em troca de votos e popularidade. Quem
sabe, clamar para que os cidadãos sejam capazes de discernir e identifiquem
quem deseja ajudar educando e objetiva, de fato, libertá-los da miséria, da
servidão da consciência e da ignorância. Precisamos nos reunir em oração, mesmo
aqueles que de alguma maneira ainda se deixam levar pelas promessas que já se
mostraram vazias e pelo idealismo disseminado em nome desta política desumana,
que com certeza não tem sua origem nos dirigentes espirituais da nação, mas nas
hostes da maldade, nos representantes da escuridão que estão encastelados nos
corações daqueles que, em troca do sofrimento do povo brasileiro, tentam
dominar e perpetuar-se no poder a qualquer custo.
Nosso convite é para
orarmos, juntarmos nossas energias e possibilidades espirituais, e não somente
vibrações, para que nos pronunciemos cada vez mais. Que tenhamos a coragem de
sair de nossos lares, de ir às ruas, de nos manifestar pelo bem e pelo direito,
pela vitória da ética e da dignidade. E não falo aqui a favor ou contra
partidos políticos, mas a favor do bem, da justiça e das conquistas de nossa
nação.
Que possamos descruzar os
braços, sair do comodismo diante dos acontecimentos, tentando de alguma maneira
nos pronunciar a fim de não darmos ainda mais razão ao pensamento de que, se o
bem não domina, é porque “os bons são tímidos”[3] — ou fracos. Sem que se ergam
os cristãos como dantes se ergueram perante as arbitrariedades dos ímpios, que
culminaram nos circos romanos da Antiguidade; sem que nos mexamos e façamos a
nossa parte — muito mais do que simplesmente rezarmos e pedirmos ajuda ao Alto,
sabendo que todos somos a ajuda que o Alto envia para agir no momento de crise
—; sem isso, se não agirmos e formos proativos, seremos apenas uma voz rouca
que, aos poucos, será silenciada em meio à multidão dos que sofrem e do poder
dos marginais a serviço da escuridão. Seremos apenas miseráveis, escondidos em
nossas casas de oração, batendo no peito a clamar socorro, escondidos com medo
de nos mostrar em nome da causa do bem pela qual todos deveríamos nos expor e
mostrar que, juntos, podemos muito mais!
Não se acanhem, não se
iludam. Estamos em plena guerra espiritual, e, numa guerra, onde estarão os
representantes de um reino em tudo superior aos reinos falidos dos homens e dos
representantes das sombras?
Oremos, sim, rezemos mais
ainda, mas sobretudo nos posicionemos, em nossas redes sociais, em nosso
círculo de ação, em nossas famílias, no trabalho e na sociedade, enquanto é
tempo — antes que seja levantada a bandeira da escuridão a substituir a do bem
no seio do Brasil. Esteja de que lado estiver, defenda você qualquer ideologia
que defender, qualquer partido político ou religião, saiba que você não está
fora dessa luta e, se não se posicionar urgentemente, será arrastado pelo
caudal das lutas e provações que já se avizinha da gente brasileira, ocasionado
pela política desumana e sombria dos seres das trevas e de seus representantes
políticos no mundo.
Relembrando o pensamento de
Edgard Cayce, numa de suas profecias modernas: nenhuma instituição, nenhuma
família, ninguém ficará isento de passar pelas lutas e pelas provações
coletivas que se abaterão sobre a nação neste momento grave de provas a que
serão submetidos o povo brasileiro e o mundo em geral.[4] Portanto, em nome do
bem, em nome da justiça, em nome da ética e da sobrevivência de nossa nação,
dos valores morais e das conquistas sociais, em nome de Jesus, que representa a
política divina do Reino, convocamos você a se pronunciar, a se mostrar, a
mostrar a sua cara e sair do comodismo de sua poltrona; a sair às ruas e
gritar, falar, divulgar nas redes sociais que nós, os que acreditamos num mundo
melhor, não compactuamos com a situação, a posição e as atitudes de franco
desequilíbrio espiritual, social, político, tampouco com o desrespeito como vem
sendo tratado o povo brasileiro nos últimos tempos. Precisamos formar um feixe
de varas, estar juntos, embora não fundidos, mas, sobretudo, precisamos nos
unir no propósito de enfrentar as hostes da maldade instaladas em Brasília e
nos bastiões do poder em todo o território brasileiro. A bandeira do bem e da
justiça urge ser hasteada, e os bons, os que dizem representar o bem, precisam
sair de seu ostracismo e mostrar que realmente representam uma política divina,
e não a política humana marcada pela corrupção dos valores e da fé.
Robson Pinheiro pelo espírito Tancredo Neves, na
companhia dos espíritos José do Patrocínio e Getúlio Vargas
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