Conheça a história do agricultor que sabia falar mais de 100 idiomas
As obras de Francisco Valdomiro Lorenz são estudadas em universidades.
Morador de Dom Feliciano compreendia até línguas mortas do Egito.
Há quem diga que ele era um gênio. Para o espiritismo, Francisco Valdomiro Lorenz foi um dos maiores médiuns do mundo. Aprendeu a ler os quatro anos de idade e, aos 19, trocou a região da Bhoemia, atual República Tcheca, pelo Brasil, especificamente na cidade de Dom Feliciano, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em 1894, morando com a mulher, uma imigrante alemã, e os 12 filhos, encontrou o sustento na lavoura e fundou a primeira escola da região. Aos 30 se tornou professor de uma escola estadual e já falava mais de 100 idiomas, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo acima).
“Consta que aos quatro anos ele folheou o primeiro jornal e leu para os pais sem ser alfabetizado. Ele falava mais de uma centena de idiomas e dialetos. Uma delas era o Tupi Guarani, que o incentivou a produzir o primeiro dicionário da língua, sem nunca ter falado com um índio”, afirma o bisneto Fernando Lorenz.
As primeiras edições da revista ‘A Reencarnacção’, nas quais estão registrados alguns dos textos de Francisco Valdomiro Lorenz, revelam um pouco de quem foi esse homem. Elas estão disponíveis na Biblioteca da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
Universalista, o agricultor e professor escreveu sobre a cabala judaica, o hinduismo, os povos do Antigo Egito e os costumes dos Maias, Astecas e Ameríndios. No total, publicou 72 livros. No entanto, somente 10 deles podem ser encontrados hoje em dia.
O primeiro livro de Francisco foi publicado aos 17 anos, sobre o ‘esperanto’, língua universal. A produção literária de Lorenz é estudada por pesquisadores de universidades do Brasil e da Europa, que procuram entender como um homem tão simples falava até línguas mortas do Egito.
“As vertentes que enfocam o tema espiritualista entendem que esta é uma trajetória de acúmulo ao longo de muitas encarnações. Outras vertentes entendem como um esforço sobrenatural, do intelecto e da formação dele”, conta o bisneto.
A presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Maria Elisabeth Barbieri, não tem dúvidas de que Francisco tinha experiência de reencarnações. “As experiências de reencarnações passadas estavam bem afloradas nesse espírito”, afirma Maria Elisabeth.
Lorenz seguiu trabalhando até sua morte, em 1957, ainda muito pobre e humilde. Anos depois, um memorial foi erguido em Dom Feliciano. O médium Chico Xavier psicografou seu livro ‘Esperanto’.
"Ele nunca buscou brilho pessoal nem reconhecimento, destaque ou fortuna. Mas o trabalho dele atravessa os tempos por conta dos valores morais. A figura de Francisco Valdomiro Lorenz é uma lição para todos nós, que vivemos fascinados pelo mundo do ‘ter’ e esquecidos de ‘ser’", conclui a presidente da Federação Espírita do estado.
É justamente esse pensamento, o do ser imortal, que Lorenz deixou registrado na relíquia que a família guarda a sete chaves. O professor de mil talentos fez em 1915 um mapa astrológico do filho, Otto.
"Virá o tempo em que desenvolverás tuas forças de alma. O que há na vida e na natureza, de maravilhoso e misterioso te atrairá, e então verás que não é o corpo visível que merece o nome de 'eu', mas que aquilo que chamamos 'eu' é a alma, que já existiu antes do nascimento, e sobrevive a morte do corpo, para continuar a colher experiências em outras condições de ser", diz o texto.
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Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/
Universalista, o agricultor e professor escreveu sobre a cabala judaica, o hinduismo, os povos do Antigo Egito e os costumes dos Maias, Astecas e Ameríndios. No total, publicou 72 livros. No entanto, somente 10 deles podem ser encontrados hoje em dia.
É justamente esse pensamento, o do ser imortal, que Lorenz deixou registrado na relíquia que a família guarda a sete chaves. O professor de mil talentos fez em 1915 um mapa astrológico do filho, Otto.
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